Como ser produtivo no Reino de Deus?

 Se você se tornou verdadeiramente um discípulo de Cristo, é normal perguntar: “como posso servir melhor ao meu Mestre, cooperar na sua obra de forma mais eficiente, ser mais produtivo na igreja local e servir melhor ao mundo expressando a minha gratidão pela aceitação incondicional de Jesus?

Muitos até se dispuseram, mas quando surgiram as dificuldades, desistiram, se desencorajaram e não poucos arrefeceram o ânimo e a disposição para servir. Alguns, por causa de experiências negativas, frustrações, desencanto com as pessoas ou lideranças das igrejas locais, outros pela idade que perigosamente pode nos tornar incrédulos, mau humorados, amargos, críticos e até mesmo cínicos.

Tenho encontrado muitos que, outrora ativos na obra do Senhor, agora estão desanimados, perderam o encanto com o discipulado das novas gerações, com as expressões comunitárias e cúlticas. São pessoas que se distanciaram ou realizam suas práticas litúrgicas de forma mecânica e rotineira.

Como continuar sendo produtivo no Reino de Deus?

O salmista faz uma oração interessante: “Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocidade, e até agora tenho anunciado as tuas maravilhas. Não me desampares, pois, até a minha velhice e os cabelos brancos. Até que eu tenha declarado à presente geração a tua força, e às vindouras, o teu poder” (Sl 70.17-18).

Esta oração vai em dois sentidos: Primeiro, ele ora pela companhia de Deus. O segundo, ele pede para completar seu chamado, que consistia em:

A.     Tornar Deus conhecido à presente geração, e que, de alguma forma, ele inspirasse a juventude para que Deus se tornasse conhecido através de seu testemunho de vida;

B.     Deixar um legado que transcendesse seu tempo. Ele fala das vindouras gerações, não apenas da atual, mas da que ainda virá. O evangelho não pode ter um ponto final em nossa vida, sem impactar filhos e netos, mas precisa orientar a geração que já é presente, e à geração que ainda virá, e nós somos os responsáveis para transmitir Deus aos filhos que virão.

Se mantivermos esta visão, não deixaremos de ser produtivos no Reino de Deus, deixando uma marca profunda de fé e testemunho à geração que virá.

Peca quem é precipitado!

É perigoso espiritualmente e traz graves danos para a vida o ato irrefletido e tomado no ímpeto. São negócios mal feitos, transações prejudiciais, relacionamentos que machucam, decisões emocionais, que afetam a saúde, as emoções, a espiritualidade. Não é bom agir sem pensar ou tomar decisões impulsivamente.

Muitos já se feriram profundamente depois de atitudes intempestivas, mas para outros, a ação precipitada nunca pode ser reparada. São vidas ceifadas pela ira descontrolada, pelas palavras encolerizadas, pelo descontrole emocional, pelos impulsos de uma raiva não administrada. Muitos perderam dinheiro por comprar sem avaliar, por assinar contratos sem considerar mais profundamente os efeitos disto na vida.

Por isto a Bíblia adverte: “Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado” (Pv 19.2).

Foi assim com Esaú. Ao chegar a casa com fome, sentiu o cheiro de uma deliciosa refeição, e vendeu seu direito de primogenitura ao seu ardiloso irmão Jacó porque não conseguiu esperar um pouco mais. Não é assim que pecamos? Satanás manipula nossos instintos, sentidos, desejos imediatos, e lá estamos nós, vendendo a nossa honra, fazendo compromissos sem considerar a legitimidade, e fazendo as coisas atropeladamente...

Foi assim com Saul, que “forçado pelas circunstâncias”, não hesitou em assumir funções e tarefas para as quais não fora chamada. O mesmo vemos na impaciência de Sansão que o destrói, o jovem promissor, com tantas promessas de Deus sobre sua vida, é destruído pela sua impetuosidade.

Tome cuidado com sua impaciência... sua dificuldade em aguardar os processos de Deus, em esperar. “Quem tem pressa come cru”. Vá devagar. “prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém”.

O tolo age sem refletir, peca pela sua precipitação.

Não é bom agir assim...

Não há segredos

“O além e o abismo estão descobertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens” (Pv 15.11).

A Fossa das Marianas é o local mais profundo dos oceanos, atingindo uma profundidade de 11 034 metros. Localiza-se no oceano Pacífico, a leste das ilhas Marianas, na fronteira convergente entre as placas tectônicas do Pacífico e das Filipinas.

O ser humano chegou à Fossa das Marianas, o ponto mais profundo do oceano pela primeira vez em 23 de janeiro de 1960, quando o batiscafo Trieste atingiu a Depressão Challenger, a 10 916 metros de profundidade, levando os mergulhadores Don Walsh e Jacques Piccard. Na única ocasião em que seres humanos estiveram no ponto mais profundo do globo, não havia como tirar fotografias, uma vez que as janelas do batiscafo foram diminuídas a tamanhos de moedas, para melhor resistir à pressão. Por esse motivo, não existem registos visuais do local.

Por esse motivo, a expedição não fez registros visuais do local, o que foi conseguido depois, inclusive durante a expedição do cineasta James Cameron em 2012, em parceria com a National Geographic.

Apesar do esforço humano absurdo para chegar ao local mais profundo dos

oceanos, o texto de Provérbios 15, versículo 11 nos diz que: “o além e o abismo estão descobertos perante o SENHOR, quanto mais o coração dos filhos dos homens.” Ora, Deus conhece cada centímetro do universo e por isso não há como se esconder de Deus.

Já O Salmista diz: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, a tua destra me susterá” (Sl 139.7-10).

Não há segredos para Deus, nem áreas não reveladas, Se o além o abismo e estão descobertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens?

Sua mente está protegida?

No Sl 140 que é pouco conhecido, há uma afirmação surpreendente: “Tu me protegeste a cabeça no dia da batalha”.

Davi era um guerreiro experimentado e sabia que qualquer golpe que atingisse a cabeça de um guerreiro, poderia tirá-lo da batalha, deixá-lo desorientado ou até mesmo matá-lo. Portanto, a cabeça como órgão vital, deveria ser protegida.

Na lista das armas espirituais que Paulo descreve, ele se refere ao “capacete da salvação”(Ef 6.17). A mente precisa ser protegida por valores e convicções espirituais profundas. Ele cita a salvação, porque precisamos estar firmes nas promessas de Deus.

O grande campo da batalha espiritual é a mente. Se Satanás obtiver vitória nesta área, estamos destruídos. O problema da dúvida é que ela enfraquece a fé e relativiza verdades espirituais, por isto, faz parte da tentação, levantar questionamentos sobre Deus e sua Palavra.

Satanás fez assim com Eva, ao questioná-la: “É assim que Deus disse, não comereis de toda árvore do jardim?”. Da mesma forma ele empregou esta estratégia com Jesus: “Se és, Filho de Deus...”

Sua mente está protegida?

Davi afirma que Deus havia protegido sua cabeça... é bom saber que o Espírito Santo nos protege nos dias de grandes embates, para não sermos atingidos e derrotados pelo inimigo.

Davi afirma que Deus “o protegeu no dia da batalha”.  Nos momentos de grandes enfrentamentos e confrontos, no meio das lutas, acusações e guerra. Davi reconhece que Deus o havia protegido.

Deus precisa proteger nossa mente, senão seremos fatalmente atingidos e desabamos.