quarta-feira, 6 de novembro de 2013

SER AGRADECIDO FAZ TODAS AS COISAS MELHORES



O Dia Nacional de Ações de Graças é uma boa ocasião para lembrar uma famosa expressão de Norman Vincent Peale: “Gratidão faz todas as coisas melhores”. Ele afirma que aqueles que desenvolveram a arte de agradecer como uma prática diária e constante, tornaram-se mais consistentes em suas vidas.
O Homem não é naturalmente agradecido. Pelo contrário, por sua natureza é negativo, cínico, cético, amargo e crítico. Portanto, gratidão é uma atitude que necessita ser cultivada. Já observou como temos a tendência de reclamar e não agradecer, lamuriar e não celebrar, amaldiçoar e não abençoar? É estranho, mas fundamental saber que na vida humana quando você guarda as memórias das bençãos em sua mente, elas se multiplicam. Elas crescem porque damos ênfase nelas e elas atraem condições e cirscunstâncias favoráveis.
A verdade é que nunca vi alguém bem sucedido na vida que não tenha disposição de esperança e empolgação com a própria história. Marco Aurélio falou há muito tempo atrás que o mundo no qual nós vivemos é feito das coisas que pensamos. Deprecie suas condições no pensamento e as bênçãos tenderão a desaparecer ou diminuir. Aprecie-as mentalmente, e a vida tenderá a se tornar mais brilhante e pródiga.  “Tal como o homem imagina em sua alma, assim ele é” (Pv 23.7a). 

Ser agradecido faz todas as coisas melhores.

domingo, 3 de novembro de 2013

Dia da Reforma e Halloween



No dia 31 de Outubro existem duas comemorações absolutamente antagônicas: O Dia da Reforma e a festa do Halloween.

O Halloween tem sua origem numa antiga festa dos druidas, e ultimamente é promovida por diversos grupos neo-pagãos, e em alguns casos assume o caráter de celebração ocultista. Na celebração do Halloween, há muitos elementos folclóricos ligados à bruxaria: gatos pretos, vampiros, fantasmas e monstros. A origem pagã tem relações complexas com a festa celta chamada Samhain que tinha como objetivo dar culto aos mortos. Entre os celtas, as festas eram presididas pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.

Por outro lado, a Reforma Protestante foi um movimento religioso do século XVI, cujo ápice se deu quando Martinho Lutero publicou suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517, na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg protestando contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana, propondo uma reforma religiosa. Entre estes as orações aos santos, a imaculada concepção de Maria, transubstanciação, venda de indulgências (perdão de pecados), sinomia (transferência de altos cargos na igreja por dinheiro ou hereditariedade) e autoridade papal. Essas teses condenavam a "avareza e o paganismo" na Igreja, e pediam um debate teológico. As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Após um mês se haviam espalhado por toda a Europa. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco Solas: 1. Sola fide (somente a fé); Sola Scrpitura (Somente a Escritura); Solus Christus (somente Cristo); Sola gratia (somente a graça); Soli Deo gloria (glória somente a Deus).


A Igreja Católica ameaçou Martinho Lutero com a excomunhão (e morte) se ele não se retratasse formalmente. A resposta de Martinho Lutero foi: “Portanto, a menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que eu seja persuadido por meio das passagens que citei; a menos que assim submetam minha consciência pela Palavra de Deus, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; Deus queira ajudar-me. Amém." 

Enquanto na Alemanha a reforma era liderada por Lutero, Na França e na Suíça a Reforma teve como líderes João Calvino e Ulrico Zwinglio. Calvino foi inicialmente um humanista e integrante do clero, todavia não chegou a ser ordenado sacerdote romano. Depois do seu afastamento da Igreja romana, este intelectual começou a ser visto como um representante importante do movimento protestante. Vítima das perseguições aos huguenotes na França, fugiu para Genebra em 1533 em  onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se um centro do protestantismo europeu e João Calvino permanece desde então como uma figura central da história da cidade e da Suíça. Calvino publicou aos 27 anos as Institutas da Religião Cristã, que são uma importante referência para o sistema de doutrinas adotado pelas Igrejas Reformadas.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Reputação

Todos temos um “calcanhar de Aquiles”. Um dos pecados de Abraão foi a fraqueza de caráter diante das ameaças. Ao se encontrar com os amalequitas mentiu sobre sua esposa, e não era a primeira vez. Ele simplesmente diz que Sara era sua irmã. Então, abimeleque a tomou levando-a para seu palácio. Contudo, Deus lhe apareceu ao rei em sonho e o repreendeu, "Você vai morrer, porque a mulher que mandou buscar é casada" (Gn 20.3). Isto assustou Abimeque: “Senhor, eu estou inocente! Será que ainda assTim vais destruir a mim e ao meu povo?” (Gn 20.4). Ele estava inocente quanto a isto. Então Deus afirma que sabia disto, e por isto veio lhe advertir para não pecar e se não a devolvesse, morreria (Gn 20.3-7).

Aqui encontramos um homem cometendo um grave pecado, e Deus o parando. Esta é a revelação de como Deus vê o pecado de tomar a mulher de outro homem. Mas o centro do pensamento se volta para Abraão. Abimeleque o confronta: “Que é isto que nos fizeste?” (Gn 20.8-13). Como cristão você já passou por esta constrangedora repreensão de um pagão? Abraão passa uma enorme vergonha. Ele era um homem idoso, e o rei foi duríssimo com ele.
Isto me leva a pensar que Deus não está preocupado com minha reputação, mas com minha restauração. Deus não poupou o constrangimento de Abraão. Reputação é externa, feita para louvor do ego, para as pessoas apreciarem e admirarem, mesmo quando estamos quebrados e desautorizados, se conseguirmos manter as aparências ainda que as coisas estejam podres no nosso mundo interior, ainda conseguimos “manter a reputação”. No entanto, o que Deus deseja é restaurar a vida de Abraão, e usa um homem pagão para confrontá-lo. Abraão tinha um coração regenerado, uma nova natureza. Quando ele se arrepende e é perdoado e se torna um instrumento de Deus para abençoar outros e restaurar Abimeleque. Somente quando Abraão orou o rei foi curado.

