quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Um olhar para o futuro

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Nesta semana acontecerá em Anápolis, dia 28-29 de Outubro 2016, por iniciativa do Departamento Infantil de nossa igreja, um evento muito especial: “Conexão 020”. Quais são as propostas deste evento? O que ele tem de especial? Qual é o seu diferencial?

“Conexão 020” trabalha debaixo de uma filosofia associada ao “projeto geração futura”, que procura dar ferramentas à igreja e família, para proteger espiritualmente os filhos de um fenômeno muito comum que é a evasão e desaparecimento da igreja. Milhares de crianças, criadas em lares evangélicos, facilmente se dispersam e apostatam da fé quando estão no ensino médio e na faculdade. O que fazer para protegê-los espiritualmente?

Muitos pais oram incessantemente pelos filhos, alguns investem e participam da igreja, oram com os filhos, levam-nos à igreja, e tudo isto é parte importante deste processo de encaminhamento, mas é muito importante quando Igreja & Família trabalham juntos. A unidade de propósitos destas duas forças são muito salutares para o amadurecimento da fé das crianças.

Conexão 020 procurou trazer algumas das melhores vozes de pessoas ao redor do mundo que estão estudando o assunto e desenvolvendo métodos para se conseguir maior efetividade. Virão preletores dos EUA e até mesmo da Índia.

As reuniões serão realizadas na Uni-Evangélica, e já temos inscrição confirmada de  pessoas provenientes de 17 Estados da Federação, o que traz uma representação significativa, e mais de 30 denominações . Tudo isto é um esforço para pensar globalmente e agir localmente; cuidar do agora, mas ter também um olhar para o futuro.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Histórias e Sonhos


Fui pastor da Igreja Presbiteriana de Vila Nova nos anos de 1982-1983, sai em 1984 para exercer o pastorado na recém organizada igreja de Vila Mirais, congregação desta igreja. Tinha apenas 22 anos em 82 e no ano seguinte me casei com a Sara Maria. O pastor Jairo era um adolescente apaixonado por música, no meio de uma linda mocidade, e já revelava um desejo profundo de se dedicar aos seus dons servindo a Deus, como de fato faz até hoje.

Isto é só para mostrar um pouco do que significa fazer 50 anos. Estou falando apenas parcialmente desta tão surpreendente data. 50 anos é um marco e deve ser celebrado com muita alegria. Estou feliz em poder estar aqui neste momento tão especial desta comunidade.  

Conhecer a história nos ajuda a estabelecer a identidade e isto é maravilhoso. Precisamos saber de onde viemos, o que fizemos, quem somos. Não podemos deixar de olhar com gratidão e lembrar a vida de tantas pessoas que foram usadas por Deus para que a igreja chegasse até este ponto. O escritor da Carta aos Hebreus fala que temos a rodear-nos uma grande “nuvem de testemunha”. Pessoas generosas, comprometidas, que amaram a Deus, serviram esta igreja com seus dons, recursos e tempo, criando a estrutura maravilhosa que serve hoje para o templo e edifício de educação religiosa. Investiu também em pessoas, novas congregações e campos missionários. Que benção olharmos pelo retrovisor e ver uma tão rica história.

Olhar a história, contudo, traz determinados riscos. Podemos esquecer os desafios futuros e nos apegarmos de forma compulsiva e doentia ao passado, e assim nos perdemos no tempo. Historicamente igrejas da Europa e do Nordeste dos EUA, apesar de terem uma rica história, perderam a compreensão de sua missão para esta geração e se transformaram em templos vazios. É fácil virar um monumento, ao invés de gerar movimento; de nos tornarmos apegados ao passado, sem saber como sermos impulsionados ao futuro. Igrejas historicamente relevantes facilmente se perdem na construção de futuros projetos e perspectivas. O passado deve inspirar, mas não referendar; pode criar a base, mas deve inspirar novos sonhos. Precisamos estar sensível para esta desafiadora dialética. O passado, dando a identidade; o futuro, estabelecendo os desafios.

Já vimos Deus fazendo muita coisa entre nós. Não podemos perder o próximo capítulo que Deus deseja reescrever através de nós. Deus já usou muitos instrumentos abençoados, queremos ser vasos usados igualmente úteis para as novas gerações.


