Há esperança para teu futuro

 

Esta é uma maravilhosa declaração de Deus ao seu povo exilado no Babilônia. (Jr 31.27) O contexto era de total desolação, desesperança e angústia. Jerusalém havia sido massacrada, a cidade ficou em ruinas, as famílias foram divididas, houve um massacre de proporções apocalípticas, os meninos que poderiam se tornar guerreiros e as meninas que poderiam se transformar em escravas foram levadas. Caos, dor e angústia eram o cenário.

Nestas circunstâncias tão adversas, Deus faz esta magnifica declaração: “Há esperança para teu futuro.”

Não são poucos que olham sua história sem qualquer perspectiva. Perderam a esperança de qualquer salvação, não acreditam em si mesmos, não acreditam em saída, e duvidam até mesmo que Deus possa fazer algo. Olham para o futuro como se houvesse diante de si nada mais que um muro de concreto, intransponível. Talvez por causa de decisões erradas, envolvimento com drogas, alcoolismo, divórcio, falência, traição, ou envolvimento com falsas religiões. É possível ter ainda alguma esperança? Podemos esperar um milagre?  

A falta de esperança aniquila o propósito da vida. Os grandes fatores da vida são: ter algo que fazer, algo para amar, e algo para esperar. “A desesperança é a derrota antecipada”. (Karl Jaspers). Quando olhamos para as circunstâncias, podemos nos desesperar, mas Deus sempre atualiza sua maravilhosa promessa: “Há esperança para teu futuro.”

Rev. Samuel Vieira

Cinco razões para não contribuir?

Em geral, falamos das razões para contribuir financeiramente com a nossa igreja local. Apesar dos argumentos bíblicos e lógicos, muitos ainda não conseguem contribuir de forma espontânea, regular, proporcional e com alegria. Então, é de se supor que existam motivos emocionais e teológicos que justifiquem tais atitudes. Muitas pessoas contribuem sempre, regularmente e temos alguns membros da nossa igreja que já contribuem por 50 anos, mensal e fielmente, para os projetos da igreja. A igreja se mantém por estas disposições generosas. Alguns ficam 50 anos na igreja e isto não os desafia.

Deixe-me apresentar cinco razões que justificam:

1.        Razão de ordem lógica: “Não me sinto parte desta igreja, portanto não sou responsável pelo seu sustento.” Esta razão faz todo sentido. Alguns não creem que manter as dependências da igreja, ministérios, pessoal, impostos e obra missionária não é sua responsabilidade, uma vez que são apenas visitantes. Apesar de receberem todos os benefícios eles são de outro lugar.

2.        Razão de ordem emocional: “Não gostei da forma como fui tratado por um membro da igreja ou pelo pastor.” Por não ter recebido o apoio que julgo ser merecedor, nem a atenção necessária, me frustrei e agora decido retribuir com as mesmas disposições (ou indisposições) recebidas. Em geral, a discordância com um dos pastores é suficiente para muitos não trazerem seus dízimos. Isto é bem mais comum que imaginamos.

3.        Razão de ordem prática: “Não confio na forma como a liderança administra os recursos da igreja.” Ora, se eu acredito que os pastores e lideres são infiéis na administração dos recursos, por que eu deveria contribuir? É um contrassenso. Na verdade, torna-se difícil até mesmo continuar frequentando uma igreja cuja liderança é infiel.

4.        Razão de ordem Bíblica: “Não encontro base bíblica, nem no Antigo, nem no Novo Testamento, para ser dizimista.” Ora, se eu decido obedecer a Bíblia e ela não ensina este princípio, eu serei incoerente em fazer algo que a Bíblia não manda fazer. Ainda que eu receba todos os benefícios dos ministérios da igreja pelo fato de outros interpretarem de forma diferente, eu não posso, por razão de minha consciência, contribuir. Por isto me recuso a ser dizimista: Por uma razão Bíblica. Dízimo é falsa doutrina.

5.        Razão de ordem teológica: “Alguns intérpretes bíblicos questionam esta prática e sou bastante esperto em teologia sistemática para saber que há controvérsias acerca deste assunto.” Depois de ler alguns autores, conservadores e liberais, eu adotei uma postura liberal sobre este assunto e me recuso a contribuir.

