segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O ouro e a prata me pertencem

 



"Tanto a prata quanto o ouro me pertencem, declara o Senhor dos Exércitos.” (Ag 2.8)

A mentalidade consumista e materialista está sempre muito presente em nossas vidas. Como somos preocupados com a questão financeira...
-“Teremos o suficiente?”
- “Se eu contribuir para a obra do Senhor vai me faltar?”
- “Como será o futuro?’

Certo filho percebeu que sua mãe, com 85 anos idade, estava muito preocupada com as finanças, temendo que o dinheiro não fosse suficiente para sustentá-la na sua velhice. O filho carinhosamente lhe mostrou quando ela recebia de aposentadoria, as reservas que ela tinha e disse: “mamãe, pode ficar tranquila, mas a senhora tem dinheiro suficiente, para com folga, viver bem até os 100 anos.” Ela olhou para ele, desconfiada e disse: “Por isto estou preocupada. Não sei como vou sobreviver depois disto...”

O profeta Ageu é um dos profetas da restauração. A sua geração não contribuía mais para a obra do Senhor, preocupada com sua manutenção, e estava perdendo a benção de Deus (Ag 1.6,9-11). Ageu os leva a entender, que dinheiro não é uma questão meramente matemática, é uma questão de espiritualidade.
 
Não contribuir revela a dificuldade que temos de confiar no caráter de Deus e na sua provisão. Quando contribuo com amor, generosa, espontânea e proporcionalmente, como oferta a Deus, estou declarando que confio na sua provisão e estou certo de que ele é o dono do ouro e da prata. Se a ele pertence tudo, porque ficar inseguro?

Por outro lado, contribuir é a maneira bíblica de expressar gratidão. Uma forma de dizer “muito obrigado” e de demonstrar que tudo vem dele. Por isto, a contribuição não é uma barganha: Não fazemos para receber, mas porque já recebemos suas dádivas preciosas. Não porque temos medo da maldição, mas porque nos sentimos amado por ele e já recebemos sua benção. 

Riscos da indecisão

 


Tempo de Restauração




"O Senhor, o seu Deus, está em seu meio, poderoso para salvar. Ele se regozijará em você, com o seu amor a renovará, ele se regozijará em você com brados de alegria". (Sf 3.17)


A Bíblia é um livro de esperança. Uma das grandes verdades que ela nos traz é que sempre há espaço para reconciliação, redenção e restauração. Nunca podemos dizer “é tarde demais...” Deus é capaz de restaurar vidas sem esperança, pessoas violentadas pela maldade humana e dominadas pela tristeza e abatimento. O Deus de Abraão, Isaque e Jacó é um Deus da graça e do perdão. Em Jesus há sempre esperança para o pecador mais depravado e para o coração mais deprimido e angustiado.

O livro de Sofonias mostra claramente esta grande verdade. Faça um exercício devocional e leia este livro atenciosamente. São apenas três capítulos. Em todo tempo veremos o severo julgamento de Deus sobre uma cidade que decidiu se rebelar e agredir sua santidade. Seria natural esperar que o livro terminasse com uma nota de severo juízo, mas qual não é nossa surpresa ao perceber que, apesar de toda decadência moral do povo de Deus, o livro termina com esta maravilhosa nota de alegria e esperança no versículo que serve de base para nossa devocional de hoje.

A grande notícia do Evangelho é esta: “O Deus de amor e perdão pode perdoar e restaurar qualquer e todo tipo de pecado, não importa quem nós somos e também o que fizemos.” (Tim Keller) “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” (2 Co 5.19)

“Você não percebe que Jesus é tudo o que você precisa até Jesus ser tudo o que você tem.” (Tim Keller)

Nunca perca o senso da gratidão

 


"Mas seja bondoso com os filhos de Barzilai, de Gileade, admita-os entre os que comem à mesa com você, pois eles me apoiaram quando fugi do seu irmão Absalão.” 
(1 Rs 2.7).