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Os insondáveis planos de Deus

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Nesta semana recebemos a triste notícia de que o pequeno Matheusinho, depois de 3 longos e doloridos anos de tratamento, exames, consultas médicas e novas terapias, perdeu sua batalha para a leucemia. Certamente muitos, como eu, ao recebermos a notícia, não tínhamos nada mais a fazer que chorar e pedir a graça de Deus pelos pais e avós, que estiveram tanto tempo envolvidos nesta caminhada pesada.

Matheusinho foi um presente para todos nós. Sua fé simples em Deus, sua imagem no conhecido retrato no qual ele está orando de joelhos, suas idas e vindas, tudo isto nos leva a buscar uma explicação para os planos de Deus.

Quando Jó enfrentou sua perplexidade, por diversas vezes quis saber o porquê, queria explicações para sua dor e a brutal realidade. Por sete vezes faz esta pergunta, mas Deus preferiu falar de outra coisa mais sublime: Quem. Por 42 vezes Deus faz questão de enfatizar que Ele é Deus.

O que aprendi nestes dolorosos e indecifráveis processos?

Primeiro, Matheusinho uniu nossa comunidade para orar. Nunca vi a Igreja Central  tão mobilizada para clamar, suplicar e buscar a misericórdia e cura. Sua vida nos despertou para orar – e como. Deus não ouviu? Claro que sim! Nos seus propósitos eternos, contudo, decidiu levar Matheusinho para si.

Segundo, ele uniu nossa igreja para cuidar e abençoar. Dezenas de pessoas se voluntariaram para enviar recursos, sustento, a fim de que Daniela e Aloísio tivessem o básico para seu sustento em São Paulo. Precisavam pagar aluguel, manter a vida doméstica, Daniela abandonou seu trabalho, Aloisinho ficava tentando manter um mínimo de normalidade entre suas viagens para São Paulo e Anápolis. Que grande benção há sobre nós quando entendemos o privilégio de doar, abençoar outros, usar nossos recursos para glorificar a Deus.


Deus abençoe a querida família. Estamos juntos. Nunca seremos capazes de penetrar toda a dor que esta perda traz para suas vidas, mas queremos partilhar, ainda que no nível possível, desta caminhada de vocês no vale da sombra da morte que atravessam. Esperamos que neste ponto sombrio, vocês tenham recebido a graça de discernir que o Bom Pastor estava com vocês. Aleluia!

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Hoje é dia de boas-novas


No segundo livro de Reis, encontramos o relato de quatro leprosos que estavam ao redor da cidade de Samaria quando esta encontrava-se sitiada pelos siros. A situação era dramática, já fazia algum tempo que a cidade estava sitiada, e faltava comida dentro dos muros. Há inclusive um relato dramático de pessoas comendo seus próprios filhos. Se as coisas iam mal na cidade, fora dos muros não era diferente. Os leprosos não tinham condições de trabalhar por causa de seu estado de saúde e morriam agora de fome.

Então, estes leprosos decidem arriscar suas vidas, indo até o acampamento do exército inimigo, ver se encontrariam alguma comida, ou alguém que tivesse misericórdia deles. A decisão é resultado de resignação destes homens que dizem: "Se dissermos: entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos lá; se ficarmos sentados aqui, também morreremos. vamos, pois, agora, e demos conosco no arraial dos siros; se nos deixarem viver, viveremos; se nos matarem, tão somente morreremos". (2 Rs 7.4)

Ao chegarem ao arraial, são surpreendidos pelo vazio e caos. Armas, tendas e comidas ainda estão no lugar, espalhadas de forma desorganizada por todo lado, mas não há sequer uma pessoa no acampamento. Eles entram, comem fartamente, e se dão conta de que, a cidade de onde vieram, está cheia de pessoas famintas. Então chegam à seguinte conclusão: "Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nós nos calamos". (2 Rs 7.9)

Esta é uma boa ilustração do Evangelho. Famintos de Deus, desolados e famigerados, nos aproximamos de sua graça e somos surpreendidos pela fartura que há em Deus e nossa alma encontra alimento. O encontro com a fartura da sua misericórdia e amor, contudo, deve nos impulsionar a ter compaixão daqueles que "como ovelhas sem pastor" ainda vagam na secura da alma e falta de sentido e significado para a vida. As boas-novas precisam ser proclamadas.

Os leprosos famintos, agora fartos, anunciam aos fartos, agora famintos, que podem saciar sua fome, que existe provisão e riqueza na obra maravilhosa da cruz de Cristo, que nos resgatou para uma viva esperança.