sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Sincretismo

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Muitos se deliciaram com as Aventuras de Pi. Um filme marcado por ação e aventura, no qual o personagem central, depois de um naufrágio, precisa conviver pacificamente com um tigre agressivo, dentro de um pequeno barco à deriva. Este garoto vem de uma família hindu, mas além da fé de seus pais, professa uma espiritualidade islâmica e cristã. Ele é dividido na sua fé e partilha aspectos de cada uma destas tradições religiosas. Isto é o que chamamos de sincretismo.

É a fé dividida, fragmentada com outros valores e princípios. Fenômeno que tem se tornado cada vez mais presente numa sociedade de tolerância. Alguns anos atrás, liderava um grupo de estudos bíblicos na Gávea, Rio de Janeiro, e várias mulheres da vizinhança participavam destes encontros e orações que fazíamos na quinta-feira à tarde, entre elas, a sogra de um rapaz da igreja. Certo dia ele me perguntou se ela estava progredindo na caminhada espiritual e eu afirmei que ela era uma das mais atentas e participativas do grupo e parecia estar aceitando muito bem a Palavra de Deus, e ele então, desanimado afirmou: “O problema dela é que ela aceita bem todas as coisas!”

O sincretismo não entende exclusividade, mas aceita tudo. Não se define quanto ao que crê, mas prefere crer em tudo – o que, na maioria das vezes representa, não crer em nada. Confia em Deus, mas confia em outras coisas. Faz uma oração para Deus e acende uma vela para uma entidade. Nos dias do reinado de Oséias em Israel (2 Rs 17.1), Samaria, a capital, foi invadida pelo rei da Assíria, que trouxe muita gente da Babilônia para controlar a cidade. A influência pagã teve um trágico efeito espiritual, pois parte da população “temia ao Senhor, mas ao mesmo tempo, servia aos deuses pagãos” (2 Rs 17.33), e lamentavelmente, desde então a Samaria, até os dias de Jesus, tornou-se conhecida pela sua fé sincrética.

O Brasil é um país miscigenado e sincrético. Muitos pastores evangélicos atualmente misturam elementos estranhos criando uma espécie de “macumba evangélica”. Nestas horas é importante lembrar a Palavra de Deus: “Ouve, ó Israel, o Senhor teu Deus é o único Senhor. Só a ele adorarás, e só a ele darás culto”. O nosso Deus é um Deus zeloso, que não divide sua glória com ninguém, por isto o primeiro mandamento diz: “Não terás outros deuses diante de mim”.