domingo, 26 de março de 2023

2023: O que podemos esperar?

 



 

A ansiedade faz parte da natureza humana e é considerada o mal deste século. Em geral é caracterizada pela preocupação sobre o amanhã, uma emoção vaga, desagradável, medo e tensão, e quando em excesso, pode se transformar em doença, com sintomas de angústia e medo extremo diante de situações simples da rotina, trazendo aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza.

 

Diante do atual quadro político, a ansiedade assume proporções ainda maiores. O que será do amanhã? Como serão as relações econômicas? O que vai acontecer com o Brasil? Apesar de todas estas questões estarem pulsando em nossos dias, a verdade é que a ansiedade é inerente à humanidade e Jesus percebeu a preocupação na vida de seus discípulos há muitos anos: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mt 6.25) Diz ainda: “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” (Mt 6.27 - NVI)

 
A ansiedade é uma reação normal diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa, mas a Bíblia nos ensina a colocar os olhos na perspectiva correta: “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas como neblina que aparece por um instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo." (Tg 5.15-16)

 

Saber que há um Deus que controla todas as coisas nos dá descanso e serenidade. Nem sempre a história tem o desfecho que gostaríamos, mas ainda assim podemos afirmar: “Eu sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42.2) O Senhor tem o controle de todas as coisas, e fará tudo como ele mesmo deseja.

 

Rev. Samuel Vieira

 


Esperando contra a esperança!

 


 

Abraão é conhecido como o Pai da fé. É impressionante notar que as três grandes religiões monoteístas do mundo, o chamam de patriarca: O Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Uma das frases mais fantásticas sobre sua vida de fé se encontra em Rm 4.18: “Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: assim será a tua descendência.”

 

Crer contra a esperança é conspirar contra o diagnóstico do trágico e da derrota. É não considerar apenas o que os fatos afirmam, mas confiar em um Deus que pode intervir na ordem natural das coisas e fazer aquilo que a ciência e o ordinário consideram impossível. Crer contra a esperança é estar certo de que, não importa o que digam, Jesus de Nazaré sempre tem a última palavra e um milagre sempre é possível.

 

Abraão tinha 100 anos, Sara 90 quando Isaque, que fora prometido por Deus, nasceu. “Abraão e Sara eram já velhos, avançados em idade; e a Sara já lhe havia cessado o costume das mulheres.” (Gn 18.11). Quando Deus anunciou que Sara daria à luz um filho, sua reação espontânea e natural foi de incredulidade diante do absurdo dos fatos. “Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?” (Gn 18.12). Antes de criticar a incredulidade de Sara, pense no seu coração: você seria capaz de crer numa promessa destas?

 

Abraão creu!

 

Você pode chamar isto de fé tola, ingênua, absurda. Eu prefiro chamar de fé simples. Esta é a fé do Evangelho. Simples... Acaso há alguma coisa demasiadamente difícil para Deus? Há alguma notícia ou fato capaz de impedir que Deus intervenha sobrenaturalmente e inverta os vereditos humanos?

 

Abraão não creu porque as evidências apontavam para possibilidades. Ele creu ainda que os fatos apontassem para outra direção. Ele não esperou a favor da esperança, mas esperou contra a esperança! Sua fé não estava nas evidências, mas estava em Deus que quando deseja realizar um milagre, zomba dos diagnósticos e despreza os prognósticos.

 

Rev. Samuel Vieira

 

Aroma agradável ao Senhor

 


 

Uma das expressões mais frequentes em Levítico, o terceiro livro a Lei do Antigo Testamento é que os sacrifícios deveriam ser de “aroma agradável ao Senhor.” Alguns exemplos: Lv 1.17; 2.3; 2.9; 2.12; 3.5; 3.16. Esta forma antropomórfica (dar forma a Deus), como se ele aspirasse pelas suas narinas o cheiro que exalava das ofertas, é muito simbólico e significativo.

 

Na verdade, esta expressão capta o sentido exato da adoração. Deus deseja que tudo o que fazemos, tudo o que ofertamos, tudo o que somos, chegue a ele como algo agradável. Quando Noé saiu da arca e fez um sacrifício a Deus, “O SENHOR sentiu o aroma agradável da adoração.” (Gn 8.21). Se o odor for desagradável, como mau cheiro ou cheiro de peixe podre, o Senhor não se agradará de nós, nem da adoração que lhe prestamos.

 

Os perfumes deixam rastro. Misturam-se com outros odores. Algumas vezes são difusos, outras vezes, intensos, inesquecíveis, grudam na nossa memória olfativa, despertam memórias sensoriais. Precisamos nos perguntar qual é a fragrância que exalamos para Deus.

 

Paulo afirma que somos para com Deus o bom perfume de Cristo. (2 Co 2.14) infelizmente podemos também exalar cheiro de morte, de podridão, de pecado, ou, talvez, não ter cheiro de nada.

