sábado, 3 de fevereiro de 2018

Deus? Só na emergência?



Quando Deus enviou Moisés para libertar o povo do Egito, ele encontrou forte resistência de Faraó, que oscilava entre a imperiosa exigência de “ter” que libertar o povo e sua resistência emocional em “não querer” libertá-lo.

Sempre que Faraó se mostrava disponível para deixar o povo ir, era porque a realidade se tornava tão dura que ele não tinha saída. Deus não era uma opção, Deus era uma imposição.

Teologicamente isto é chamado de “fé circunstancial”.

Muitos crêem em Deus apenas quando estão desesperados e encurralados. Depois de resolvido o problema, o coração mais uma vez se mostra empedernido e incrédulo.

Mesmo quando Faraó se rendia, ele o fazia tentando barganhar e negociar com Deus. A ideia de uma fé incondicional e submissa não passava pela sua cabeça. Deus, entretanto, nunca barganhou. Ele fazia as condições e não iria se submeter a um rei caprichoso.

É muito comum vermos pessoas querendo seguir a Deus da sua maneira. Elas acham que Deus precisa se condicionar às suas exigências e aceitar suas condições. Por isto barateiam a graça e o discipulado e procuram estabelecer bases mais amenas. O custo de seguir a Cristo, contudo, não é dado por nós. Ele já o estabeleceu. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.

Como você se aproxima de Deus? Como uma solução última, quando não há saída, ou como uma primeira opção, rendendo-se incondicionalmente a ele? Sua fé é robusta, integral, submissa e reverente, ou apenas para as horas de desespero e emergência?


Como dá pra perceber, não basta ter fé, como muitos afirmam. A qualidade da fé também importa. A fé de emergência não é de adoração, mas manipulativa, ela tenta instrumentalizar Deus que se torna um mero resolve-problema . No fundo, esta é uma fé oportunista e interesseira que não encontra base quando falamos do Deus Todo-Poderoso.

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