Muitos possuem a reputação de piedosos, eficientes, líderes, enfim, qualquer coisa! A reputação, uma vez adquirida pode nos perseguir, nos usar, violentar e até destruir.  Ser escravo de uma reputação pode ser uma forma refinada de escravidão, e uma luta renhida para manter nossa própria retidão ao invés de buscarmos a retidão de Cristo. A luta pela auto-retidão se transforma, conseqüentemente, na batalha pela aparência, e somos tentados a ser aquilo que não somos. Assim, erroneamente acreditamos que é melhor manter as aparências do que admitir certas necessidades.


No entanto, a Bíblia nos ensina que Cristo é o fim da nossa luta. O fim da luta em prol da auto-retidão, uma vez que foi Ele que não apenas cumpriu a lei por nós, mas também foi amaldiçoado em nosso lugar. Ele não só obteve a nossa perfeição, como remiu nossas imperfeições. Não há mais nada por que lutar, posto que ele já fez tudo por nós, e Deus não nos pede mais nada, a não ser nosso arrependimento e nossa fé.


Rev. Samuel Vieira

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A Grande expectativa!



O livro do profeta Joel no Antigo Testamento é uma literatura de crise e julgamento. Inicia-se com a chamada de atenção e um pesado diagnóstico: “Escute, povo de Judá! Já aconteceu alguma coisa tão terrível como essa em nossos dias ou no tempo de nossos antepassados?” (Joel 1.2 NTLH)
Se o diagnóstico não era bom, o prognóstico é ainda pior. O profeta prevê grandes calamidades sobre o povo, ele emprega a idéia do gafanhoto, uma das pragas mais assustadoras daqueles dias e figura muito usada na literatura apocalíptica para falar de tragédias de grandes proporções. “O que os primeiros gafanhotos deixaram, foi devorado pelos que vieram depois” (Joel 1.4 NTLH).
A realidade descrita não sinaliza qualquer esperança. O caos, o julgamento, o abandono e a desordem deveriam imperar. Mas no meio de tantas catástrofes possíveis, o profeta fala do grande amor de Deus e anuncia um evento transformador, de uma nova realidade que desceria sobre seu povo: “Depois disso, derramarei o meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão, vossos velhos sonharam, e vossos jovens terão visões” (Joel 2.28). Esta é a grande promessa de Deus para a humanidade: O derramamento do seu Espírito.
Nada é tão urgente em nossas vidas que a obra do Espírito. Só ela é capaz de nos fazer habitar em lugares celestiais nos dias maus. Só ele pode nos empoderar, tirar a dúvida e superar a apatia, capacitando-nos para seguir em frente, obter vitórias sobre as tentações. Nada é tão urgente e necessário sobre nós que a obra do Espírito Santo. “Ficai em Jerusalém até que do Alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49).
João Batista parecia pressentir isto. “Eu vos batizo com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Nem métodos, nem recursos humanos, nem inteligência ou instituição, mas o fogo de Deus tomando conta de nossa vida. Só desde forma poderemos superar o caos, resistir ao diabo e ficar firme no dia mau.


Futilidade



Como podemos nos tornar fúteis em nossos motivos, propósitos, atos, prioridades e relacionamentos... Vaidade e futilidade são aliadas inseparáveis, sempre de mãos dadas... O coração fútil e vaidoso tem uma obsessão por aparência e grande apego à superficialidade.
Não é muito difícil que o fútil nos absorva. Salomão começou sua história de vida com profundo temor de Deus, mas aos poucos seu coração foi seduzido pela glória pessoal, glamour palaciano e honras reais, e no final da vida se tornou vazio e sua vida sem sentido. Ele mesmo a descreveu como “vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades, tudo é vaidade” (Ec 1.2). A palavra hebhel, que ele emprega no hebraico, literalmente significa “bolha de sabão”. Brilha e atrai muito, mas não possui consistência. É apenas bolha!
O rei Belsazar, da antiga Babilônia, nos dias do profeta Daniel, resolveu dar um banquete convidando burgueses, marajás e autoridades do país para comerem e beberem vinho em taças de ouro e de prata que seu pai trouxera dentre os objetos sagrados retirados do templo de Jerusalém. Nesta festa apareceu a mão de homem escrevendo palavras indecifráveis, que apenas Daniel foi capaz de traduzir. Uma delas era TEQUEL, que em aramaico quer dizer “ser pesado, avaliado”, e o profeta deu a interpretação ao rei: “o senhor foi pesado na balança, e pesou pouco” (Dn 5.26 NTLH). O duro veredicto de Deus era que o rei pesava muito pouco. Não havia consistência na sua vida.
Que avaliação Deus tem feito de nós? Fútil ou consistente? Vazio ou relevante? Sem propósito ou valioso?
Não procure ficar bonito (a) usando penteados exagerados, jóias ou roupas caras, pelo contrário, a beleza de vocês deve estar no coração, pois esta não se perde, já que provem de um espírito calmo e delicado, que tem  muito valor para Deus” (1 Pe 5.2-4 Parafraseado).

Rev. Samuel Vieira


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Críticos, não participantes!



