sexta-feira, 17 de julho de 2015

A voz de comando



As forças armadas fazem questão do conceito de hierarquia e obediência. Os subordinados precisam aprender a voz de comando que diz o que fazer, que atitude tomar, que direção seguir. É preciso obediência. Este princípio é fundamental em tempos de conflito, os soldados aguardam as instruções para saber o que devem fazer, e isto é essencial para a disciplina e estratégia de ação.

Rick Warren afirma que existem muitas vozes no nosso interior, que direcionam a vida. Alguns são movidos por culpa, outros por raiva, medo, ansiedade, reputação. O que nos guia? Qual é a voz de comando que nos impulsiona a ação. O que nos move?

O Sl 36.1 afirma: “Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos”. O que está no comando do coração de um homem sem Deus? A voz de comando dele é a transgressão. Ele é impulsionado a desobedecer a Deus, a não considerá-lo. Ele não é movido por temor, submissão, ou obediência a Deus, o que o leva a agir é o pecado. A ordem de dentro dele é para quebrar os mandamentos, transgredir.

Martinho Lutero falava da “escravidão da vontade humana”, quando não orientada pelo Espírito de Deus. A teologia evangélica atual fala muito em livre arbítrio, mas como fazer para optar pelo bem, se a voz de comando do coração é a voz da transgressão? Paulo se vê nesta armadilha existencial no dramático relato da alma humana em Romanos 7, desta árdua luta da vontade humana contra Deus. “Miserável homem que sou, quem me livrará o corpo desta morte?”. Quero fazer o bem, mas se a voz de comando do meu coração é o pecado, eu sempre o obedecerei. Não é exatamente assim que acontece conosco?

Precisamos de outra voz de comando. 
Ela vem do nosso general, que é Jesus. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz e me seguem”. 

Quando esta voz de comando é conectada a Cristo, agiremos baseados na sua orientação e direção. Quando a voz de comando é a transgressão, somos orientados ao pecado. Quando a voz de comando é do bom pastor, somos orientados à santidade.

Qual tem sido a voz de comando de sua vida?

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Não há Deus




Rev. Júlio Andrade Ferreira afirmou que “A Bíblia é a mãe das heresias”. Isto, dizia ele, era resultado de uma leitura superficial e tendenciosa, de corações depravados, ou de pessoas mal intencionadas, que liam a Bíblia, não para serem orientadas por ela, mas para descobrirem nuances que justificassem seus pontos de vista.

Por exemplo, a frase acima “Não há Deus”, está na Bíblia. Mas ela deve ser lida em todo o seu contexto. O que diz todo o texto?

O Sl 14.1 afirma: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem”. Veja o que a frase toda está dizendo. O homem tolo afirma em seu coração a inexistência de Deus. E por que o faz? Para justificar seus comportamentos e atitudes pecaminosos e depravados.

Certo filósofo chegou a afirmar: “Se Deus não existe, tudo é permitido!” E isto é verdade. Paulo afirma na Carta aos Romanos que os homens, “tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Rm 1.21). Qual foi o resultado desta forma de pensar e deste tipo de raciocínio?

E por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (Rm 1.28). Sabe qual foi a reação de Deus a esta indisposição humana da raça humana? Aparentemente nenhuma. O juízo de Deus foi deixar que os homens seguissem seus próprios impulsos pecaminosos e sua mente reprovável. O homem, sem a direção e a graça de Deus está perdido. O homem entregue a si mesmo cairá no mal. Sem a direção do Eterno, entramos num processo irreversível de auto destruição. 

Não sem razão, uma das orações dos cristãos da Idade Média era sempre: “Senhor, livra-me de mim mesmo!”

Rev. Samuel Vieira