quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O Riso da incredulidade x O riso do coração

No espaço de apenas três capítulos da bíblia, o livro de Gênesis registra o riso de Sara duas vezes: Na primeira, ela está rindo de incredulidade (Gn 18.10-12); no segundo, ela ri de contentamento (Gn 21.6-7).
Podemos acrescentar que na vida, encontramos ainda muitas outras razões do riso: Existe o riso escrachado, quando se deseja zombar do outro; o riso do cinismo, quando numa disputa se questiona o outro com desprezo; existe o riso de nervosismo, que é fruto de situações nas quais rimos, não porque realmente desejamos rir, mas porque somos traídos por espasmos involuntários do nosso corpo; existe o riso dos bêbados, que entregues ao álcool riem sem razão no ridículo comportamento que emitem.
Sara ri por duas razões: Numa, por causa de uma bizarra promessa que Deus faz à sua vida, noutra por causa da explosão de alegria que ela sente no peito.
Em Gn 18, Deus faz uma promessa ao seu marido: “Certamente voltarei a ti, daqui a um ano; e Sara, tua mulher, dará à luz um filho...Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?” (18.10-12). O texto afirma que Abraão e Sara eram avançados em idade; e à Sara já lhe havia cessado o costume das mulheres. Como engravidar sem o ciclo de ovulação?
Muitas vezes rimos das promessas de Deus, ao invés de crermos. Parece tão impossível que Deus possa fazer algo em situações tão anacrônicas em que nos encontramos. Deus repreende este riso de Sara dizendo: “Acaso para o SENHOR há cousa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho” (Gn 18.14). Este riso de incredulidade não glorifica a Deus, antes esbarra na compreensão que temos de quão grande é o nosso Deus!
Em Gn 21.6 Sara ri novamente. “Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo”. Este é outra razão de riso. É o riso do contentamento, riso do coração. Agora, Deus é glorificado. Sara ri por se deparar com a grandeza de Deus, ao compreder que ele é o Deus Todo Poderoso, o El Shadday. Quando Deus nos visita, e sua promessa se cumpre em nós, encontramos todas as razões para celebração, riso e alegria. “Quando o Senhor restaurou nossa sorte, ficamos com quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de júbilo”. (Sl 126.1-2).
Que grande benção é quando experimentamos o riso do contentamento, que surge quando Deus manifesta em nós sua grandeza e graça.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Se ao menos

Alguém afirmou que existem seis frases que podem salvar um casamento:
1. Frase da humildade: “Eu reconheço que cometi um erro”. Quase nunca reconhecemos o erro que praticamos. “falei ou fiz a coisa errada na hora errada, com a entonação de voz errada”.

2. Frase da valorização – “Você fez um bom trabalho”. A pessoa faz tudo certo o ano inteiro, sem receber um elogio, no primeiro erro surge a voraz crítica. Precisamos aprender a elogiar

3. Frase da Apreciação – “Qual é sua opinião?” Casamento é parceria, não rivalidade. Um completa o outro

4. Frase da Afeição – “Eu amo você!”. Declarar o amor retroalimenta o sentimento

5. Frase da Gratidão: “Muito obrigado!” Se fossemos educados dentro de casa como somos para com os de fora, nosso casamento seria uma maravilha.

6. Frase do Altruísmo – “nós!”. Deixar de usar o verbo no singular e colocá-lo no plural. “Nossa casa”, “nosso carro”, “nosso filho”.

Há anos, um famoso psiquiatra de Nova York, ao aproximar-se o fim de sua profícua carreira, disse que uma das coisas que mais atrapalhava as pessoas era a expressão “se ao menos”. Ele afirma: “Muitos de meus pacientes tem levado a vida no passado, mortificando-se por causa do que deviam ter feito em várias situações: ´Se ao menos eu tivesse me preparado melhor para aquela entrevista...´ou, ´Se ao menos eu tivesse expressado ao chefe meus verdadeiros sentimentos...´”.
A sugestão que ele dá é a de usar uma técnica simples: Toda vez que tivermos vontade de usar a expressão “se ao menos”, deveríamos trocá-la por outra que demonstra atitude: “Da próxima vez eu vou dizer...”, ou “da próxima vez vou fazer aquele curso”, “da próxima vez vou agir de forma diferente”.
Segundo sua análise, esta atitude fecha a porta aos problemas, possibilitando-nos a dedicar mais tempo e reflexão ao presente e ao futuro, e não ao passado.