Um dos livros mais criativos de teologia que li foi escrito por C.S. Lewis, escritor inglês, tido por muitos como o mais influente autor evangélico do Século XX. Seu titulo é intrigante: “Cartas do Coisa ruim”. Nele, Lewis narra a fictícia história de um diabo velho, o Coisa ruim, pensando em aposentar-se e dando aulas a um diabo novo, o pé-de-cabra, sobre a arte da tentação.
Num dos seus capítulos, o diabo jovem está preocupado porque uma pessoa estava inclinando-se para as coisas de Deus e andava freqüentando várias igrejas. Então o Coisa ruim lhe diz o seguinte: “Meu caro pé-de-cabra, vejo que você anda muito preocupado porque ela está debandando para o lado do inimigo, e participando de reuniões em muitos lugares onde é  domínio do opositor, mas você é muito ingênuo com as coisas. Não se preocupe com isto, pelo contrário, encoraje tal atitude, contudo, não a deixe parar em nenhuma das igrejas por onde ela tem andado. Desta forma, com o passar do tempo, ela vai se tornar excelente crítico de todas elas, mas não se tornará membro de nenhuma. Assim é que aos poucos, sua fé se tornará superficial, irônica, e ele perderá completamente o interesse pelas coisas de Deus”.
Fico pensando no risco que temos de uma geração “desigrejada”. Em inglês usa-se o termo “unchurched people” (gente sem igreja). São pessoas que nunca desenvolvem seus dons, nunca contribuem para um projeto específico, e acima de tudo, não se encontram debaixo de qualquer autoridade espiritual. São críticas, sabem apontar com perfeição os erros de todos os diferentes grupos, sabem as diferenças entre arminianismo e calvinismo; entre pentecostais e históricos, fundamentalistas e liberais, mas nunca colocaram a mão no trabalho, nunca foram generosas com seus bens, nunca se envolveram numa atividade que exigisse delas qualquer compromisso.

A regra é simples: “Fé que não custa nada, não vale nada!” Se você não tem investido nada do seu tempo, talento e tesouro, no Reino de Deus e na sua comunidade local, questione seriamente a espiritualidade que você tem desenvolvido.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Palavra aos adolescentes



Diante de uma platéia de 60 adolescentes, fiz recentemente as seguintes considerações quando me pediram para dar um pequeno recado:

  1. Os próximos anos de vocês serão de muitas e decisivas decisões. Tome cuidado com determinadas estradas que vocês pegarão. Algumas não tem retorno, outras cobram pedágios muito caros, outras causam muitos acidentes de percurso. A Bíblia nos exorta a alegrar-se nos dias da juventude, mas nunca esquecendo que Deus nos pedirá conta. Decisão funciona da seguinte forma: “Você pode tomar a decisão que quiser, mas não pode optar por consequências diferentes do pacote pelo qual você optou”.
  2. Muitos experimentam grandes vazios nesta época da vida. Um senso de vacuidade, de vazio, de falta de sentido, de solidão e de rejeição. Não é sem razão que muito suicídio acontece durante esta fase da vida. Não se assustem com isto. Amanhã, a maioria destes sentimentos de hoje já terão passado. A vida tem uma capacidade impressionante de nos surpreender. Não radicalizem no vício, sexo, bebida, ou mesmo no suicídio. Ande com cuidado!
  3. Seja qual for a realidade de sua vida, nunca se esqueça que em Deus, há sempre uma porta de esperança. A melhor decisão, portanto, tem a ver com seu relacionamento com Cristo. Hoje, depois desta festa, muitos voltam desta festa mais vazio que entraram. Somente Jesus pode dar sentido a esta dor que você experimenta. Jesus disse certa vez: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim. Porque o meu jugo é suave e meu fardo é leve.      

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Ovelha fora do aprisco é petisco de lobo



Não existe espiritualidade bíblica fora de uma comunidade local, tangível e histórica. Deus nos chamou para vivermos unidos a outros irmãos. A Palavra de Deus afirma que “em um Espírito, todos nós fomos batizados em um só corpo” (1 Co 12.13). Quando assumimos nossa vida cristã, precisamos estar inseridos num corpo, que é a igreja local. Cristianismo isolado é, em tese, uma contradição. Não existem evangélicos não praticantes, só existem “evangélicos”.
Naturalmente existem muitos modelos e estilos de igreja. Devemos procurar aquela com a qual mais nos identificamos, desde que seja uma igreja cristocêntrica, bíblica,  neo-testamentária.  Igrejas possuem personalidades: umas são barulhentas, outras silenciosas; umas dão ênfase em milagres e curas, outras na exposição da Palavra; umas são centradas em profecias, outras nas Escrituras; algumas valorizam cura e libertação, outras, a liturgia e o discipulado; umas gostam de grandes eventos públicos, outras de pequenos grupos; umas valorizam grandes períodos de louvor, outras pregação profunda da Bíblia; umas valorizam educação cristã, Escola Dominical, ensino das crianças, outras fazem apenas cultos; umas são  emotivas, outras mais racionais. Apesar de todos estes elementos serem bíblicos, nenhuma igreja vai conseguir fazer bem todas as coisas. Se você encontrar uma igreja perfeita, não se aproxime dela – Você poderá estragá-la!

Para uma vivência comunitária, crescimento mútuo e evangelização, nossa igreja recomenda a todos os membros que se vinculem a um pequeno grupo. Pessoas fora destes núcleos, historicamente tendem a se dispersar, a ficarem isoladas e esfriarem na fé. Deus nos fez para viver em comunhão, participando da vida de um rebanho, cuidar e ser cuidado, proteger e ser protegido. Ovelha fora do curral, se expõe facilmente a riscos e pode virar comida de lobo. Certamente existe um grupo com o qual você se identificará, portanto, vincule-se a ele, e participe!

sábado, 10 de agosto de 2013

O que nossos filhos dirão a nosso respeito?



Hoje é dia dos Pais!
Como Pai, uma pergunta que fica sempre em minha mente é a seguinte: O que os nossos filhos e netos, isto é, as próximas gerações, dirão a meu respeito?
A Bíblia afirma que “o homem de bem deixa herança aos filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo” (Pv 13.22), mas afirma também que “O que perturba a sua casa herda o vento” (Pv 11.29). Podemos, portanto, criar lembranças duradouras e saudáveis, abençoando as próximas gerações com exemplos, atitudes e compromisso com a fé ou podemos perturbar nossa casa trazendo graves transtornos para filhos e netos.
Homens cristãos deveriam sempre pedir a Deus a graça de serem construtores de memórias saudáveis. Terapeutas analisam muito hoje as “veredas antigas”, a “cura das memórias”, porque boa parte de nosso desajuste atual tem a ver com abuso, negligência e lutos existenciais ou reais, que causam danos irreparáveis à nossa psiquê. Será que temos deixado memórias de alegria, lembranças saudáveis em nossos filhos?
Todas nossas experiências, boas ou más, são acumuladas nos arquivos de nossa existência. Algumas experiências nunca são esquecidas, mas tantas outras são sublimadas. Estas são ainda mais danosas, porque nem sequer conseguimos lembrar delas no plano consciente, mas ainda continuam a afetar nossas decisões, humor e atitudes no dia de hoje. Não recordar o fato e episódios nem sempre significa cura, seria mais fácil se lembrássemos do evento que nos machucou, mas sem as emoções associadas a ele. Esta é uma boa definição de perdão.

