domingo, 18 de fevereiro de 2018

Marcando o Caminho



Provérbios 22.28

“Não mude de lugar os antigos marcos que limitam as propriedades e que foram colocados por seus antepassados.”

Esta recomendação para os filhos traz aos pais uma enorme responsabilidade! Provérbios deixa claro a nossa missão como mães: - temos que marcar o caminho para os filhos.

Gosto muito de pescar e, muitas vezes, as pescarias ficam em lugares de mata fechada onde precisamos abrir a trilha com facão.  Uma vez que a trilha foi aberta, não há como errar o caminho para o rio.  

O mesmo se dá com essa responsabilidade de marcarmos o caminho para os nossos filhos.  Existem procedimentos muito importantes para que possamos realmente deixar claro a melhor  trilha a seguir:
- Precisamos andar no caminho a ser marcado.  Muitos pais exigem dos filhos uma forma de ser que eles mesmos nunca vivenciaram.  É o velho faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço!  A coerência entre palavras e ações é crucial nessa jornada de marcar o caminho para os filhos;
- Precisamos vivenciar a vida com Deus. Filho de crente não é crentinho!  Óbvio! Mas filho de gente que se diz crente, mas não vive a vida como quem nasceu de novo em Cristo, dificilmente serão convencidos que Deus “funciona”.  Nossos filhos tem um radar para ler nossas intenções e emoções que nem sempre condizem com nossas ações.  Não adianta discurso teologicamente correto, filhos são marcados pelo que leem em nós mais do que por nossas palavras. 

Enquanto nossos filhos andam conosco, eles precisam vivenciar nosso amor e relação com Deus.  Se for assim, eles poderão até decidir andar por outro caminho, mas saberão que o melhor caminho é o que deixamos marcado. Pense e viva isso todos os dias! 
                         Sara Maria
O melhor legado são suas pegadas pelo caminho do SENHOR.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Jaiara – Retrospectiva

J


Hoje estamos celebrando um dos maiores projetos missionários da nossa igreja nestes últimos anos: A organização da Igreja de Vila Jaiara.

Iniciei meu pastorado na Igreja de Anápolis em 5 de Janeiro de 2003, e em 2004, soube que havia uma congregação da Igreja Presbiteriana do Setor Sul que estava fechando as portas e então, resolvemos assumir este projeto. Como expressão de gratidão ao apoio da Igreja Central, a igreja do Setor Sul doou um lote na região, que seria usado para construção do futuro templo, e em 2006, convidamos o Pr. Edson Eduardo Caetano (Black) e a Linda para assumirem o projeto daquela igreja.

O pastor Black escreve: “Quando chegamos em 2006, tínhamos as famílias dos irmãos Ayrton com sua esposa Marleide e os filhos: Junior e Poliana; O irmão Alaor, sua esposa Lúcia e três filhos, Sirlene, Sara e depois vieram o esposo Edmar, as filhas Tatiane , Joaquim e família, esposa e dois filhos, Dona Rita (a mãe do pastor Neusmane) trabalhou muito na implantação da igreja, contando com o apoio do presbítero Carlos do Setor Sul. Depois vieram Luciano com filhos Jonathan e Adrielle, Lucimar, Marinho, Divina, Jean, Luciana e Yasmim, Andiara, Tatiane, André e Mônica, Neves e Ana Alice e Isaque , Abigail e Wallison e Davi, Jane e Edson e 3 filhos, Véscia e Édson e suas filhas, Jair e Ana Maria e 4 filhos, Isabel, Maria Sena, Sandra e Romualdo e cinco filhos, Veneranda e Lilian, Edgar e Eunice e Renato, Benedita e Waldir (in memoria) e filhos Beatriz e Rodrigo, Miquéias Rodrigues (in memoria), Gilmar, Rômulo Vargas , Joás, Maria e Natália. Por cinco anos tivemos o Projeto Social Crescer atendendo 135 crianças em situação de risco. Trabalhamos com grupos familiares e acampamentos com as mulheres no bordado em fitas”.