 

O sacrifício pelos pecados do Antigo Testamento, eram agradáveis a Deus pois apontavam para o arrependimento e contrição. Os sacrifícios suaves, chegavam a Deus como oferta daqueles que faziam suas doações por amor. Os holocaustos deveriam também se tornar cheiro suave, pois apontavam para o sacrifício de Cristo, que exalou um aroma agradável ao Pai, como oferta que subiu aos céus pelos pecados do mundo.

 

Qual é a fragrância que exalamos em nossa vida? Como o Deus Santo tem recebido o que lhe temos dado?

 

Rev. Samuel Vieira

Nos bastidores da história

  


 

Muitas pessoas se assustam quando leem o livro de Apocalipse. Muitos o veem como "um livro fechado", impossível de ser entendido. Entretanto, o próprio livro afirma que se trata de uma revelação (Ap 1.1) Revelar é trazer à luz o que está escondido, não ocultar o enigma. Obviamente estamos lidando com um livro simbólico, cuja linguagem é peculiar ao seu estilo literário, mas isto não deveria nos impedir de estudarmos o livro.

 

O título do livro nos revela seu conteúdo. É o livro da revelação de Jesus Cristo. O termo apocalipse vem do grego apukalupsis (“revelação”, “tirar o véu”). Obviamente trata-se de um livro simbólico e deve ser lido assim. A sua forma literária determina a base de sua interpretação. Ninguém lê um romance como lê um livro de história, ninguém lê uma narrativa como poesia, nem uma parábola como um texto profético. O literalismo apocalíptico não somente é perigoso, mas impossível.

 

O livro está inserido dentro de um contexto histórico, e como tal deve ser interpretado. Foi escrito às sete igrejas da Ásia para que elas pudessem ser orientadas teologicamente, consoladas e encorajadas diante da perseguição que assolava a igreja naqueles dias. Trata-se de uma "Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as cousas que em breve devem acontecer” (Ap 1.1)

 

Apesar de ter sido escrito numa linguagem enigmática e simbólica, o livro revela um código inerente à mensagem, que torna o texto compreensível. Tais símbolos eram lógicos e coerentes para aqueles irmãos que recebiam as mensagens. Ao invés de fazermos uma leitura preterista ou futurista, o mais desafiador é ler este livro a partir de nosso tempo e da nossa história, integrando seu conteúdo à pulsante realidade do dia a dia. Devemos imaginar o texto (imaginação é uma palavra-chave em Apocalipse), como um filme, uma película, que se move dinamicamente, ou uma “arquitetura em movimento”, como prefere Jacques Ellul. Isto é, em qualquer tempo que lermos Apocalipse ele será atual, porque mais do que se referir a eventos isolados, ele descreve a dinâmica da história e das forças que interagem no desenrolar da humanidade.

 

Estamos começando uma exposição do livro de Apocalipse. Serão 28 mensagens, todas as quartas feiras às 19.30 hs (mas você pode assistir no horário que lhe for mais conveniente) e serão baseadas no livro “Tudo Sob Controle.” Venha estudar a Palavra de Deus conosco.

 

Rev. Samuel Vieira

 

 

A bencão do Crescimento


 

 

Nossa igreja tem sido grandemente abençoada pela chegada de novos membros. No ano passado recebemos mais de 200 pessoas batizadas ou transferidas. São pessoas valiosas, cada uma delas com históricos interessantes, famílias queridas, experiencias profundas com Deus. Louvado seja o nome do Senhor!

 

Diante disto, surgem grandes e belos desafios: Como ajudá-las a integrarem à igreja e se sentirem verdadeiramente parte dela? Como ajudá-las a encontrar seu ministério, de acordo com seus dons e talentos? Como encorajá-las ao crescimento espiritual, envolver seus filhos nos grupos de acordo com suas idades? Como gerar espaço para acolher bem? Como integrá-las aos pequenos grupos já existentes e ampliar com a criação de outros grupos?

 

Diante disto, o conselho decidiu que começaremos um novo culto, a partir do dia 16 de Abril, na semana seguinte à Páscoa. A Escola Dominical começará no mesmo horário e teremos o culto das 11 hs, com o mesmo padrão. Com isto precisamos de maior envolvimento de voluntários e a inserção de outros nos ministérios existentes: Recepção, música, junta diaconal, ministério infantil. Você não consideraria se envolver em uma destas áreas?

 

Crescimento gera desafios. Há um texto na Bíblia que diz: “Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas pelo mexer dos bois, há abundância de colheita.” (Pv 14.4) Toda vez que avançamos, somos desafiados a sairmos da zona de conforto. Cemitério é um local sem crise, tudo em ordem, nenhum movimento, “paz” plena... mas ninguém quer morar em um lugar onde não haja vida.

 

Que o Senhor gere este e muitos outros desafios nos próximos anos, para que experimentemos a alegria e a abundância de uma grande colheita de vidas que o Senhor deseja nos dar.

 

Rev. Samuel Vieira