Que como pais possamos deixar herança aos filhos dos filhos, e uma das maiores heranças é uma memória livre, perdoada e redimida, marcada por experiências de alegria e celebração.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Manifestações Populares



Especialistas, sociólogos, educadores e comunidade em geral ainda tentam entender e reunir todas as peças relacionadas aos recentes eventos que envolvem manifestações em todas as cidades do Brasil. As características gerais das passeatas são de insatisfação com os abusos dos poderes públicos, o uso indevido dos recursos financeiros, corrupção, e falta da aplicação da justiça.
Os eventos inicialmente se deram por uma questão absolutamente pacifica: O aumento da passagem de ônibus, que na maioria das capitais era menor que o índice oficial da inflação. Isto deixou claro que esta não era a grande questão, mas apenas a ponta do iceberg. Surgiu então a pergunta: O que existe por detrás destas manifestações?
O que temos visto é um sentimento difuso de insatisfação não exprimida e represada por anos. Existe reação tanto de indignação quanto de esperança. O povo brasileiro cansou de ter paciência e esperar que políticos e administradores do nosso Brasil demonstrassem um pouquinho de sensatez, honestidade e bom senso. Na verdade, houve uma demora muito grande neste levante. Tal manifestação vem com atraso, se o povo brasileiro tivesse demonstrado um pouco mais de indignação com os desmandos, provavelmente teríamos menos descalabros públicos, malversação dos recursos, obras inacabadas de políticos e empresários corruptos mancomunados contra a nação, gente que se acostumou a não produzir com eficiência e produtividade, mas em fazer obras mal planejadas para serem beneficiados com conchavos, zombeteiramente ridicularizando a nação.
A manifestação tem tentado não se aliar com partidos, a ter um pacto de não violência, não há bandeiras nem lideranças estabelecidas concretamente por detrás. Talvez seja mais um fenômeno de auto comunicação via internet que não passa pelas instituições. Há um perigo de raposas políticas estarem apostando no cansaço, mas definitivamente algo de especial e surpreendente aconteceu na nação, e isto pode ser sinal de que o Brasil vai passar a exigir melhor investimento em transportes públicos, educação e saúde. O governo do Rio de Janeiro resolveu não aumentar o preço da passagem, alegando porém, que os 200 milhões de recursos alocados para obras sociais deveriam ser remanejados, trazendo perda para o povo, mas naquela mesma semana assinou candidamente um cheque de 1.2 bilhão para pagamento das obras do Novo Macaranã.
Um relato similar se deu na Bíblia. Salomão taxou severamente seus súditos para atender suas vaidades pessoais e caprichos da corte, e quando Roboão seu filho, subiu ao trono, o povo pediu que ele amenizasse os impostos que estavam insustentáveis, e diante da sua intolerância em não considerar o pedido, houve a histórica ruptura entre o governo do Sul e do Norte. A Bíblia afirma que “a justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos" (Pv 14.34). 


domingo, 16 de junho de 2013

O sentido da genealogia



Muitos leitores e estudiosos da Bíblia eventualmente se frustram ou desanimam quando lêem as genealogias bíblicas. A leitura se torna enfadonha, cansativa e chata. Qual a razão e valor destas narrativas nas Escrituras?

Primeiro, elas são importantes porque nos fazem perceber que as ambigüidades e tensões antigas não são muito diferentes das que hoje enfrentamos e demonstram a complexidade dos relacionamentos. Tome, por exemplo, o livro de Crônicas:
ü       Calebe se casou com a viúva de seu pai (1 Cr 1.24). Isto é um enorme escândalo! Imagine as fofocas, críticas e comentários que surgiram por causa desta controversa atitude;
ü       O 2º filho de Davi, sucessor imediato na ausência de Amnon, o primogênito, foi Daniel (1 Cr 3.1). Você, por acaso, já ouviu falar deste jovem disputando o trono do Pai depois da morte de seu irmão? Apesar do silêncio bíblico, podemos imaginar quantas indagações surgiram, mas parece que Daniel era pacífico, não entrou na autofagia e luta pelo poder demonstrada pelos demais irmãos.
ü       Acar trouxe desgraça sobre seu povo, por se envolver com ocultismo (1 Cr 2.16). A atração das pessoas pelas coisas demoníacas sempre existiu na história e também estavam presentes naqueles dias.

Segundo, a história sagrada não é construída a partir de forças impessoais ou de idéias abstratas, mas a partir de nomes – Esta afirmação foi feita por Eugene Peterson. “Não há verdadeiro relato histórico sem menção de nomes. Isto chama a atenção para o indivíduo, o peculiar, o pessoal, o que é inerente em toda espiritualidade”. O Deus da Bíblia se identifica como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. A história sagrada nos fala de um Deus relacional, que se articula a partir de nome de pessoas com suas individualidades.

3. Todos os personagens são transitórios – A insistência dos textos em afirmar que eles morreram é repetitiva e enfática. Certa pessoa se converteu ao ler estes textos e pensar sobre si mesmo: “Eu também tenho uma existência passageira. Não posso me esquecer disto!”


O que conta, no final das contas...