Obviamente todas estas razões acima nao encontram suporte bíblico, nem exegético, nem racional. Apesar disto, uma grande parte da igreja não contribui de forma generosa, espontânea, sistemática, generosa e proporcional como afirma a Bíblia. Que pena! Como as igrejas e o reino de Deus deixam de avançar quando membros infiéis decidem nao obedecer a uma ordem direta e simples da Palavra de Deus. 

Rev. Samuel Vieira

A alegria de uma igreja que cresce

Ontem a liderança da igreja teve mais uma abençoada reunião dando as boas-vindas às pessoas que chegaram recentemente a nossa igreja. Como sempre acontece, é um tempo de celebração e alegria.

O livro de Atos dos Apóstolos, narra com alegria o crescimento exponencial da Igreja primitiva nas décadas seguintes à ascensão de Cristo. A partir de Jerusalém, as pessoas se convertiam e se batizavam e os apóstolos registram cada um destes eventos com grande alegria, Em Atos 2.41, houve um acréscimo no dia do Pentecoste, de quase três mil pessoas. Em Atos 4.4 lemos: “subindo o número de homens a quase cinco mil.” A mesma alegria pelo crescimento da igreja é registrada em At 6.1; 6.7; 8.6; 12.24; 16.5; 17.4; 21.20. A Igreja primitiva não era numerólatra, mas também não era numerófica.

A igreja crescia por causa da pregação genuína do Evangelho, pelo testemunho dos cristãos, pelos milagres e sinais, pela ação poderosa do Espírito Santo. O surgimento de novas igrejas gerava transformação social, promovendo valores como amor, justiça, paz, compaixão e influência cultural, desafiando valores pagãos e promovendo uma nova visão de mundo.

O crescimento das igrejas gera expansão do Reino de Deus, e isto é motivo de grande alegria, pois representa a realização do propósito divino para a igreja, traz fortalecimento à comunidade local. Uma comunidade vibrante proporciona ambiente acolhedor para o crescimento espiritual e a vivência da fé e multiplicação de dons e talentos:

O grande proposito, entretanto, é a honra e glória a Deus. A multiplicação de membros e recursos é importante, mas se tudo isto não redunda na honra e glória ao nome de Deus, certamente o ponto essencial de ser igreja está se perdendo. O crescimento da igreja não se refere apenas de números e de recursos, mas de transformação de vidas, expansão do Reino de Deus e acima de tudo, glória ao nome de Cristo.

Rev. Samuel Vieira

Obstinação

 

 

Um dos pecados mais destrutivos ao coração, e que é sempre censurado por Deus nas Escrituras Sagradas é a obstinação: O profeta Isaias declara: “Porque eu sabia que eras obstinado; e a tua cerviz é um tendão de ferro, e tens a testa de bronze”. (Is 48.4)

 

Obstinação significa teimosia, é a atitude de pessoas que são “cabeça dura”, inflexíveis.  O povo de Deus insistia em não se submeter ao que Deus dizia e não se quebrantava nem se arrependia. Não eram capazes de reconhecer o erro e seguir a orientação de Deus, pois seguiam seus próprios corações.

 

Por sua vez, “cerviz” é a parte posterior do pescoço, a nuca. Quando Deus afirma que o povo tinha a cerviz como um tendão de ferro, ele está afirmando que não havia nenhuma postura de submissão, não se dobravam, não abaixavam a cabeça e não se rendiam a Deus. 

 

A obstinação e teimosia, é um enorme obstáculo no crescimento espiritual. Uma das características do discípulo de Cristo é a submissão e obediência, que são antagônicas à teimosia e dureza de coração. A obstinação impede o crescimento espiritual, porque não nos tornamos ensináveis, nem moldáveis, e por isto não seremos transformados naquilo que Deus deseja.

 

Em Isaias, logo após a repreensão de Deus ao seu povo pelo pecado da obstinação, ele fala do Messias que haveria de vir. Veja como é a atitude de Cristo: “O Senhor Deus me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde, nem me retrai.” (Is 50.5). Jesus tinha os ouvidos abertos a Deus, atitude de obediência, sua reação a Deus não era de resistência mas de acolhimento.

 

Ouvidos abertos, sensibilidade a Deus, desejo de se submeter à Palavra de Deus são características daqueles que querem imitar a Cristo. A caminhada com Deus é um processo contínuo de aprendizado e crescimento, buscando sempre aprofundar a compreensão da fé e ser transformado. A falta de arrependimento, dureza de alma, resistência à palavra, impedem que as verdades de Deus transformem o coração.

