Quando os magos vieram do Oriente seguindo encantados um sinal celestial, chegaram meio desnorteados a Jerusalém perguntando: “Onde está o recém nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.” (Mt 2.2)
Por que foram para Jerusalém e não para Belém?
Por uma razão simples...Belém ficava nas adjacências de Jerusalém. Cerca de 12 Kms, e era apenas uma pequena vila. Se estavam na expectativa de um rei, e eles estavam convencidos que aquela estrela apontava para isto, era natural imaginar que deveriam ir para onde se encontravam os nobres e príncipes.
Os homens do palácio ficaram logo sabendo disto, e a estranha notícia do nascimento de um rei gerou alarde. Para o paranoico Herodes, este gatilho era assustador. Convocou os principais sacerdotes e escribas querendo saber onde o Cristo deveria nascer. Eles responderam imediatamente: Em Belém da Judeia!
Belém assim se torna o epicentro de toda uma revolução. Dali nasceria o Messias. O redentor. O Rei. O profeta Miqueias já havia declarado isto 600 anos antes. “E tu Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo, Israel” (Mt 2.6).
Por esta razão, se quisermos entender o significado do Natal, é imprescindível que tenhamos a mesma atitude dos pastores. “Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer” (Lc 2.15). A compreensão do verdadeiro natal começa ali, naquela pequena vila. Naquela criança nascida num contexto tão simples e improvisado, encontra-se o mistério de Deus de reconciliar os homens com ele mesmo.
Tudo começa em Belém... O Polo Norte com a ideia do papai Noel é distração, tergiversação, entretenimento. A história do Natal começa apenas, e tão somente, em Belém.
Rev. Samuel Vieira
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