Ao se aproximar o dia da sua morte, Davi deu instruções a seu filho Salomão que foram definidoras para sua vida, algumas foram importantíssimas para sua caminhada com Deus, outras foram terríveis pois revelaram como o coração de Davi não havia superado mágoas e ressentimentos de pessoas que o desonraram e traíram, mas uma realidade que nos surpreende neste texto tem a ver com sua gratidão.

No momento mais complicado de sua vida, quando Davi fugia acuado por seu filho Absalão, muitos o desprezaram, traíram e o insultaram, mas Barzilai, mesmo diante de grandes riscos políticos, não apenas o apoiou, animando seu coração, como lhe deu mantimentos para si e seus aliados. Quando voltou vitorioso da guerra, Davi o convidou a ir morar consigo no palácio, tamanha era sua gratidão ao lembrar do encorajamento recebido.

Agora, na hora da sua morte, ele pede a Salomão para cuidar bem deste homem e de sua família. Ele não se esqueceu daquele que o apoiou, mas manteve uma memória de gratidão.
Ao ler este texto fiquei pensando em minha vida: Quantas pessoas já me abençoaram tantas vezes, de tantas formas, será que eu realmente tenho conseguido demonstrar suficiente gratidão? Que tal você ligar hoje para cinco pessoas ou mandar um recado lembrando de quão grato você é pelas suas vidas?

Me leva a pensar também na obra de Cristo por minha vida. Será que tenho conseguido ser grato pela salvação que ele me deu? Minha vida é uma vida de gratidão ou amargura? De louvor ou ressentimento?

domingo, 6 de outubro de 2024

Memória e Fé cristã

Rev. Samuel Vieira 

As primeiras coisas, primeiro...


 

Adoração é fruto do amor



quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Memória e Fé cristã

  


O povo de Deus é um povo que tem memória. A Bíblia registra os atos de Deus na história dos homens para que eles não esqueçam da sua intervenção.

 

O Salmo 105 ensina que o povo de Israel deveria contar aos filhos os atos poderosos de Deus. Relembrar os eventos gerava fé e servia de testemunho às futuras gerações. O Shemá hebraico em Deuteronômio 6 conclamava o povo a relatar aos filhos, de forma insistente e planejada sobre a exclusividade de Deus. “Ouve, Oh Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”.

 

João afirma que Jesus fez muitos outros milagres que não foram registrados, mas quando relatados tinham o propósito de manter a memória dos cristãos e gerar fé. (Jo 20.30-31) A Santa Ceia deve ser feita em memória de Cristo. (Lc 22.19)

 

Uma memória atenta está profundamente interligada à fé. Somos fortalecidos com a lembrança dos eventos de intervenção de Deus entre nós. "Um povo sem memória é um povo sem história, e um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado." (Emília Viotti da Costa)

 

Precisamos sempre atualizar a memória dos atos de Deus em nossas vidas, de verdades bíblicas da intervenção de Deus na história, do cuidado e benção de Deus. Sem memória não há gratidão.

 

Tente relembrar o que Deus já fez por você. Conte as bençãos. Não permita que as maravilhas de Deus se escondam em algum canto esquecido da sua mente. Não é sem razão que Jeremias afirma: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” Memória encoraja a fé, e mantém viva a esperança.

 

Rev. Samuel Vieira

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Sonhando os sonhos de Deus

 



A Beleza do Evangelho

 



sábado, 17 de agosto de 2024

Igreja Presbiteriana de Anapolis – 71 anos


 

Que me quereis dar?

 



segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Onde está teu coração?


 

O céu domina!

 


Em Daniel 4.26 encontramos a expressão: “o céu domina”. Esta foi a sentença dada por Deus ao poderoso Nabucodonosor II (605-562 a.C.), O rei mais famoso da Babilônia, conhecido por sua grandiosidade e conquistas militares e que levou Judá para o cativeiro, e entre os filhos de Judá, Daniel e seus três amigos.