 

Você é sensível à voz de Deus? como você tem se aproximado das verdades de Deus? como acolhimento e rendição, ou com rigidez e obstinação?

 

Rev. Samuel Vieira

 

Buscai o Senhor enquanto se pode achar!

 

A frase "Buscai o Senhor enquanto se pode achar" é um convite urgente e amoroso de Deus. Ele deseja ser encontrado por todos aqueles que o buscam com sinceridade. A busca por Deus é uma jornada que pode trazer paz, alegria, transformação e um relacionamento pessoal com o Criador.

O Senhor convida as pessoas à intimidade com ele, enquanto a oportunidade ainda está disponível. Ele não se esconde, mas deseja ser encontrado por aqueles que o desejam. A frase também indica que a oportunidade de encontrar Deus não é eterna, mas limitada. Há um tempo para essa busca, e é importante aproveitar o momento presente.

 

Este versículo nos ensina que o tempo da salvação é hoje. A graça de Deus está disponível e o chamado do Evangelho se estende a todos, mas isso não será sempre assim. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar.” Deus é acessível a todos os que o invocam. O convite está aberto, mas definitivamente demorar a buscá-lo não é uma opção prudente.

Na parábola das Dez Virgens, Jesus ensinou que a porta foi fechada para as virgens que não estavam prontas (Mt 25.1-13), e na Parábola das festas de casamento, o rei destruiu aqueles que rejeitaram o convite (Mt 22.1-14). O apóstolo Paulo faz uma exortação apropriada: ‘’ “Eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação” (2 Co 6.2). Portanto, hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.

 

Rev. Samuel Vieira

 

Voracidade

 

 

Um dos sete pecados capitais da teologia cristã clássica é a gula. O descontrole sobre o apetite que leva a pessoa a comer exageradamente. Nos mosteiros, onde se buscava uma vida simples e pura, recomendava-se a frugalidade e o jejum, formas de combater o ímpeto do exagero na alimentação. São Jerônimo, que fez a famosa tradução bíblica da Vulgata Latina, morreu com mais de 90 anos, trabalhando diariamente, e comendo pequenas porções praticamente à base de água e pão.

 

Gula, porém, tem outros graves derivativos, saindo da esfera simples da comida. Ela pode ter variáveis como desejo insaciável por compras, aquisições, vícios em shoppings, ter mais, comprar cada vez mais coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar pessoas que não gostam de nós. É a voracidade do consumo.

 

A gula pode também se tornar voraz quando se dirige aos prazeres sexuais, ânsia de conquistar, seduzir. Nesta área, também, a gula pode se tornar assustadora, gerando obsessões incontroláveis e taras. Como a gula é voraz, sua característica central é a insaciabilidade. E assim, como uma droga, ao nos tornarmos dependentes, buscamos doses cada vez mais forte na vã tentativa de satisfação e saciedade.

 

A voracidade pode se voltar para posses e bens. Neste caso, o que se busca não é apenas o consumo, mas o acúmulo de propriedades, e os tolos “brinquedos” vão se sofisticando e  ficando mais caros, mas o coração continua vazio. Isto gera distorções sociais graves como a exploração do ser humano e a desonestidade, mas a maior distorção ocorre, na verdade, dentro da alma que se coisifica e instrumentaliza outros para seus objetivos. A pessoa se torna obcecada por bens, contudo, como em todas as áreas da vida, “mais da mesma coisa nos leva para o mesmo lugar”: o vazio, isolamento e a falta de sentido são os subprodutos mais evidentes.

 

Para romper com a voracidade, precisamos ser contraintuitivos: “Não faça aquilo que você deseja fazer, mas faça o oposto”. Se o seu problema é a voracidade  por comida, obrigue-se à frugalidade, abstinência e jejum. Se sua obsessão é sexual, exercite-se na pureza e fidelidade, caso contrário você se torna um monstro de olhos verdes. Se seu problema é consumo, aprenda a doar ao invés de acumular. Doe generosamente para pessoas necessitadas, obras sociais e comunidades saudáveis. Se o seu lado voraz te instiga a ter mais posses, aprenda a desfrutar mais o que você tem e a ser mais generoso.

