Wayne Cordeiro é pastor no Hawaí. Apesar de
sua igreja não ter sede própria eles fazem quatro cultos dominicais com 2.500
pessoas presentes em cada culto, num auditório alugado.
Um dia tiveram o problema com o espaço e
resolveram tiveram que fazer uma programação ao ar livre. Alugaram tendas,
montaram sistemas de som, orando para que não chovesse naquele dia. No entanto,
choveu todo o sábado, e as coisas começaram a sair muito errado com perigo de
choques, aparelhagem coberta, e as pessoas tendo dificuldade em participar do
culto. Resolveram orar com mais intensidade para que o Senhor tivesse
misericórdia deles e mandasse um domingo ensolarado. No outro dia, o tempo não
melhorou. Triste e irritado com a situação, ele foi para o local designado
dizendo para Deus. “Por favor, Senhor, o que estou pedindo não é algo difícil.
Não deixe que a chuva caia no horário planejado pois isto vai arruinar todo
programa”. Apesar de suas orações, a chuva continuou a cair. Ele ficou muito
frustrado no seu coração, afinal, gastaram muito dinheiro e o efeito foi
praticamente nulo.
Na sua oração da noite, estava desencorajado e
perguntou a Deus porque ele não havia interrompido a chuva, apesar do clamor de
sua liderança, e Deus lhe disse o seguinte: “Wayne, em todas as suas orações
você pediu pelo programa, mas em nenhum momento orou pela minha presença. Se
não tivesse chuva, e o programa fosse executado, você não estaria triste, mesmo
que minha presença não estivesse ali. Você estava preocupado com o programa e
não com a minha presença”.
Depois de ter ouvido esta palavra, tenho
pensado muito sobre este assunto. Minha sensação é que esta é a preocupação que
normalmente ocupa meu coração. Quero saber se as coisas estão andando bem, se o
culto está fluindo, se as músicas estão sendo bem apresentadas, se o som não
apresenta nenhum ruído, se a recepção está acontecendo. Poucas vezes estou
realmente preocupado com a manifestação da glória e da presença de Deus no
culto que lhe prestamos. Minha preocupação não é com Deus, mas com as pessoas.
Alguns anos atrás um colega meu me perguntou
algo que me causou susto. “Quanto tempo faz que você vai pregar na sua igreja,
sem estar preocupado se as coisas estão saindo bem? Com o funcionamento e as
atividades cúlticas? Obviamente me preocupo muito com a excelência da liturgia,
dos cânticos e da palavra que será pregada, mas quanta preocupação tenho com a
presença de Deus no meio do povo que se chama pelo seu nome?
Como lideres queremos programas bem
organizados, esteticamente irretocáveis, culturalmente relevantes, mas estamos
mais interessados em impressionar o auditório que a Deus. E se tudo desse
errado, mas Deus estiver presente? E se tudo der certo, mas Deus não está no
nosso meio?
Isaque perguntou a seu Pai Abraão: “Aqui está
a lenha e o fogo, mas onde está o cordeiro?”. Sua preocupação de menino, fé
pura e autentica era com o fato de que não havia cordeiro para o sacrifício,
embora os demais elementos componentes do altar e do holocausto ali estivessem.
Mas sacrifício sem o cordeiro não tem valor. Pode existir lenha, e até mesmo
fogo – mas sem o Cordeiro, é ato se torna irrelevante e inútil.