Em Dt 25.17-18 Deus dá uma dura sentença
contra os Amalequitas, porque eles haviam atacado na retaguarda todos os judeus
desfalecidos pela longa jornada no deserto. A versão The Message diz: “Eles os atacaram
quando vocês, de tão cansados, mal conseguiam por um pé na frente do outro, e
mataram sem dó, nem piedade, os israelitas que ficaram para trás”.
Isto nos traz duas advertências.
Primeira, é perigoso ficar na
retaguarda. Não saia do aprisco, não se isole da comunidade, não fique
desatento nem seja puxado a reboque. É clássica a figura no reino animal dos
predadores atacando as vítimas mais fracas e isoladas do rebanho. Na igreja Presbiteriana
de Manaus, há um slogan espalhado por todos os lados advertindo: “Ovelha fora
do aprisco, é petisco de lobo”. Gente isolada, distante, sem envolvimento
comunitário facilmente esfria sua fé e perde a alegria da igreja.
Segunda, precisamos cuidar
daqueles que cansados e desanimados, se perdem no caminho. Muitos estão sobrecarregados
por preocupações, pecados, dúvidas, culpa, tristeza ou abatimento, ou até mesmo
elitismo, teimosia e orgulho. No mundo animal não é raro vermos animais
formando um grupo em torno de um membro pequeno ou enfermo para protegê-lo dos
predadores que estão rondando. Sem esta barreira o animal seria facilmente devorado.
Quando Davi estava no encalço de
um grupo que havia saqueado suas casas e sequestrado suas famílias, ele
encontrou um egípcio do bando inimigo, que fora deixado para trás doente, com
fome e sede (1 Sm 30). Davi lhe amparou e ele foi estratégico na batalha,
indicando onde os saqueadores se encontravam.
Moral da história: “Gente de Deus
não abandona o ferido, mas o transforma em guerreiro” (Diamanso).
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