Voracidade é mortal, dominadora e quase incontrolável. Estar consciente de suas armadilhas e poder, nos liberta para um viver mais pleno.

Não revele os segredos de tua casa!

 

 

O rei Ezequias foi um rei piedoso, íntegro de coração, e teve grandes experiências e milagres na presença de Deus. dois deles foram notórios: O exército da Babilônia sitiou Israel, afrontou o povo de Deus e a Deus (Is 36,37), mas foram derrotados sobrenaturalmente. Em seguida, o rei Ezequias adoece mortalmente, mas Deus ouve sua oração e o cura miraculosamente e ele viveu mais 15 anos.

 

Mas Ezequias vacilou seriamente quando recebeu a visita dos babilônios, trazendo-lhe presentes e expressando simpatia pela sua recuperação. Empolgado, trouxe os inimigos para dentro de sua casa, e mostrou-lhe seus tesouros, arsenal de guerra e tudo o que se achava em sua casa. Em outras palavras, ele abriu seus segredos para o inimigo. Isto foi lamentável e de uma grande ingenuidade, porque alguns anos depois eles viriam, invadiriam Jerusalém e saqueariam todos aqueles tesouros.

 

Quando Deus entregou os Dez Mandamentos, uma das coisas que ele disse é que, “das portas para dentro” (Ex 20.10), na privacidade do lar, alguns preceitos deveriam ser observados. Não podemos controlar fatores externos, o que se encontra de nossas portas para fora, mas precisamos proteger o que está dentro de nossas casas.

 

O título mais apropriado deste artigo deve ser: Não reveles os segredos de tua casa ao inimigo! Satanás não deve ter acesso à nossa intimidade, não pode ter liberdade para ficar passeando e apreciando aquilo que temos. Nossa casa deve ser uma casa onde Deus conheça nossos segredos, medos, expectativas, sonhos, e não o diabo. Não podemos permitir qualquer intimidade com aquele que é o adversário de nossa alma.

 

O termo, "Satanás", significa "adversário". Este nome indica sua natureza básica: ele é inimigo de tudo o que Deus faz e de todo o povo de Deus. Ele é ardiloso, astuto, impiedoso. Não permita que ele conheça os segredos de sua casa. Este lugar deve ser para a intimidade com Deus. o Senhor é quem deve conhecer tudo o que temos e que somos. A ele devemos revelar nossos segredos.

 

Rev. Samuel Vieira

 

Dia da Mulher Presbiteriana

 

 

No segundo domingo de fevereiro celebra-se o dia da Mulher Presbiteriana.

Louvamos a Deus pela vida destas irmãs que além de serem o esteio de suas próprias famílias, são valorosos instrumentos nas mãos de Deus.

 

A Bíblia está repleta de histórias de mulheres que foram uma benção para o reino de Deus:

 

Joquebede, que em tempos tumultuados e aflitivos, cuidou com grande zelo do pequeno filho Moisés, e que no tempo que pode tê-lo ao seu lado, conseguiu inculcar-lhe a consciência de que ele era parte do povo de Deus, que, ainda sofrendo debaixo da escravidão possuía um chamado especial para o projeto de Deus na história.

 

Débora, que no meio da confusão social e política de seu país, que numa sociedade machista, sem uma figura masculina para governar o povo de Deus, conseguiu liderar Israel e libertá-lo das mãos opressivas de Sísera.

 

Raabe, que apesar de sua confusa história, creu em Deus, e foi usada para proteger os espias de Israel, salvando sua família, e eventualmente figurando na genealogia de Cristo, apesar de seu passado tão vergonhoso.

 

De uma Dorcas, mulher vibrante na fé e no cuidado, que com sua habilidade e arte, conseguia fazer roupa para as pessoas pobres, cuidando não apenas de suas necessidades materiais, mas esteticamente fazendo-lhes túnicas trabalhando a autoestima de cada uma delas.

 

De Eunice, mãe de Timóteo, que conseguiu imprimir as Sagradas Letras na mente de seu filho, fazendo-o sábio para a salvação em Cristo. Ela é um exemplo de como mães piedosas podem orientar seus filhos no caminho do Senhor.