O que conta no final das contas não é como você começa, mas como você termina!
Por isto a Palavra de Deus nos exorta a perserverar, somente aquele que não desiste e vai até o fim, receberá a coroa da vida.
A vida cristã não é uma corrida de 100 metros rasos, mas de longa distância. Por isto importa continuar firme, não desistir, não esmorecer.
A vida do Rei Manassés, de acordo com o relato da bíblia, nos ensina claramente isto. Não existe um rei que tenha vivido de forma tão rebelde e desregrada diante de Deus quanto este homem, veja as atrocidades que ele cometeu:
Manassés tinha doze anos de idade quando começou a reinar, e reinou cinqüenta e cinco anos em Jerusalém. Ele fez o que o Senhor reprova, imitando as práticas detestáveis das nações que o Senhor havia expulsado de diante dos israelitas. Reconstruiu os altares idólatras que seu pai Ezequias havia demolido; também ergueu altares para os baalins e fez postes sagrados. Inclinou-se diante de todos os exércitos celestes e lhes prestou culto.
Construiu altares no templo do Senhor, do qual o Senhor tinha dito: "Meu nome permanecerá para sempre em Jerusalém". Nos dois pátios do templo do Senhor ele construiu altares para todos os exércitos celestes. Chegou a queimar seus filhos em sacrifício, no vale de Ben-Hinom; praticou feitiçaria, adivinhação e magia, e consultou médiuns e espíritas. Fez o que o Senhor reprova, provocando-o à ira. Ele tomou a imagem esculpida que havia feito e a colocou no templo, do qual Deus tinha dito a Davi e a seu filho Salomão: "Neste templo e em Jerusalém, que escolhi dentre todas as tribos de Israel, porei meu nome para sempre.
Não farei os pés dos israelitas deixarem novamente a terra que dei aos seus antepassados, se tão-somente tiverem o cuidado de fazer tudo o que lhes ordenei em todas as leis, os decretos e as ordenanças dados por meio de Moisés". Manassés, porém, desencaminhou Judá e o povo de Jerusalém, a ponto de fazerem pior do que as nações que o Senhor havia destruído diante dos israelitas.
  2 Cr 33.1-9

Sua maldade parece não ter fim, parece não haver esperança para ele, mas veja o que lhe acontece no final da vida:
O Senhor falou a Manassés e a seu povo, mas não lhe deram atenção. Por isso o Senhor enviou contra eles os comandantes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés, colocaram-lhe um gancho no nariz e algemas de bronze, e o levaram para a Babilônia. Em sua angústia, ele buscou o favor do Senhor, o seu Deus, e humilhou-se muito diante do Deus dos seus antepassados. Quando ele orou, o Senhor o ouviu e atendeu o seu pedido; de forma que o trouxe de volta a Jerusalém e a seu reino. E assim Manassés reconheceu que o Senhor é Deus. Depois disso ele reconstruiu e aumentou a altura do muro externo da cidade de Davi, a oeste da fonte de Giom, no vale, até a entrada da porta do Peixe, em torno da colina de Ofel. Também pôs comandantes militares em todas as cidades fortificadas de Judá. Manassés tirou do templo do Senhor os deuses estrangeiros e a imagem que lá havia colocado, bem como todos os altares idólatras que havia construído na colina do templo e em Jerusalém; e jogou-os fora da cidade. Então restaurou o altar do Senhor e sobre ele ofereceu sacrifícios de comunhão e ofertas de gratidão, ordenando a Judá que servisse o Senhor, o Deus de Israel.  2 Cr 33.10-16
Teve um péssimo começo, uma vida atropelada, mas terminou em arrependimento e volta ao Senhor. Por isto vale a exortação bíblica: “Guarda o que tens, para que ninguém lhe tome a coroa!”

Samuel Vieira

terça-feira, 28 de maio de 2013

Apostasia




Jesus afirma que um dos sinais que precederiam a sua vinda seria a Apostasia, ou o abandono da fé. Paulo afirma que nos últimos dias, muitos se apostarão da fé, dando ouvidos a ensinos de demônios (1 Tm 4.1).
Sempre pensamos em apostasia em termos de pessoas alheias a Deus, mas na verdade, só pode se apostatar aquele que já creu. Trata-se, portanto, de pessoas que outrora criam, mas que agora desprezam as verdades de Deus e andam pelos seus próprios caminhos. Outro equivoco comum é imaginar que o sinal da apostasia serão igrejas vazias, mas pode ser que as igrejas estejam cheias, lotadas, mas de pessoas descrentes, assumindo uma espiritualidade que fala de tudo, mas não diz nada, e que não leva as pessoas a conhecerem a Deus e assumirem um compromisso de vida com o Senhor.
Jesus afirma que Satanás enganaria a muitos, e “se possível”, os próprios eleitos. Isto demonstra o poder de persuasão que ele empregará para afastar pessoas do caminho de Deus. Mostra ainda que até mesmo pessoas piedosas e presumivelmente cristãs poderão ser dissuadidas a desistirem de Jesus. A estratégia do inferno é fazer com que as coisas se pareçam tanto com o Evangelho que levará pessoas desatentas à apostasia. Satanás se transforma em anjo de luz, e faz seus anjos parecerem ministros da justiça.
Os falsos profetas surgirão vestindo mantos de unção apostólica, falando em nome de Cristo, com ofertas atraentes e baratas para atrair pessoas incautas. Os falsos cristos não serão pessoas malucas, com caricatura dos tipos messiânicos, mas trazendo conceitos errados e valores desvirtuados para enganar a muitos.

Paulo dá três conselhos a Timóteo para se manter firme:

1.      Exercita-te pessoalmente na piedade – Guarde sua vida com Deus. Leia a Bíblia com devoção, preste atenção às palavras dos sermões bíblicos que você ouve, cante louvores a Deus, envolva-se no ministério.

2.      Não despreze o dom que há em ti – Não negocie, por nenhum prazer, dinheiro ou poder, aquilo que você recebeu de Deus. Propostas atraentes virão para seduzir. Diga não!!

3.      Cuide de ti mesmo e da doutrina – Uma advertência tem caráter pessoal, outra funcional. “Cuidar de si mesmo”, é vigiar contra as tentações, não descuidar de um caráter integro, não negociar a consciência; “cuidar da doutrina” é ficar firme nos valores do reino de Deus, que você tem estudado na Palavra de Deus. É muito atraente flexibilizar princípios, verdades e ética. Tome cuidado!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

DEUS É BOM !!!




