segunda-feira, 18 de março de 2013

A Igreja do Século XXI




A Bíblia afirma que Jesus “expunha a palavra, conforme o permitia a capacidade dos ouvintes” (Mc 4.33). Isto nos mostra que ele estava interessado em atualizar a mensagem de Deus aos homens daqueles dias, para que a Palavra se tornasse compreensível e fizesse sentido aos seus corações. Este é o modelo e um exemplo a ser seguido ainda hoje. Como esta igreja deve agir para se atualizar.

  1. A igreja do Século XXI deve ser contextualizada. Isto é, precisa estar conectada com o momento particular que vive. Quais são as mudanças de paradigmas, tendências e questionamentos que pairam no coração desta geração? Novas abordagens e leituras eclesiais precisam ser feitas para interpretar o Evangelho à luz dos eventos atuais;

  1. A igreja do Século XXI precisa investir em liderança emergente – isto é, precisa reciclar os líderes existentes, desafiar pessoas novas a assumir seu lugar no Reino. Se não renovarmos nossa liderança, corremos o risco de nos perdermos no tempo;

  1. A igreja do Século XXI precisa ser acolhedora – Numa época de despersonalização e coisificação do ser humano, a receptividade da igreja, o acolhimento aos que chegam e a vida comunitária tornam-se extremamente relevantes. O que vai determinar a dinâmica da igreja, mais e mais, é o envolvimento comunitário e a capacidade de acolhimento.

  1. A igreja do Século XXI, precisa ser generosa – Não pode ser uma comunidade voltada para apenas para seus próprios interesses, mas precisa refletir sobre a sociedade carente, dar resposta de amor/serviço, criar parcerias para abençoar os pobres e os que sofrem em nossa nação.

  1. A Igreja do Século XXI, não pode perder os fundamentos do Evangelho – O Evangelho nunca deixou de ser a resposta para a sociedade secularizada e esotérica. Só Jesus tem a capacidade de lidar com as sombras emocionais e a ação de demônios que tão costumeiramente agem na história.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Com os olhos da fé




Sempre considerei importante ler a Bíblia em versões diferentes, porque nos ajuda a enxergar as mesmas verdades por ângulos diferentes. Quando muda-se a linguagem e a terminologia, e novos vocabulários são utilizados, podemos eventualmente até mesmo nos assustar quando acessamos velhos e conhecidos textos.
Em Josué 23.4, lemos: “Eu distribui entre as tribos, para serem propriedade delas, as terras das nações que ainda não foram conquistadas”.
Fiquei refletindo sobre esta palavra. Ao fazer a divisão das terras entre as tribos, Josué não considera apenas as já conquistadas, mas considera reais, as que ainda serão alcançadas, pois já haviam sido prometidas por Deus.
Tal é a natureza da fé. Ela não parte do pressuposto daquilo que já possui, mas vislumbra aquilo que ainda é prometido, tendo a compreensão de que o que ainda não existe, já é uma realidade. Fé, como a visão, é a antecipação do futuro. Consegue se assenhorear daquilo que ainda não é, mas dialeticamente, é!
Josué distribui terras que ainda estavam sob o domínio de outras nações. Seus olhos contemplam possibilidades, e não apenas realidades. Josué se nutre não apenas da história, mas da utopia inerente à esperança.
Na hora de repartir as terras, poderia acontecer de alguém questionar este critério: “Ok, Josué, você está nos dando algo que ainda não existe?” e sua resposta seria: “Esta terra já é nossa, ou você dúvida disto?”
Tal é natureza da fé, antecipa-se e constrói o futuro.