Em 2012, com o deslocamento do Pr. Édson para Pirenópolis, foi convidado o Pr. José Nobre para assumir o campo. Atualmente a igreja está sendo organizada com 62 membros, e o lote do Setor Jaiara que nos foi doado pela IP Setor Sul, foi vendido e estamos construindo o templo com este dinheiro numa área de 1.460 M2, na região. A Igreja Central, assumiu um compromisso de ainda enviar R$ 4.000,00 em 2018; R$ 3.000,00 em 2019, até se desvincular totalmente do projeto. 

Que Deus abençoe esta nova igreja que está sendo agora organizada. 

Louvemos a Deus por mais esta etapa vencida.


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Em Movimento!



Diariamente nos deparamos com a necessidade de decidir se ficamos parados ou avançamos, se aguardamos as coisas espontaneamente ou se nos movemos intencionalmente; quando devemos sair, quando devemos ficar. A atitude de agir ou de esperar, determina o futuro. Sair impulsivamente pode ser um desastre, ficar parado quando deveria ter saído, uma tragédia.

A Rainha Elizabeth disse ao Primeiro Ministro do Parlamento Inglês, Sir Anthony Eden: “Não fazer nada, às vezes, é a melhor opção, mas a história não é feita por aqueles que não fizeram nada”. Este é o dilema com o qual nos deparamos rotineiramente. Avançamos ou estacionamos?

A melhor atitude é seguir os movimentos do próprio Deus, Senhor da história. A dificuldade é ter este discernimento. No livro de Êxodo lemos: “Quando a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, os filhos de Israel caminhavam avante, em todas as suas jornadas; se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam até o dia em que ela se levantava” (Ex 40.30,37).

“O grande desafio não é fazer ondas, mas aprender a surfar nas ondas de Deus” (Rick Warren), mas como entender este mover de Deus, saber quando ele deseja que saiamos de onde estamos parados e saiamos da nossa zona de conforto? A vida está em constante movimento, a história passa por ciclos, idas e vindas, e essencial saber  a vontade e a orientação de Deus no meio do barulho da alma, no enganoso anseio do coração pecaminoso, na pressão social e sugestões que chegam aos nossos ouvidos.


É maravilhoso caminhar apenas quando a nuvem se levantar sobre o tabernáculo, mas ao mesmo tempo, precisamos estar alerta para que quando a nuvem se levantar, não fiquemos parado! É hora de levantar o tabernáculo, desarmar o acampamento, e ver para onde Deus está nos levando.

Deixa meu povo ir!



Todas as vezes que o tema liberdade entra em debate, deve-se perguntar: “Liberdade de que ou de quem?” e “liberdade para que”. Não faz sentido dizer que há liberdade, se não somos capazes de entender o que nos aprisiona, e se desconhecemos o propósito da liberdade.

Rousseau, no seu famoso “Contrato Social”, afirma: “O ser humano é livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado”. Determinadas bandeiras sobre liberdade humana, são utopias ainda mais escravizantes que geram ilusões e frustrações, pois aquele que suponha estar livre, torna-se, na verdade, duplamente escravizado.

Considere, por exemplo, uma pessoa viciada em drogas, álcool e sexo, poder e luxúria. Ela realmente está livre? Na verdade não. Quando você não consegue senão obedecer a força dominante do desejo, da dependência e do vício, você na verdade, está aprisionado.

Na vida cristã, o chamado à liberdade, também é um chamado paradoxalmente voltado à servidão. Quando Moises foi à Faraó, a mensagem da parte de Deus era uma só: “Deixa ir o meu povo para que me sirva” (Ex 7.16;8.1,20; 9.1). Não era um chamado para o nada, senão para o serviço a Deus.