 

Poderíamos enumerar muitas outras mulheres na Bíblia. Mas fico pensando também no grupo número de mães que sempre abençoaram tanto a nossa igreja. Por causa do aniversário de 90 anos de D. Geni Campos Barbosa, membro fundadora de nossa igreja, queria citar o seu nome, como uma mulher que sempre esteve presente na vida da igreja, exercendo atividades no Ministério feminino, nas salas de escola dominical, no serviço e cuidado com os pobres.

 

D. Geni Campos Barbosa, com sua simpatia e charme, até hoje tem sido uma referência de como tem sido a história desta igreja e como tantas outras mulheres podem inspirar uma geração inteira.

 

 

Rev. Samuel Vieira

Carnaval

 

 

Carnaval é uma festa popular importada de outras sociedades pagãs e vai muito além da cultura e do folclore. Muitos dizem: “Por que eu não posso festejar o carnaval? É tradição, Eu só vou lá para acompanhar meus amigos.”

Veja o significado e as raízes do carnaval. Esta festa está associada às festas de origem greco-romana, “as bacanais”, festas dionisíacas, dedicadas ao deus do vinho, Baco, marcadas pela embriaguez e entrega aos prazeres da carne. Tais festas duravam dias, com comidas, bebidas e danças. Os papéis sociais eram invertidos, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos. A igreja sempre se posicionou contra estas festas porque ao inverter os papéis, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.

No Brasil o Carnaval tem forte conotação sexual com exposição do corpo e a distorção e coisificação dos valores sexuais, onde as paixões mais rasteiras desfilam sob os aplausos da multidão. A propaganda do governo este ano é “não vá a festa sem camisinha!”, o que já pressupõe a proposta para a maioria dos ambientes, sem mencionar o consumo de drogas e bebidas alcóolicas.

Devemos lembrar as Escrituras Sagradas: “Pois Deus não nos chamou para a impureza , e sim para a santificação ”(1 Ts 4.7; 1 Ts 4.3-5). “Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedeira e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta! Liras e harpas, tamboris e flautas e vinho há em seus banquetes; porém não consideram os feitos do Senhor, nem olham para as obras de suas mãos.”

O Carnaval não agrada a Deus pois promove a prostituição, violência, consumo de drogas, e destrói os valores da família. 

Neste feriado, aproxime-se mais do Senhor, aproveite a família, divirta-se saudavelmente e não se esqueça de refletir na Palavra de Deus. Que a nossa alegria consista na santidade de Deus, e na Salvação realizada por Cristo.

Rev. Samuel Vieira

 

 

 

 

Anticonsumo

 

Um fenômeno estranho e silencioso tem acontecido em muitos lugares do mundo, especialmente nos países mais desenvolvidos: Cresce a onda do anticonsumo, que defende a cultura de “menos é mais”, e adota uma postura minimalista. A pergunta que surge sobre este movimento é: Até que ponto funciona?

Para os defensores do minimalista, ser consumista é uma transgressão, um pecado imperdoável, “consumo” é um quase um palavrão. Alguns mais radicais chegam a defender que não precisam mais do que 54 itens para sua sobrevivência, incluindo peças de roupa, utensílios domésticos, celular (indispensável) e uma boa internet. Eles comem com simplicidade, ganham apenas para sobrevivência e detestam a ideia de sustentar o sistema, com os políticos e governos cada vez mais vorazes em taxar seus cidadãos. Em muitos casos, taxando o mesmo produto 2 ou 3 vezes.

Excetuando os exageros e radicalismos, eu chego a me perguntar se a tese que defendem não está certa em muitos sentidos, afinal, boa parte da sociedade brasileira assume dívidas quase impagáveis, entre elas “Minha casa, Minha dívida”, com juros e impostos pesados para ter a casa própria.

A expressão “Quinto dos infernos”, é antiga, do tempo do Brasil Império, e refere-se aos 20% de taxação que a Coroa Portuguesa impunha sobre os moradores do Brasil. Se compararmos este “quinto” em relação aos impostos que em alguns casos chegam a 45% no Brasil, em itens indispensáveis, começamos a achar que os 20% do inferno, não são tão ruins assim...

A onda anticonsumo questiona as compras exageradas e desnecessárias. “Compramos coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar pessoas que não gostamos.” Esta tendência também usa o discurso do politicamente correto, já que menos consumo redunda em menos pacotes, menos plásticos, e menos agressão ao meio ambiente, gerando uma vida mais consciente e responsável.