Nabucodonozor teve um processo esquizofrênico e perdeu a noção da realidade, sendo afastado de suas funções e vivendo como animal. Sua glória e sucesso foram a causa de sua ruína.  Depois de sete anos, sua saúde foi restabelecida e ele pode reassumir o trono. O capítulo 4 de Daniel, se reveste de um significado muito maior quando vemos que foi escrito pelo rei, dando o seu testemunho.

O que este capítulo das Sagradas Escrituras nos ensina é que “O Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.” (Dn 4.12) E que, os poderosos podem até ter a equivocada compreensão de que controlam as coisas, mas na verdade, o céu domina.

Isto nos leva a pensar sobre a dinâmica de nossa própria história. Temos a falsa ideia de que podemos controlar o futuro, de que somos donos de nós mesmos, mas a nossa vida é frágil, um pequeno vírus, ou um acidente, um evento simples na caminhada muda radicalmente nosso destino. Não temos o domínio, o céu domina!

Esta é a mensagem central: “O Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.” (Dn 4.25)

Rev. Samuel Vieira

Nova Moralidade


 

Celebrando uma grande Conquista

 



quinta-feira, 20 de junho de 2024

Tá reclamando de quê?



Solidariedade





Sabereis que eu sou o Senhor!



segunda-feira, 17 de junho de 2024

Não deixe seus filhos no Egito!

 



As visoes de Deus




Fico admirado com alguns relatos precisos sobre profecias que foram dadas a homens de Deus. O profeta Ezequiel relata: “Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia, do quarto mês, que estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus e eu tive visões de Deus.” (Ez 1.1)

Observe a riqueza de detalhes.

1.        Ele registra o dia, o mês e o ano em que ele teve a profecia. Só faltou registrar a hora. Por que esta riqueza de detalhe? Porque ouvir a voz de Deus é algo tão extraordinário e singular, que precisa ser relatada pormenorizadamente.

Uma coisa que aprendemos na história é que “Deus não fala muito.” Por quê? Porque ele zela pela sua palavra. “Se ele prometeu ele há de cumprir, e se ele falou, é certo que fará.” Quando tantos afirmam “Deus me falou”, de forma displicente e cotidiano, precisamos indagar. Deus realmente falou ou alguém presumiu que Deus falou?

2.        Outro aspecto importante. Deus fala ao profeta no meio do povo. Ele estava no meio da crise, da perplexidade e da dor. Deus fala no “meio dos exilados”, de pessoas ainda tentando entender organizar a vida, tentando entender o que lhes aconteceria daí em diante. Eles estavam expatriados e roubados de seus sonhos e planos. Deus se revela no meio da confusão e do caos.

 

3.        Terceiro, os céus se abrem. A manifestação de Deus na história, especialmente no meio da confusão e dor, é impactante. A eternidade se abre e o sobrenatural se encontra com o natural. O Eterno se manifesta na história.

 

Deus quer falar a cada um de nós. Ele sussurra sua voz, misteriosamente, não sabemos de onde vem o vento nem para onde vai. Mas Deus certamente se manifesta a cada um de nós, abrindo os céus e nos dando esperança, quando tudo parece caótico e confuso. Assim é o nosso Deus.


sábado, 20 de abril de 2024

Há esperança para teu futuro


 

Esta é uma maravilhosa declaração de Deus ao seu povo exilado no Babilônia. (Jr 31.27) O contexto era de total desolação, desesperança e angústia. Jerusalém havia sido massacrada, a cidade ficou em ruinas, as famílias foram divididas, houve um massacre de proporções apocalípticas, os meninos que poderiam se tornar guerreiros e as meninas que poderiam se transformar em escravas foram levadas. Caos, dor e angústia eram o cenário.

Nestas circunstâncias tão adversas, Deus faz esta magnifica declaração: “Há esperança para teu futuro.”