Paulo afirma que antes de nos tornarmos discípulos de Cristo, éramos “escravos do pecado” (Rm 8.17), mas agora, em Cristo, nos tornamos “servos de Cristo”. Somos livres para servir. Mudou o senhor, mas ainda somos servos.

Em qualquer situação, não há liberdade absoluta, mas há diferença de senhor e do governo. A escravidão voluntária à Cristo me liberta de mim mesmo e da força do pecado. Não consigo me libertar dos impulsos carnais a não ser que Jesus, se torne Senhor da minha história.

O chamado do povo de Deus é para servir a Deus. “Deixa ir o meu povo para que sirva!”. 
Chamado para a submissão, para rendição e para o serviço.

Você tem interesse neste chamado de Cristo? 


domingo, 4 de fevereiro de 2018

Os magos fizeram o mesmo!

Os magos fizeram igual

A igreja em todos os períodos da história teve que lidar com os prestidigitadores, com o mimetismo espiritual, com as imitações baratas da fé, com os falsos mestres e profetas, com o discipulado barato. O grande problema é que o joio tem semelhança com o trigo, e só se descobre quem é quem, na hora que os frutos se manifestam e evidentemente isto leva muito tempo.

A missão de Moisés em libertar o povo do Egito era sobre-humana. Ele teve que lidar com o maior poderio bélico daquela época, com os mais notórios intelectuais que se encontravam na respeitada Universidade de Cairo, onde as pesquisas e o saber se desenvolviam aliados ao poder econômico do Estado, e ainda com os poderes espirituais conectados à magia negra que mantinham todo aquele país debaixo de seu domínio.

Na primeira praga, quando as águas se tornaram em sangue, os magos conseguiram demonstrar que aquele fenômeno nada mais era que “um truque” fácil de reproduzir. Eles então, com suas fórmulas, fizeram o mesmo (Ex 7.22). A segunda praga, a das rãs, o território egípcio foi invadido por estes batráquios  que entravam nas casas, nas cozinhas, e na medida em que iam morrendo, iam deixando um odor funesto, e a Bíblia faz questão de registrar: “Então, os magos fizeram o mesmo com suas ciências ocultas e fizeram aparecer rãs sobre a terra do Egito” (Ex 8.7).
Nenhuma das pragas impressionava. O diabo podia imitar e fazer o mesmo. É certo o dito popular: “Onde Deus constrói um templo, o diabo constrói uma capela ao lado”. Os fenômenos e pragas realizados pelo poder de Deus, pareciam truques tirados da cartola. A obra de Deus podia ser imitada e por isto parecia frágil demais.

Isto aconteceu até o momento em que os mágicos esbarraram nos limites de suas ciências ocultas. Na terceira praga, a dos piolhos, eles tentaram reproduzir, mas entenderam que aquilo só podia ser dedo de Deus, e não puderam imitar o fenômeno (Ex 8.18). Satanás é ser de imitação e do engano, mas não pode enganar todos em todo tempo. Seus recursos são limitados. Felizmente há um limite para o seu potencial de engano e magia. Ha coisas que Deus faz e o diabo não consegue reproduzir. “Então, disseram os magos a Faraó: Isto é dedo de Deus! Porém, o coração de Faraó endureceu e não os ouviu, como o Senhor tinha dito” (Ex 8.19).

Posteriormente veremos que a mentira dos magos se tornou tão vulnerável que “os magos não podiam mais permanecer diante de Moisés” (Ex. 9.11). Estar diante da verdade, os envergonhava e os agredia. As trevas não conseguem se manter diante do brilho da luz. A fraqueza, e o embuste, se tornaram manifestos.

A mágica, a feitiçaria, os poderes das trevas podem seduzir e até mesmo ocultar o poder de Deus por algum tempo, mas sua fragilidade se revelará e a ruina será evidente. O engodo não pode permanecer firme diante das evidências da verdade e do próprio Deus.

Seus pés eram de barro.
Seus fundamentos, falsos.
Sua mentira foi evidentemente desmascarada.


