Quando Deus enviou
Moisés para libertar o povo do Egito, ele encontrou forte resistência de Faraó,
que oscilava entre a imperiosa exigência de “ter” que libertar o povo e sua
resistência emocional em “não querer” libertá-lo.
Sempre que Faraó se
mostrava disponível para deixar o povo ir, era porque a realidade se tornava
tão dura que ele não tinha saída. Deus não era uma opção, Deus era uma imposição.
Teologicamente isto é
chamado de “fé circunstancial”.
Muitos crêem em Deus
apenas quando estão desesperados e encurralados. Depois de resolvido o
problema, o coração mais uma vez se mostra empedernido e incrédulo.
Mesmo quando Faraó se
rendia, ele o fazia tentando barganhar e negociar com Deus. A ideia de uma fé
incondicional e submissa não passava pela sua cabeça. Deus, entretanto, nunca
barganhou. Ele fazia as condições e não iria se submeter a um rei caprichoso.
É muito comum vermos
pessoas querendo seguir a Deus da sua maneira. Elas acham que Deus precisa se
condicionar às suas exigências e aceitar suas condições. Por isto barateiam a
graça e o discipulado e procuram estabelecer bases mais amenas. O custo de
seguir a Cristo, contudo, não é dado por nós. Ele já o estabeleceu. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si
mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Como você se aproxima
de Deus? Como uma solução última, quando não há saída, ou como uma primeira
opção, rendendo-se incondicionalmente a ele? Sua fé é robusta, integral, submissa
e reverente, ou apenas para as horas de desespero e emergência?
Como dá pra perceber,
não basta ter fé, como muitos afirmam. A qualidade da fé também importa. A fé de
emergência não é de adoração, mas manipulativa, ela tenta instrumentalizar Deus
que se torna um mero resolve-problema . No fundo, esta é uma fé oportunista e
interesseira que não encontra base quando falamos do Deus Todo-Poderoso.
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