domingo, 28 de janeiro de 2018

No Egito, nem morto!

Resultado de imagem para imagem libertando do egito

Egito é a grande metáfora bíblica do lugar da oposição a Deus, do sistema que escraviza e subjuga a nação eleita, por isto este lugar é muitas vezes comparado ao mundo distanciado de Deus. Não podemos permanecer neste terra, precisamos romper todos os vínculos com Faraó e a terra da opressão e da humilhação.

Quando Moisés pediu a Faraó para permitir liberação do povo na “imigracao” deixando assim livres os judeus para partirem, viu o poderoso rei não apenas negar, mas ironizar a Deus, depois, quando as pragas começaram a se manifestar. O Egito não quer que o povo de Deus saia. Quando Faraó percebeu que era impossível lutar contra as forças do Deus de Israel, ele decidiu liberá-los sob condições, entre as quais, que deveriam sair sem as crianças e sem os bens (Ex 10.9,24). Moisés rejeitou a proposta: “Os nossos rebanhos irão conosco, nem uma unha ficará; porque deles havemos de tomar para servir ao Senhor, nosso Deus” (Ex 10.25).

Sair do Egito deixando os filhos no Egito é uma proposta inaceitável. Como deixar nossos filhos serem orientados por Faraó? Adotando a cultura da terra que se opõe a Deus? Deixar os bens no Egito também seria impossível, apesar deste risco ser muito comum àqueles que saem do Egito mas deixam seus bens à disposição de Faraó. Por esta razão o Bispo Paulo Ayres comentou que “bolso é o último a se converter e o primeiro a esfriar”.

Não podemos deixar os bens na terra da escravidão e nos aproximarmos de mãos limpas diante de Deus. Os bens também devem ser colocados à disposição como forma de culto. Curiosamente, mesmo depois de ter recebido respostas negativas a cada uma das suas propostas, Faraó deu a última cartada querendo impedir que as posses do povo de Deus saíssem do Egito. O diabo quer que os bens fiquem debaixo de seu controle, servindo aos seus propósito, e que não estejam disponíveis para o projeto que Deus tem em mente.

De todos os homens que saíram do Egito, creio que nem um entendeu de forma tão radical a necessidade de arrancar suas raízes na terra da servidão quanto José. Quando ele estava para morrer, chamou seus irmãos e disse: “Eu morro; porém Deus certamente vos visitará e vos fará subir desta terra para a terra que jurou dar a Abraão, a Isaque e a Jacó. José fez jurar os filhos de Israel dizendo: certamente Deus vos visitará e fareis transportar os meus ossos daqui. Morreu José da idade de cento e dez anos; embalsamaram-no e o puseram num caixão no Egito” (Ex 50.24-26).

O seu desejo foi atendido cerca de 300 anos depois. Os descendentes de José não se esqueceram do seu pedido e Deus o honrou. “Também levou Moisés consigo os ossos de José, pois havia este feito os filhos de Israel jurarem solenemente” (Ex 13.19).

Moral da história.

Nada que nos pertence pode ficar no Egito. Não podemos adorar a nem prestar culto a Deus no Egito (Ex 8.25), nem nas suas fronteiras (Ex 8.28), nem podemos deixar os filhos e os velhos na terra da servidão, eles precisam adorar a Deus conosco (Ex 10.29); ou mesmo permitir que nossos bens fiquem debaixo do domínio de Faraó. “Nem uma unha ficará” (Ex 10.26), e se quiserem radicalizar como José: No Egito, nem morto!

O Egito é tão oposto a Deus que nenhum de seus servos pode se atrever a ficar nele. Quem entende a maravilhosa promessa da terra prometida, da Nova Canaã, não negociará os termos de Faraó, nem deixará qualquer coisa para trás.


-->
Nem morto!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Por que contribuir na igreja local?

Resultado de imagem para imagem contribuicao na igreja

Creio numa igreja invisível, universal, remida e reunida pelo sangue de Cristo, mas não creio numa igreja local, tangível e histórica”. 

Foi isto que ouvi certa vez de uma pessoa que decidiu não ser membro de nenhuma igreja e viver sua fé de forma independente. Em geral, pessoas assim se tornam céticas e críticas em relação à igreja. Se afastam da comunhão, se isolam e esfriam na fé. Cerca de 3.8% da população brasileira hoje se declara “evangélico não praticante”. 

Seria esta a visão bíblica?

Pessoas assim não participam financeiramente da construção de sua comunidade. Podem até receber benefícios, vir aos cultos de forma descompromissada, se envolver aqui e acolá de forma fraterna com a igreja, trazer seus filhos para o ministério infantil, mas não se sentem responsabilizadas pela comunidade. Afinal, “O bolso é o último a se converter e o primeiro a esfriar”.

Deixe-me dar algumas razões para você participar financeiramente do sustento de sua igreja local.

Primeiro, duas razões teológicas

(a)    Confiança na provisão de Deus. Deus sempre instruiu seu povo a participar com seus recursos no ato de adoração. Não há culto nem no Antigo nem no Novo Testamento sem ofertas. A ordem é “trazei todos os dízimos à casa do Senhor, para que haja mantimento em minha casa” (Ml 3.10); “No primeiro dia da semana, cada um de vós, ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade” (1 Co 16.1,2). Por confiar no caráter provedor de Deus eu devo contribuir proporcional, regular e consistentemente.  

(b)   Confiança e obediência à Palavra de Deus. Se creio que a Bíblia é a única regra infalível de fé e prática para a vida, minha atitude deve ser de submissão e obediência a ela. Por que ela ordena, eu acolho sua orientação e pratico!  

Segundo, duas razões lógicas e práticas

(a)    Confiança na liderança e na administração dos recursos – Se você não confia na liderança da igreja e como ela administra os dízimos e ofertas, você não deveria participar desta igreja. Não dá para apoiar liderança infiel. Procure uma igreja na qual você encontre homens idôneos e se sinta confortável sabendo que eles cuidam dos recursos de forma criteriosa, santa e cuidadosa;

(b)   Senso de pertencimento – “Eu faço parte desta comunidade”. Parece anacrônico e egoísta receber todos os benefícios de uma comunidade e não contribuir com ela. Outras pessoas sustentam fielmente o trabalho, contribuem, você é abençoado mas não se sente responsabilizado por isto? Nestes casos, um sério questionamento a seu próprio respeito deveria ser feito: “Não tenho sido consumista e egoísta? Por que não quero contribuir para a igreja de Cristo? Sou grato pela obra de Cristo e minha salvação mas não quero contribuir com sua obra na terra, por que isto acontece comigo?”.
Que Deus nos abençoe!