Certa vez, num reino muito distante, havia dois amigos inseparáveis. Um era o rei e o outro era o seu conselheiro. Certa ocasião, na temporada anual de caça, os dois saíram para caçar e durante o caminho, o amigo do rei vinha falando da bondade de Deus, e cada vez que contemplavam a natureza e a beleza da criação de Deus ele repetia: DEUS É BOM!
Ao avistarem a presa, prepararam a arma, mas quando o rei atirou, o tiro literalmente "saiu pela culatra", acertando em cheio o seu dedo mindinho da mão direita.
O rei ficou indignado e virando-se para o amigo o questionou se mesmo depois do que tinha acontecido, ele ainda achava que DEUS ERA BOM?? Mediante a resposta positiva de seu amigo, o rei mandou prendê-lo até ele se convencer que Deus não era tão bom assim, pois não o impediu de perder seu precioso dedo.
Um ano se passou, e por ocasião da temporada de caça, a comitiva real decidiu ir a terras mais longínquas, pois a caça já estava escassa naquela região. Foram parar então em uma terra dominada por canibais, onde foram todos capturados, inclusive o rei.
Quando chegou a hora do jantar, o cozinheiro dos canibais verificou que um dos prisioneiros não tinha um dos dedos, e como era costume, eles não comiam ninguém mutilado, pois além da carne ser considerada dura e de paladar ruim, diziam ainda que era amaldiçoado pelos deuses. Assim, de toda a comitiva, somente o rei voltou com vida para o seu reino.
Ao chegar, mandou libertar seu amigo. Agora, com a firme certeza – e prova – de como Deus realmente é bom, e do modo maravilhoso com que preservou sua vida. Sendo assim, o rei pediu perdão para o seu amigo e ouviu a seguinte declaração:
- É claro que o perdôo alteza. Deus realmente é muito bom, pois se eu não tivesse ficado preso no calabouço, com certeza teria ido com a comitiva e provavelmente a esta hora eu já teria morrido!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Fé que não custa nada...



Dentre as muitas narrativas sobre a vida do rei Davi, uma é pouco conhecida. Trata-se de sua experiência de receber uma exortação de um profeta dizendo que ele deveria ir até a fazenda de Araúna, no local em que ele costumava malhar trigo, e ali oferecer um altar para o Senhor, para que a ira de Deus se retirasse de Israel .
Davi então obedece e se dirige ao local indicado, e quando Araúna vê Davi chegando com sua comitiva, e ao saber das suas intenções, coloca sua lenha, terreiro e bois à disposição do rei para as oferendas, mas Davi se recusa alegando que não oferecia ao Senhor, sacrifícios que não lhe custavam nada.

Davi demonstra que precisava pagar o preço se desejasse ofertar algo a Deus. Este é um grande desafio para nossas vidas. Queremos uma fé que não custe nada, que não exija nada, queremos um discipulado sem compromisso, que não nos tire de nossa zona de conforto e desejamos uma graça barata. Queremos adorar a Deus, desde que isto não nos desafie nem nos incomode. Palavras como sacrifício, obediência, compromisso e santidade são facilmente descartadas. Queremos as bençãos de Deus e os favores que dele podemos receber, nosso vínculo porém deve ser superficial. Não queremos pagar nenhum preço... queremos uma fé que não nos custe nada!

Enquanto Davi se recusa ao culto barato, sem doação de si mesmo, estamos querendo o contrário. Por isto temos muitos que desejam um discipulado cristão estabelecendo as regras do discipulado. “Vou seguir a Jesus assim...” Afinal, quem estabelece as condições? Deus ou os homens? Jesus foi claro: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, e siga-me!”. As condições são claras: Ele estabelece o custo e diz o preço, e nós, aceitamos ou rejeitamos suas condições.

Quanto do seu tempo e das suas prioridades, dos seus talentos e dons, dos seus recursos e dinheiro, você tem dado “sacrificialmente” a Cristo? Você já trouxe a Deus uma oferta que você surpreendentemente generosa? Já se dispôs a se envolver num ministério, ou num departamento da igreja, mesmo que isto o obrigue a deixar alguma atividade ou entretenimento?

O princípio é simples e radical: “Fé que não custa nada... não vale nada!”

segunda-feira, 18 de março de 2013

A Igreja do Século XXI




A Bíblia afirma que Jesus “expunha a palavra, conforme o permitia a capacidade dos ouvintes” (Mc 4.33). Isto nos mostra que ele estava interessado em atualizar a mensagem de Deus aos homens daqueles dias, para que a Palavra se tornasse compreensível e fizesse sentido aos seus corações. Este é o modelo e um exemplo a ser seguido ainda hoje. Como esta igreja deve agir para se atualizar.

  1. A igreja do Século XXI deve ser contextualizada. Isto é, precisa estar conectada com o momento particular que vive. Quais são as mudanças de paradigmas, tendências e questionamentos que pairam no coração desta geração? Novas abordagens e leituras eclesiais precisam ser feitas para interpretar o Evangelho à luz dos eventos atuais;

  1. A igreja do Século XXI precisa investir em liderança emergente – isto é, precisa reciclar os líderes existentes, desafiar pessoas novas a assumir seu lugar no Reino. Se não renovarmos nossa liderança, corremos o risco de nos perdermos no tempo;

  1. A igreja do Século XXI precisa ser acolhedora – Numa época de despersonalização e coisificação do ser humano, a receptividade da igreja, o acolhimento aos que chegam e a vida comunitária tornam-se extremamente relevantes. O que vai determinar a dinâmica da igreja, mais e mais, é o envolvimento comunitário e a capacidade de acolhimento.

  1. A igreja do Século XXI, precisa ser generosa – Não pode ser uma comunidade voltada para apenas para seus próprios interesses, mas precisa refletir sobre a sociedade carente, dar resposta de amor/serviço, criar parcerias para abençoar os pobres e os que sofrem em nossa nação.