Não são poucos que olham sua história sem qualquer perspectiva. Perderam a esperança de qualquer salvação, não acreditam em si mesmos, não acreditam em saída, e duvidam até mesmo que Deus possa fazer algo. Olham para o futuro como se houvesse diante de si nada mais que um muro de concreto, intransponível. Talvez por causa de decisões erradas, envolvimento com drogas, alcoolismo, divórcio, falência, traição, ou envolvimento com falsas religiões. É possível ter ainda alguma esperança? Podemos esperar um milagre?  

A falta de esperança aniquila o propósito da vida. Os grandes fatores da vida são: ter algo que fazer, algo para amar, e algo para esperar. “A desesperança é a derrota antecipada”. (Karl Jaspers). Quando olhamos para as circunstâncias, podemos nos desesperar, mas Deus sempre atualiza sua maravilhosa promessa: “Há esperança para teu futuro.”

Rev. Samuel Vieira

Cinco razões para não contribuir?



Em geral, falamos das razões para contribuir financeiramente com a nossa igreja local. Apesar dos argumentos bíblicos e lógicos, muitos ainda não conseguem contribuir de forma espontânea, regular, proporcional e com alegria. Então, é de se supor que existam motivos emocionais e teológicos que justifiquem tais atitudes. Muitas pessoas contribuem sempre, regularmente e temos alguns membros da nossa igreja que já contribuem por 50 anos, mensal e fielmente, para os projetos da igreja. A igreja se mantém por estas disposições generosas. Alguns ficam 50 anos na igreja e isto não os desafia.


Deixe-me apresentar cinco razões que justificam:


1.        Razão de ordem lógica: “Não me sinto parte desta igreja, portanto não sou responsável pelo seu sustento.” Esta razão faz todo sentido. Alguns não creem que manter as dependências da igreja, ministérios, pessoal, impostos e obra missionária não é sua responsabilidade, uma vez que são apenas visitantes. Apesar de receberem todos os benefícios eles são de outro lugar.


2.        Razão de ordem emocional: “Não gostei da forma como fui tratado por um membro da igreja ou pelo pastor.” Por não ter recebido o apoio que julgo ser merecedor, nem a atenção necessária, me frustrei e agora decido retribuir com as mesmas disposições (ou indisposições) recebidas. Em geral, a discordância com um dos pastores é suficiente para muitos não trazerem seus dízimos. Isto é bem mais comum que imaginamos.


3.        Razão de ordem prática: “Não confio na forma como a liderança administra os recursos da igreja.” Ora, se eu acredito que os pastores e lideres são infiéis na administração dos recursos, por que eu deveria contribuir? É um contrassenso. Na verdade, torna-se difícil até mesmo continuar frequentando uma igreja cuja liderança é infiel.


4.        Razão de ordem Bíblica: “Não encontro base bíblica, nem no Antigo, nem no Novo Testamento, para ser dizimista.” Ora, se eu decido obedecer a Bíblia e ela não ensina este princípio, eu serei incoerente em fazer algo que a Bíblia não manda fazer. Ainda que eu receba todos os benefícios dos ministérios da igreja pelo fato de outros interpretarem de forma diferente, eu não posso, por razão de minha consciência, contribuir. Por isto me recuso a ser dizimista: Por uma razão Bíblica. Dízimo é falsa doutrina.


5.        Razão de ordem teológica: “Alguns intérpretes bíblicos questionam esta prática e sou bastante esperto em teologia sistemática para saber que há controvérsias acerca deste assunto.” Depois de ler alguns autores, conservadores e liberais, eu adotei uma postura liberal sobre este assunto e me recuso a contribuir.


Obviamente todas estas razões acima nao encontram suporte bíblico, nem exegético, nem racional. Apesar disto, uma grande parte da igreja não contribui de forma generosa, espontânea, sistemática, generosa e proporcional como afirma a Bíblia. Que pena! Como as igrejas e o reino de Deus deixam de avançar quando membros infiéis decidem nao obedecer a uma ordem direta e simples da Palavra de Deus. 

Rev. Samuel Vieira