quinta-feira, 11 de maio de 2017

“Ainda que”

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O profeta Habacuque enfrentou problemas sérios e dramáticos em seus dias. Sua cidade foi destruída, ele viu pessoas mortas na rua sem sepultura, jovens sendo levados cativos, e sabia que muitas daquelas meninas seriam transformadas em escravas sexuais e os rapazes, escravos, seus símbolos religiosos destruídos e sua família destroçada.

No meio deste caos, ele precisa conciliar a bondade de Deus com a vitória da violência e da impiedade. Aflito, ele levanta questões perturbadoras: Como entender a aparente inação de Deus? (Hab 1.13); Sua demora em responder as orações? (Hab 1.2); Sua resposta inesperada: Ele ora por restauração da cidade e Deus envia os inimigos?

Habacuque fica perplexo com tudo. As notícias não eram boas.

No meio de sua dor, ele faz uma declaração impressionante: “Ainda que a figueira não floresça... eu todavia me alegrarei no Senhor”.

Ainda que” todas as coisas pareçam conspirar, ele decide colocar seus olhos em Deus. Viver pela fé é a Teologia do “ainda que”.  Todas as perspectivas eram péssimas: ainda que a figueira não floresça, a videira não produza, a azeitona não nasça, os campos não produzam grãos, e o gado tenha sido arrebatado dos currais. Ainda assim, esperarei no Senhor...

Só uma teologia que não dependa das circunstâncias, pode se alegrar no Senhor. Deus é o refúgio e fortaleza, pode não acontecer nada de bom, todavia, a alegria está colocada no Senhor.

Viver pela fé, é viver no ainda que…É ter certeza das coisas que ainda não são visíveis - É crer a despeito de…É ser capaz de dizer em meio ao caos: “Eu sei que o meu redentor vive!” (Jó 19:25).

Não é resignação, comodismo ou escapismo, mas alegria positiva no meio da dor e da ameaça. Porque há um Deus que rege a história, age na história e é Senhor da história.




sexta-feira, 5 de maio de 2017

Uma nova perspectiva

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A caminhada dos discípulos no estrada de Emaús desafia o coração e a imaginação do leitor da Bíblia. Estes dois homens andavam desolados, cansados, desanimados, sem perspectiva, de volta para suas casas. Eles se entregaram a um projeto de vida e de repente veem seus investimentos: tempo, energia, dinheiro, talento aparentemente fragmentados, largaram seus projetos pessoais para seguir Jesus de Nazaré, uma pessoa que os inspirava e que criam ser o Messias, prometido de Israel, anunciado pelos profetas. Investiram suas vidas, colocaram seus sonhos, desejos, que redundaram em nada.

O Messias acabou numa cruz, morto de forma cruel. O sonho acabou...

Eles estão retornando para a vida ordinária e comum.

Foi ai que o milagre aconteceu. Jesus se aproximou deles. “Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles” (Lc 24.15).

As coisas mudam quando Jesus anda conosco.

Esta é a melhor definição de discipulado.

Jesus chega e caminha com estes desolados discípulos.

Esta doce presença reacende a esperança, coloca fogo no peito destes discípulos. “Porventura, não nos ardia o coração?” (Lc 24.32).

Sem Jesus somos consumidos pelo desalento e pela dor, mas com ele, uma nova realidade de vida brota como fogo em nossa alma.

É preciso caminhar com Jesus.

Isto não é institucional, mas algo pessoal e íntimo. Não estamos falando de outra coisa senão, andar com Cristo, comer com ele, ouvi-lo, deixar que sua companhia invada todo o nosso ser.


Sua presença traz nova perspectiva de vida.