sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Não fique na retaguarda!



Em Dt 25.17-18 Deus dá uma dura sentença contra os Amalequitas, porque eles haviam atacado na retaguarda todos os judeus desfalecidos pela longa jornada no deserto. A versão The Message diz: “Eles os atacaram quando vocês, de tão cansados, mal conseguiam por um pé na frente do outro, e mataram sem dó, nem piedade, os israelitas que ficaram para trás”.

Isto nos traz duas advertências.

Primeira, é perigoso ficar na retaguarda. Não saia do aprisco, não se isole da comunidade, não fique desatento nem seja puxado a reboque. É clássica a figura no reino animal dos predadores atacando as vítimas mais fracas e isoladas do rebanho. Na igreja Presbiteriana de Manaus, há um slogan espalhado por todos os lados advertindo: “Ovelha fora do aprisco, é petisco de lobo”. Gente isolada, distante, sem envolvimento comunitário facilmente esfria sua fé e perde a alegria da igreja.

Segunda, precisamos cuidar daqueles que cansados e desanimados, se perdem no caminho. Muitos estão sobrecarregados por preocupações, pecados, dúvidas, culpa, tristeza ou abatimento, ou até mesmo elitismo, teimosia e orgulho. No mundo animal não é raro vermos animais formando um grupo em torno de um membro pequeno ou enfermo para protegê-lo dos predadores que estão rondando. Sem esta barreira o animal seria facilmente devorado.

Quando Davi estava no encalço de um grupo que havia saqueado suas casas e sequestrado suas famílias, ele encontrou um egípcio do bando inimigo, que fora deixado para trás doente, com fome e sede (1 Sm 30). Davi lhe amparou e ele foi estratégico na batalha, indicando onde os saqueadores se encontravam. 

Moral da história: “Gente de Deus não abandona o ferido, mas o transforma em guerreiro” (Diamanso).

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