sexta-feira, 11 de abril de 2014

Bendize oh minha alma ao Senhor!



Bendizer, louvar, adorar e agradecer, são palavras correlatas. Faz parte da liturgia judaico-cristã, tanto individual como coletiva, os louvores e ações de graças. Bendizer é uma forma de apreciar. O fim principal do homem é glorificar a Deus e desfrutá-lo para sempre. Apreciar, louvar e desfrutar Deus é a forma mais direta de adorá-lo. Se o nosso coração está descontente e cheio de reclamações, isto denota que não temos nos agradado do que Deus é e daquilo que ele faz, e deixamos de adorá-lo. Agindo assim, supomos que somos merecedores de um tratamento melhor e que Deus não está nos satisfazendo. A insatisfação é o contrário do louvor e da apreciação e frequentemente se transforma em murmuração.

O salmista declara: “Bendize oh minha alma ao Senhor!”. Com quem o salmista está falando? Com ele mesmo. O que temos aqui é um solilóquio, uma conversa do salmista para si mesmo. Ele  percebe que sua alma facilmente perde o foco do louvor e tenta lembrá-la, num movimento introspectivo, que precisa glorificar a Deus.

Se continuarmos a leitura do Salmo 103, observaremos que o salmista afirma: “Bendize oh minha alma ao Senhor, e não se esqueça de nem um só de seus benefícios”. É fácil esquecer do bem que Deus tem dado. Por esta razão o texto revela o esforço de Davi, o salmista, em descrever as bençãos recebidas: “Ele é quem perdoa as tuas iniqüidades” (Sl 103.3;8-11); “Quem sara todas as tuas enfermidades. Quem da cova redime a tua alma”, e finalmente agradece pela segurança que tem em relação ao seu futuro: “Quem farta de bens a tua velhice” (Sl 103.5).

Você já tentou analisar se de fato, tem prazer em Deus e naquilo que Ele tem feito? Só é possível louvar, quando há gratidão. Se você tem cultivado uma vida de ressentimento, amargura e murmuração contra Deus, talvez seja uma boa iniciativa, começar a dizer para sua alma, esta é uma conversa que você tem que ter contigo mesmo: “Bendize oh minha alma ao Senhor!