Bendizer, louvar, adorar e agradecer, são palavras
correlatas. Faz parte da liturgia judaico-cristã, tanto individual como
coletiva, os louvores e ações de graças. Bendizer é uma forma de apreciar. O fim
principal do homem é glorificar a Deus e desfrutá-lo
para sempre. Apreciar, louvar e desfrutar Deus é a forma mais direta de
adorá-lo. Se o nosso coração está descontente e cheio de reclamações, isto
denota que não temos nos agradado do que Deus é e daquilo que ele faz, e
deixamos de adorá-lo. Agindo assim, supomos que somos merecedores de um
tratamento melhor e que Deus não está nos satisfazendo. A insatisfação é o
contrário do louvor e da apreciação e frequentemente se transforma em murmuração.
O salmista declara: “Bendize oh minha alma ao Senhor!”. Com quem o salmista está
falando? Com ele mesmo. O que temos aqui é um solilóquio, uma conversa do
salmista para si mesmo. Ele percebe que
sua alma facilmente perde o foco do louvor e tenta lembrá-la, num movimento
introspectivo, que precisa glorificar a Deus.
Se continuarmos a leitura do Salmo 103,
observaremos que o salmista afirma: “Bendize
oh minha alma ao Senhor, e não se esqueça de nem um só de seus benefícios”.
É fácil esquecer do bem que Deus tem dado. Por esta razão o texto revela o esforço
de Davi, o salmista, em descrever as bençãos recebidas: “Ele é quem perdoa as tuas iniqüidades” (Sl 103.3;8-11); “Quem sara todas as tuas enfermidades. Quem da
cova redime a tua alma”, e finalmente agradece pela segurança que tem em relação
ao seu futuro: “Quem farta de bens a tua
velhice” (Sl 103.5).
Você já tentou analisar se de fato, tem prazer
em Deus e naquilo que Ele tem feito? Só é possível louvar, quando há gratidão. Se
você tem cultivado uma vida de ressentimento, amargura e murmuração contra Deus,
talvez seja uma boa iniciativa, começar a dizer para sua alma, esta é uma conversa
que você tem que ter contigo mesmo: “Bendize
oh minha alma ao Senhor!”
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