Com protestos contra a ostentação e consumo, diversas ações surgiram na onda anti-consumista dos últimos anos.

 

Uma pergunta, porém, fica sempre presente: De todos estes protestos, o que realmente podemos aprender? O que vai além da atitude dos “ecochatos” e que pode nos inspirar e até mesmo ser adotada por nós? O que realmente funciona? O que não passa de foto bonita e hashtag no Instagram e busca de um espaço alternativo para que as outras pessoas consumam seus “produtos”, afinal, a busca de adeptos e de likes não poderia ser uma outra forma de consumo?

Adianta sair por aí jogando fora tudo que você tem? Ganhar pouco e viver num lugar simples e sem conforto eventualmente passando por privação em nome do ecossistema e da sustentabilidade? Ter poucas coisas adequando-se às normas da estética minimalista?

Certamente precisamos repensar a voracidade das compras e gastos.  Podemos passar facilmente dos limites do consumo em nome da necessidade de aprovação pública. Ostentação não parece ser algo saudável e revela um profundo desejo de ser apreciado, não por aquilo que somos, mas por aquilo que temos. É importante refletir sobre um modo de consumo consciente, que se encaixe em nosso estilo de vida, responda às nossas necessidades, mas sem exageros. Este equilíbrio é necessário, mas complexo, afinal, o que pode parecer exagero para alguns, pode não ser para outros.

 

Por que contribuir com minha igreja local?

Há muitas pessoas que não conseguem ser generosas, e encontram grande dificuldade em contribuir de forma proporcional, regular e com alegria, para a obra do Senhor. Muitos, contribuem esporadicamente, mas não contribuem com sua igreja local. Por alguma razão acreditam que podem “administrar seus dízimos e ofertas”, ou que, “sua igreja local não precisa de suas doações.” Eventualmente contribuem para pessoas e outras instituições, mas não para sua igreja local.

Queria apresentar algumas razões para você contribuir com sua igreja local, algumas de ordem teológica, outras de ordem prática.

1. Em Malaquias 3.10, a Palavra de Deus afirma: “trazei todos os dízimos à casa do Senhor.” A ordem é clara e objetiva. Dízimos não deveriam ser levados a “outros lugares”, mas ao templo, onde se cultuava a Deus. 

2. Em 1 Co 16.2 Paulo orienta a igreja para, “no primeiro dia da semana”, as pessoas separassem seus recursos, conforme a sua prosperidade.” As pessoas eram assalariadas e recebiam semanalmente, então, toda semana deveriam separar aquilo que era destinado para a obra do Senhor. 

3. Você deve levar seu dízimo e sua oferta no local onde você é alimentado espiritualmente e cuidado. Ninguém se alimenta em um restaurante e sai sem pagar a conta afirmando que pagará a conta em outro lugar. 

4. Se você não confia na administração da igreja da qual você é membro, esta pode ser uma boa razão para procurar outra comunidade na qual você se sinta confortável e seguro de que as pessoas que recebem os dízimos o fazem com bom senso, sabedoria e temor.

5. Sua igreja local precisa manter suas dependências, obreiros, missionários e pastores. Quando você leva seus recursos para outro lugar, você pode estar limitando a expansão, ainda que você faça com boa intenção.

6. Certa mulher procurou seu pastor e disse que era contra o dízimo. Seu pastor afirmou que ela não era contra as ofertas trazidas, mas era contra a “sua oferta”, já que ela recebia todos os benefícios dos recursos que membros fiéis, que de forma generosa contribuam para a manutenção do trabalho.

7. Não existe “igreja pobre”, existe igreja infiel. Quando as pessoas contribuem como a Palavra de Deus orienta, os recursos serão abundantes. “trazei todos os dízimos... para que haja mantimento em minha casa.” (Ml 3.10). Quando você traz seus recursos, sua igreja local terá abundância para sonhar projetos, investir em expansão e trazer melhorias para suas estruturas.

Pense nisto...

Rev. Samuel Vieira

A Igreja e você

 

 

Se pedirmos as pessoas para desenharem uma igreja, invariavelmente elas farão uma casinha, com um campanário e uma torre. Certamente esta não é uma definição correta de igreja. Podemos equivocadamente também ver a Igreja como uma instituição, uma organização, mas acima de tudo igreja é um organismo vivo.