Assim acontecerá no juízo de Deus, quando se tornará evidente toda farsa, mentira e engano. A verdade prevalecerá. O juízo de Deus virá.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Deus? Só na emergência?



Quando Deus enviou Moisés para libertar o povo do Egito, ele encontrou forte resistência de Faraó, que oscilava entre a imperiosa exigência de “ter” que libertar o povo e sua resistência emocional em “não querer” libertá-lo.

Sempre que Faraó se mostrava disponível para deixar o povo ir, era porque a realidade se tornava tão dura que ele não tinha saída. Deus não era uma opção, Deus era uma imposição.

Teologicamente isto é chamado de “fé circunstancial”.

Muitos crêem em Deus apenas quando estão desesperados e encurralados. Depois de resolvido o problema, o coração mais uma vez se mostra empedernido e incrédulo.

Mesmo quando Faraó se rendia, ele o fazia tentando barganhar e negociar com Deus. A ideia de uma fé incondicional e submissa não passava pela sua cabeça. Deus, entretanto, nunca barganhou. Ele fazia as condições e não iria se submeter a um rei caprichoso.

É muito comum vermos pessoas querendo seguir a Deus da sua maneira. Elas acham que Deus precisa se condicionar às suas exigências e aceitar suas condições. Por isto barateiam a graça e o discipulado e procuram estabelecer bases mais amenas. O custo de seguir a Cristo, contudo, não é dado por nós. Ele já o estabeleceu. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.

Como você se aproxima de Deus? Como uma solução última, quando não há saída, ou como uma primeira opção, rendendo-se incondicionalmente a ele? Sua fé é robusta, integral, submissa e reverente, ou apenas para as horas de desespero e emergência?


Como dá pra perceber, não basta ter fé, como muitos afirmam. A qualidade da fé também importa. A fé de emergência não é de adoração, mas manipulativa, ela tenta instrumentalizar Deus que se torna um mero resolve-problema . No fundo, esta é uma fé oportunista e interesseira que não encontra base quando falamos do Deus Todo-Poderoso.

O critério divino da contribuição



É comum que as pessoas fiquem admiradas quando uma oferta significativa de determinado membro é trazida para a igreja local. Pastores, especialmente, são facilmente seduzidos e suscetíveis à isto. É fácil ficar admirado e surpreso quando o valor é expressivo, mas não para Deus!

O critério divino é a proporcionalidade, não o volume.

Uma pessoa pode dar pequena quantia como fez a viúva pobre, e isto ter muito valor diante de Deus, outra pessoa pode trazer um grande valor, mas quem avalia é Deus, que sempre é adorado quando damos, a partir do quanto recebemos. Quem muito recebeu, deve dar muito, usando o critério divino.

Eis aí a lógica do dízimo. 
Dízimo é proporcionalidade.

Deus exigia que seu povo desse 10% de tudo quanto seu povo ganhava. Este é um ponto de partida. Normalmente as pessoas que não aceitam o dízimo, o fazem para dar menos, não para dar mais. Não seria mais significativo se entendêssemos que este é apenas o start, o ponto de partida? O melhor critério de fidelidade, portanto, não é o quanto damos, mas o quanto recebemos.

No Antigo e no Novo Testamento, sempre vemos o critério da proporcionalidade. Deus diz ao seu povo: “traga um cordeiro, mas se as suas posses não permitirem, traga duas rolas ou dois pombinhos” (1 Co 16.2). Isto é proporcionalidade. Paulo afirma: “No primeiro dia da semana, cada um de vós separe, conforme a sua prosperidade”(1 Co 16.2). Isto é regularidade (toda semana), e proporcionalidade (conforme a prosperidade). O princípio simples é: Não importa o quanto você dá, mas dê a partir do quanto você recebe.

Este é o critério da oferta que agrada a Deus!


Não o quanto, mas o como. 
Não o volume, mas a proporcionalidade. 
A fidelidade é percebida não no quanto você dá, mas no quanto você retém.