  1. A Igreja do Século XXI, não pode perder os fundamentos do Evangelho – O Evangelho nunca deixou de ser a resposta para a sociedade secularizada e esotérica. Só Jesus tem a capacidade de lidar com as sombras emocionais e a ação de demônios que tão costumeiramente agem na história.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Com os olhos da fé




Sempre considerei importante ler a Bíblia em versões diferentes, porque nos ajuda a enxergar as mesmas verdades por ângulos diferentes. Quando muda-se a linguagem e a terminologia, e novos vocabulários são utilizados, podemos eventualmente até mesmo nos assustar quando acessamos velhos e conhecidos textos.
Em Josué 23.4, lemos: “Eu distribui entre as tribos, para serem propriedade delas, as terras das nações que ainda não foram conquistadas”.
Fiquei refletindo sobre esta palavra. Ao fazer a divisão das terras entre as tribos, Josué não considera apenas as já conquistadas, mas considera reais, as que ainda serão alcançadas, pois já haviam sido prometidas por Deus.
Tal é a natureza da fé. Ela não parte do pressuposto daquilo que já possui, mas vislumbra aquilo que ainda é prometido, tendo a compreensão de que o que ainda não existe, já é uma realidade. Fé, como a visão, é a antecipação do futuro. Consegue se assenhorear daquilo que ainda não é, mas dialeticamente, é!
Josué distribui terras que ainda estavam sob o domínio de outras nações. Seus olhos contemplam possibilidades, e não apenas realidades. Josué se nutre não apenas da história, mas da utopia inerente à esperança.
Na hora de repartir as terras, poderia acontecer de alguém questionar este critério: “Ok, Josué, você está nos dando algo que ainda não existe?” e sua resposta seria: “Esta terra já é nossa, ou você dúvida disto?”
Tal é natureza da fé, antecipa-se e constrói o futuro.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

É tão difícil seguir a Cristo...




Costumeiramente encontro pessoas com este tipo de sentimento... Acham muito difícil seguir a Deus e obedecê-lo, e que o padrão de Deus é muito alto e as exigências demasiadamente rigorosas.
No entanto, em Dt 30.11 lemos o seguinte: “Os mandamentos que hoje estou dando a vocês não são difíceis de entender, nem de cumprir” (NTLH); outra tradução diz: “Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti” (RA). O apóstolo João afirma: “Ora, os seus mandamentos não são penosos” (1 Jo 5.36).
Entre o nosso sentimento de que é difícil seguir a Deus, e a afirmação da Bíblia, há um enorme descompasso. O que esta ambigüidade nos revela?
Ao colocar Adão no Éden, Deus o instruiu que do fruto das árvores do jardim poderia comer, mas do fruto da árvore que estava no meio do jardim, não poderiam comer nem tocar, para que não morressem. O homem tinha um espaço de muita liberdade dentro da delimitação dada por Deus, afinal, poderia comer frutos de todas as árvores, no entanto, Satanás fez o homem focar no único item proibido, como se ele fosse a única coisa que realmente interessasse.
Ate hoje, a abordagem do maligno é a mesma. Os agentes mudaram, mas não a estratégia. Ele nos leva a desejar aquilo que Deus proíbe. Gera desejos e ambições em nós, de tal forma que achamos que Deus é restritivo, castrador, punitivo e mal. Quando o diabo é eficiente nesta estratégia, seguir a Deus se torna um peso muito grande.
Os mandamentos de Deus, porém, são sempre para nossa vida e alegria. Obedecê-los traz vida e plenitude. “Eis que ponho diante de vocês, vida e prosperidade, ou morte e destruição”. Esta é a diferença entre seguir a Deus ou desprezá-lo. Por isto, o Salmo 1  diz: “Bem aventurado é o homem que teme ao Senhor, e anda nos seus caminhos”. Do ponto de vista pragmático, sabe o que significa para Deus você obedecer ou não? Nada! Ele não precisa de sua obediência para ser Deus. Mas para você: Esta é a diferença entre vida e prosperidade ou morte e destruição.
Os mandamentos de Deus não são penosos...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

SE O SENHOR SE AGRADAR DE NÓS...




Milton Nascimento diz que nada devemos temer a não ser o medo. Em 1632 John Donne, puritano cristão afirmou: “Dá-me um medo, Senhor, do qual não tenha medo!”
                “Se o Senhor se agradar de nós” foi o que Josué disse ao povo diante do desanimador relatório dado pelos espias. Ele colocou o problema na perspectiva certa. A questão não era o tamanho dos inimigos que tinham, mas o tamanho do Deus que serviam. Se era Deus quem os levava a esta tarefa, nem anjos, nem demônios, nem qualquer sistema ou poderio militar lhes poderiam resistir, e eles já tinham visto Deus agindo de forma portentosa contra os egípcios.
                Como sabemos, o relatório dos espias trouxe muito desânimo e o povo murmurou contra Deus sofrendo a conseqüência de sua rebeldia, então, percebendo que tinham agido mal, decidiram sair logo para o combate, agindo impetuosamente, sem estratégia, mas acima de tudo, sem consultar o Senhor, e o resultado foi um retumbante fracasso. Foram humilhantemente derrotados na guerra que resolveram fazer.
                “Se o Senhor se agradar de nós”. Esta é a frase que tem sempre ecoado na minha mente, e em todos os projetos, principalmente naqueles que me desafiam muito. Procuro discernir se Deus é meu aliado, ou melhor, se estou me alinhando à visão de Deus sobre este assunto. Toda decisão deveria começar com a questão: “Deus tem prazer nisto? O Senhor será glorificado? O que faremos trará honra ao Senhor?” Caso a resposta seja afirmativa temos um bom princípio para tomada de posição. Este deve ser o único temor de nossa vida: Não estar no centro da vontade do Senhor.
                Josué e Calebe estavam convencidos disto: “Se o Senhor se agradar de nós; então nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel... não temais o povo dessa terra, porquanto como pão os podemos devorar, retirou-se deles o seu amparo, o Senhor é conosco; não os temais”. E como sabemos, obtiveram vitória, porque de fato, este era o projeto de Deus para Israel .

