Os magos fizeram
igual
A
igreja em todos os períodos da história teve que lidar com os
prestidigitadores, com o mimetismo espiritual, com as imitações baratas da fé,
com os falsos mestres e profetas, com o discipulado barato. O grande problema é
que o joio tem semelhança com o trigo, e só se descobre quem é quem, na hora
que os frutos se manifestam e evidentemente isto leva muito tempo.
A
missão de Moisés em libertar o povo do Egito era sobre-humana. Ele teve que
lidar com o maior poderio bélico daquela época, com os mais notórios
intelectuais que se encontravam na respeitada Universidade de Cairo, onde as
pesquisas e o saber se desenvolviam aliados ao poder econômico do Estado, e
ainda com os poderes espirituais conectados à magia negra que mantinham todo
aquele país debaixo de seu domínio.
Na
primeira praga, quando as águas se tornaram em sangue, os magos conseguiram
demonstrar que aquele fenômeno nada mais era que “um truque” fácil de
reproduzir. Eles então, com suas fórmulas, fizeram o mesmo (Ex 7.22). A segunda
praga, a das rãs, o território egípcio foi invadido por estes batráquios que entravam nas casas, nas cozinhas, e na
medida em que iam morrendo, iam deixando um odor funesto, e a Bíblia faz questão
de registrar: “Então, os magos fizeram o
mesmo com suas ciências ocultas e fizeram aparecer rãs sobre a terra do Egito” (Ex
8.7).
Nenhuma
das pragas impressionava. O diabo podia imitar e fazer o mesmo. É certo o dito
popular: “Onde Deus constrói um templo, o diabo constrói uma capela ao lado”.
Os fenômenos e pragas realizados pelo poder de Deus, pareciam truques tirados
da cartola. A obra de Deus podia ser imitada e por isto parecia frágil demais.
Isto
aconteceu até o momento em que os mágicos esbarraram nos limites de suas
ciências ocultas. Na terceira praga, a dos piolhos, eles tentaram reproduzir,
mas entenderam que aquilo só podia ser dedo de Deus, e não puderam imitar o
fenômeno (Ex 8.18). Satanás é ser de imitação e do engano, mas não pode enganar
todos em todo tempo. Seus recursos são limitados. Felizmente há um limite para
o seu potencial de engano e magia. Ha coisas que Deus faz e o diabo não
consegue reproduzir. “Então, disseram os
magos a Faraó: Isto é dedo de Deus! Porém, o coração de Faraó endureceu e não
os ouviu, como o Senhor tinha dito” (Ex 8.19).
Posteriormente
veremos que a mentira dos magos se tornou tão vulnerável que “os magos não podiam mais permanecer diante
de Moisés” (Ex. 9.11). Estar diante da verdade, os envergonhava e os agredia.
As trevas não conseguem se manter diante do brilho da luz. A fraqueza, e o
embuste, se tornaram manifestos.
A mágica,
a feitiçaria, os poderes das trevas podem seduzir e até mesmo ocultar o poder
de Deus por algum tempo, mas sua fragilidade se revelará e a ruina será
evidente. O engodo não pode permanecer firme diante das evidências da verdade e
do próprio Deus.
Seus
pés eram de barro.
Seus
fundamentos, falsos.
Sua
mentira foi evidentemente desmascarada.
Assim
acontecerá no juízo de Deus, quando se tornará evidente toda farsa, mentira e
engano. A verdade prevalecerá. O juízo de Deus virá.
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