 

A igreja é composta por pessoas. Por isto não “vamos para a igreja”, mas somos a igreja. A Bíblia nunca associa igreja a um edifício. Igreja não é uma instituição hierárquica ou clerical, mas o povo de Deus. Não é um templo ou construção, nem um edifício material onde nos reunimos.

 

A igreja é formada por aqueles que estão em Cristo, por isto, estando reunidos ou não, todos aqueles que foram resgatados por Cristo fazem parte de sua igreja invisível, e devem se tornar membros de uma igreja local, visível e histórica, onde dons e recursos são partilhados, e encorajados à vida e ao serviço cristão. Somos a igreja 24 horas do dia, porque somos família o tempo todo.

 

A igreja é um projeto eterno de Deus, e estava na mente e no coração de Deus desde os séculos eternos. Deus pensou em um corpo e “o corpo não é um só membro, mas muitos... de maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam.” (1 Co 12.14,26) Jesus declara que ele “edificaria a igreja e as portas do inferno não prevaleceriam contra ela.” (Mt 16.18).

 

Precisamos entender que igreja é a soma daquilo que você é com todos os irmãos que partilham da mesma comunidade. Quando Jesus fala em edificar sua igreja, ele estava pensando em pessoas, redimidas pelo seu sangue. Igreja não é edifício, nem prédio, igreja é comunidade, um corpo espiritual.

 

Por isto, sua igreja será próspera financeiramente se você for generoso; e não terá recursos se você não contribuir. Se você é ativo e consagrado, sua igreja assim o será. Se você é forte em oração, a igreja será. A igreja somos nós. A igreja será participativa, se você não se distanciar da sua programação, ela será entusiasmada, se você mantiver atitude de ânimo e encorajamento. A igreja reflete o melhor e o pior da soma de seus membros. porque as pessoas formam a igreja

 

Igreja não é um clube social, nem uma sociedade secreta. Ela é o corpo de Cristo. Deus resolveu usar seu povo como instrumento para abençoar o mundo. Se somos corpo de Cristo, agimos na história como suas mãos, seus olhos, sua boca. É através dela que Deus fala e age no mundo. Deus escolheu nos usar para abençoar todas as famílias da terra.

 

Quando a igreja falha é de Deus que o mundo zomba. Quando a igreja é uma benção, as pessoas são igualmente atraídas a Cristo.

 

Qual tem sido sua relação com a igreja?

 

Rev. Samuel Vieira

 

Hábitos financeiros em Provérbios

 

O livro de Provérbios é um livro que fala muito do uso correto do dinheiro. Suas instruções para lidar com este assunto são detalhadas e pormenorizadas. Se você quer aprender a lidar com dinheiro, leia cuidadosamente este livro. Se você está enfrentando crises financeiras, deveria aprender a partir dele.

A Bíblia não promete riqueza financeira, nem mesmo aos fiéis, entretanto aqueles que seguem os princípios financeiros da Bíblia estão mais propensos à prosperidade, mas você não deve exigir isto de Deus. Ele é dono de todas as coisas e ele sabe do que precisamos e da forma como nosso coração lida com a abundância e a escassez. Confie em Deus!

Eis alguns hábitos

1. Aprenda a viver com contentamento.  Quando as coisas não vão bem, é fácil murmuramos, reclamarmos e perdermos a alegria. Aprender a viver com alegria é uma grande benção (Pv 15.17)

2. Não coloque sua segurança nas finanças. Riquezas e bens são instáveis A riqueza não pode dar segurança emocional, física e espiritual. (Pv 11.28; Pv 13.7)

3. Invista corretamente. Muitas vezes não temos pela forma como administramos os bens. “Com a sabedoria se constrói o lar e sobre a prudência ele se firma.” (Pv 24.5)

4. Seja generoso com seus recursos. Generosidade tem a ver com o reino de Deus, e isto abre a porta para alegria e benção: (Pv 11.24; 27; 14.21,31 / 21.1; 22.9; 28.27; 29.7

5. Entenda que dinheiro é questão espiritual – Dinheiro tem o poder de vida, traz benção para o reino de Deus e por meio dele honramos a Deus. (Pv 3.9,10) Coloque sua visão sobre o dinheiro na perspectiva divina.

Natal chegou!