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O Deus de nossos Pais




Quando Jacó está saindo da casa de seu sogro, numa despedida tensa já que os dois não mais se entendiam, havia a possibilidade até mesmo de guerrearem um contra o outro, mas ao se encontrarem, Labão faz uma afirmação curiosa: “Tenho poder para prejudicá-los; mas na noite passada, o Deus do pai de vocês me advertiu: Cuidado! Não diga nada a Jacó, não lhe faça promessas nem ameaças” (Gn 31.29).
Fiquei meditando nesta frase: “O Deus de vossos pais”. Talvez na medida em que avançamos na idade a gente vá se inteirando cada vez mais de que fazemos parte de um ciclo de vida, mas fico feliz ao pensar no Deus de meus pais, porque eles sempre seguiram o Deus de Abraão, Isaque e Jacó; o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo. Me alegro em saber que este é o Deus a quem adoro: O Deus de meus pais, que primeiramente se revelou a eles, e agora continua manifestando seu cuidado e bondade através das gerações.  Creio firmemente que suas orações a nosso favor, seu zelo em nos conduzir nos caminhos do Senhor, tem sido fonte de benção para nossas vidas. Afinal ele afirma que abençoaria até mil gerações aqueles que o amam e guardam seus mandamentos (Ex 20.6).
Muitos falam de “maldição hereditária”, mas ninguém fala de “benção hereditária”. Não é estranho que a nossa ênfase seja em alguns textos muito isolados e complexos da Bíblia, ao passo que vemos declaração de bençãos em muitos outros textos e ninguém parece se interessar por isto? A doutrina do Pacto, que inclui os filhos, tem sido uma das mais esquecidas, minimizadas e eventualmente negadas na teologia contemporânea.
No livro de Êxodo ainda lemos a solene advertência feita pelo Senhor já que Israel  conviveria com os povos que estavam em Canaã, e que invocavam outros deuses: “Não se curvem diante dos deuses deles, nem lhe prestem culto, nem sigam as suas práticas... prestem culto ao Senhor, o Deus de vocês, e ele os abençoará...porque prestar culto aos deuses deles, será uma armadilha para vocês” (Ex 23.24-25).
Nossos filhos precisam aprender amar o mesmo Deus que nos tem guardado até aqui. Nossos netos precisam continuar adorando o mesmo Deus que habita em nós!

Relatório Conselho Missionário Confins da Terra: 2012




Nesta semana recebemos o relatório detalhando os ministérios e pessoas que foram apoiados pela nossa igreja no ano passado. Em breve, um panfleto com mais detalhes será entregue a todos os membros da igreja.

No Brasil Maria Fabiana – Cururupu MA (Plantação de igrejas- Junta de Missões IPB); Pr. Julio Melo – Cajazeiras PA (Congregação Presbiteriana; Pr. Sivaldo Oliveira – Campo Limpo GO (Plantação de igrejas); Pr. Antonio Paulo de Oliveira – Goiânia (Plantação Igreja); Denise M. Pedreira – Anápolis GO. Evangelização de crianças na Escola Dayse Fanstone; Pr. Cloi Marques – Anápolis GO (Ministério Oásis); Pr. Enoque de Faria e Eliane – Brasília (Missão Além); Cléo e Raquel – Anápolis GO (Missão Além); César e Cathrin – Manaus AM (Asas de Socorro); Martinho F.Ducal – de Nova Guiné, se preparando para a Educação cristã no seu país (Mestrado); Carlos Alberto Carvalho – Anápolis (Novas Tribos – antropólogo); Missão Vida (Recuperação de homens de rua);


No Exterior - Povo Soninkê – Guiné Bissau; Vildene Ndecky e Ronalda Nassakou – Senegal (Ministério com crianças de rua - APMT); Mauricio Rolim – Uruguai (Plantação de Igreja - APMT); Eliezer Camargo e Sara – Norte da África (APMT); Paulo Serafim de Souza – Guiné Bissau (APMT).

Além dos compromissos mensais o Conselho Missionário aprovou o apoio financeiro eventual a diversos projetos durante o ano conforme relação: Ajuda de custo para reforma do predio - Congregação de Abadiânia R$ 1.400,00; Ajuda Pr. Pedro Paulo de Morais Pimenta – Oásis Retiro para tratamento e descanso R$ 1.000,00; Compra de passagem Pr. Thadeu (Portugal) para vinda ao Brasil com a família para período de férias (descanso sabático) R$ 3.607,00; Ajuda para reforma em Cururupu Fabiana R$ 5.000,00 abril/2012; Ajuda para Florence estágio Cururupu R$ 1.150,00 agosto/2012; Ajuda para evento de Evangelismo nas férias Cururupu R$ 1.000,00 junho/2012; Ajuda para aquisição de automóvel Pr. Mauricio Rolim R$ 2.000,00 setembro/2012; Ajuda para missionária Maria Fabiana - problemas de saúde na família R$ 1.000,00 Agosto/2012; Ajuda de custo viagem Missionária Manaus R$ 4.750,00 setembro/2012; Ajuda Consultório Seminário Presbiteriano R$ 300,00 setembro/2012; Ajuda seminarista Alexander participação Fiel R$ 480,00 outubro/2012; Ajuda de custo viagem Missionária Manaus R$ 400,00 novembro/2012

Para 2013, assumimos novos compromissos mensais: Karla e Danielle – Até Dez 2013 – ministério da Jocum; Tiago (Candaguelês)  Preparação no Seminário - 300,00 até Dez. 2015; Carlos Del Pino – Projeto Europa R$ 600.00 até Dez 2015; Novas tribos – Pr. Edward Luz e Nancy – R$ 400.00 – Até dez 2015; Liliana Sepúlveda – 02 anos Haiti – Até dezembro 2014 R$ 300.00; Rose e Lauro Pasquini – Asas de Socorro – R$ 600,00; Thais Gomes (Amide): Tailândia – R$ 400.00.

Participe das missões: Indo, orando e contribuindo. Se você gostaria de assumir um compromisso mensal com as missões, solicite seu envelope e participe!