sábado, 19 de março de 2022

O céu domina

 



Esta frase encontra-se registrada em Dn 4.26. Ela foi escrita para relatar a derrocada do grande Imperador Nabucodonozor, que por causa de sua arrogância e vaidade, foi destronado de seu trono depois de um surto psicótico, que o obrigou a se afastar dos seres humanos. Ele foi colocado numa área cercada, distanciado de todos, e sua loucura foi tão grande que ele começou a “comer ervas como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que cresceram os cabelos como as penas das águias, e suas unhas, como as das aves” (Dn 4.33). Ele se bestializou. 


Saber que o céu domina causa arrepio em alguns, e grande consolo em outros. Se temos uma relação de suspeita e desconfiança com o caráter de Deus, certamente teremos medo. Afinal, o que Deus pode fazer? O que ele quer fazer? A Bíblia diz que Deus tem pensamentos de bem e não de mal para seu povo (Jr 29.11) e que sua vontade é “boa, perfeita e agradável” (Rm 12.2). Mas, será que realmente confiamos que os planos de Deus serão sempre bons para nós, ou temos medo do que ele pode fazer?


Para aqueles que confiam esperam e descansam no caráter de Deus, nenhuma notícia poderia ser tão maravilhosa. Afinal, não estamos nas mãos dos homens, que agem por cobiça, inveja e maldade, mas nas mãos de um Deus soberano. Nem estamos subordinados à lei do acaso e das circunstâncias aleatórias. Temos um Deus que governa sobre todos os eventos. Ele cuida de nós, e por ser o “bom pastor”, nada nos faltará.


Como você reage quando pensa que Deus governa todos os eventos e todas situações? Como você se sente nas mãos de Deus? Amedrontado e inseguro ou tranquilo e sereno? O que vai determinar sua reação é a compreensão de quem Deus é.

Contribuição na visão bíblica




Contribuir é uma questão de adoração e coração. Não tem a ver com dinheiro, mas com atitude. O Bispo Paulo Ayres, da Igreja Episcopal do Recife afirma que “bolso é o ultimo a se converter e o primeiro a esfriar”. 

Adorar a Deus com os recursos é um princípio de adoração claramente definido tanto no AT como no NT. Deus ordenou a seu povo que “ninguém comparecesse diante dele com mãos vazias.” (Ex 23.15) Este princípio é tão importante que é repetido em Deuteronômio (Dt 16.16,17). No Novo Testamento, encontramos no texto de 1 Co 16.1-3 recomendações específicas sobre a forma de contribuir:

1. Todo ofertante precisa entender que contribuição, tem duas dimensões:

a. É uma forma de adorar a Deus. A glória de Deus deve estar no centro de toda oferta. Fazemos isto para o Senhor.

b. Possui uma dimensão comunitária: “Quanto à coleta para os santos.” (1 Co 16.1). Quem não possui compreensão do papel da igreja e a benção de cooperar para o sustento do corpo de Cristo, jamais contribuirá. O senso de que fazemos parte de um povo e somos responsáveis pelo sustento desta comunidade nos ajuda a ser liberal com os recursos.

2. Toda contribuição deve ser regular: “No primeiro dia da semana.” (1 Co 16.2). Por que este princípio de contribuição semanal? Porque as pessoas daquele tempo tinham remuneração semanal ou diária. Este é o princípio da regularidade. Não podemos dar de forma eventual e esporádica, mas de forma constante.

3. Toda contribuição bíblica deve adotar o princípio da proporcionalidade. “No primeiro dia da semana, conforme a sua prosperidade.” (1 Co 16.2). Quem ganha mais, doa mais. É assim no reino de Deus. Certa pessoa disse que não doava porque seu dízimo era muito alto, e o pastor respondeu: “Meu irmão, gostaria muito que meu dízimo fosse o seu ganho.”

Estes três princípios aplicados: Louvor a Deus e senso comunitário, regularidade e proporcionalidade, são princípios simples, efetivos, práticos e bíblicos que Deus deixou para cada um de nós. Você tem contribuído assim?

O Senhor não nos vê...

 


Pois dizem: O Senhor não nos vê; o Senhor abandonou a terra.” (Ez 8.12;9.9)


Nem sempre temos consciência da presença de Deus em nossas vidas. Para alguns, é claro, Deus não existe (ateísmo); para outros, não é possível dizer se ele existe ou não (agnosticismo); alguns pensam que Deus existe mas não se envolve com a história. Deus criou o mundo mas abandonou o mundo à sua própria sorte (deísmo).


Existem ainda muitos que creem na possibilidade de Deus agir, intervir, realizar milagres com mão forte e impactar a história, mas por alguma razão, se tornam ateus na prática: equivocadamente acham que Deus, por alguma razão, resolveu ignorar a humanidade. São estes que dizem: “O Senhor não nos vê; o Senhor abandonou a terra.”


E sabem quem estava fazendo isto nos dias do profeta Ezequiel? O povo de Deus. Este texto é uma mensagem de Deus, não aos ateus e pagãos, mas àqueles que diziam ser parte do povo de Deus. Isto se deu porque eles se distanciaram de Deus, e chegaram à equivocada visão de que “Deus não nos vê.”


Nestas horas em que tendemos a pensar desta forma, é importante relembrar algumas maravilhosas promessas da Palavra de Deus. Agar, serva de Sara foi visitada por Deus, quando se sentia só e desamparada, e fez uma linda declaração de fé: “Tu és Deus que vê, pois disse ela: Não olhei para este lugar para aquele que me vê?” (Gn 16.13)


Ore sinceramente a Deus: “Senhor, me dê uma clara convicção de tua presença e cuidado. Me dê consciência de que tu és um Deus que vê! Me ajude a perceber que o Senhor está presente.” Saber que Deus nos vê, muda toda dinâmica e expectativa da vida.