 

As crianças sempre ficam empolgadas com o Natal: As surpresas, os mimos, os presentes. Muitos adultos também se empolgam e preparam cuidadosamente a ceia, os detalhes das mesas, a árvore de natal e os enfeites. Afinal, é natal. Muitas famílias transformam este evento numa oportunidade de se reunir e celebrar. O natal chegou!

Entretanto, corremos o grande risco de nos perdermos na festa e esquecermos seu significado. Natal antes de mais nada é nascimento. “Um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e seu nome será maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, príncipe da paz. E seu governo jamais terá fim.” Estamos falando de algo supremo, grandioso, celebrando a chegada do Messias, que por séculos foi prometido ao povo de Israel.

Jesus nasceu! Deus decidiu participar da humanidade assumindo pele humana. Celebramos sua encarnação. Ele veio em forma de uma criança e cresceu entre nós. Este é o ponto central desta celebração. Aqueles que não entenderam o significado do natal, podem usar esta data como quiserem, mas nós, que temos compreendido e somos agraciados pela beleza e grandiosidade de Jesus, precisamos dar ao natal o seu sentido maior e pleno. Não podemos perder o aniversariante na sua festa de aniversário.

Natal chegou: “Um menino nos nasceu. Um filho nos foi dado.” Celebremos o natal com todo seu sentido, entendendo seu significado central. Emanuel. Deus conosco!

A visão bíblica do dinheiro

  

A Bíblia fala muito de dinheiro. nas Escrituras Sagradas existem aproximadamente 300 versículos sobre anjos, 500 sobre amor, 700 sobre fé e mais de 2.350 versículos falando sobre dinheiro e riquezas, segundo Howard Dayton.

Por que Deus falou muito sobre dinheiro na Bíblia? Ele sabia que administração financeira é algo importante para nossas vidas.

Certa vez conversava com um judeu sobre a visão judaica de dinheiro, e lhe expus o que considero a síntese mais perfeita sobre dinheiro, que foi dada por Charles Stanley. O judeu parou a caravana me fez repetir isto para o grupo de pessoas que caminhava conosco.  Ele fala de quatro princípios:

1.        Ganhe honestamente – Lucro desonesto, ganho ilícito, suborno, não são abençoados por Deus. Ganhar integridade, com inteligência, com o trabalho honesto é fundamental, para aqueles que são discípulos de Cristo.

Você pode até ganhar muito, sem honestidade, mas este dinheiro não é abençoado. Não faz parte do proposito de Deus para nossa vida. A Bíblia diz “Feliz é o homem que empresta com generosidade e que com honestidade conduz os seus negócios.” (NVI Sl 112.5)

2.        Aplique sabiamente – A parábola dos talentos é uma aula de Jesus sobre  a importância de ser inteligente na aplicação daquilo que Deus dá. O homem que não investiu o que recebeu é chamado de negligente, os demais fizeram o dinheiro render tiveram as quantias multiplicadas e foram recompensados. Hoje são vários os investimentos e aplicações existentes onde você pode investir seus recursos. Não gaste tudo o que você recebe.

Provérbios diz:  “Na casa do sábio há comida e azeite armazenados, mas o tolo devora tudo o que pode” – (Pv 21.20)

3.        Doe generosamente – A Bíblia inteira ensina sobre a importância, alegria e beleza de aprender a repartir aquilo que Deus dá.

Doar é uma forma de romper com nossa relação idolátrica de viver servindo ao dinheiro. O dinheiro deve nos servir e não o contrário. Quando doamos estamos demonstrando em quem confiamos: Não nas riquezas e bens acumulados, mas no Deus que promete cuidar de cada uma de nossas necessidades. Doar é um exercício de fé e gratidão, e uma forma de cultuar a Deus e abençoar outras vidas. Aprenda a doar proporcionalmente, regularmente, e com alegria.

4.        Desfrute abundantemente – Não apenas ganhe, aplique e doe, mas desfrute.

O risco dos extremos é sempre presente. Existem pessoas que desfrutam muito, gastando seu dinheiro em coisas que dão prazer e alegria. Não há nada de errado com isto. Mas não sabem doar. Alguns sabem economizar muito bem, mas não sabem doar, nem desfrutar. O equilíbrio é fundamental.

Deus dá recursos também para nosso aprazimento. Receber e desfrutar o que Deus nos dá é uma grande benção.

 

Rev. Samuel Vieira