Sempre existiu na história da igreja cristã um
grupo hábil para distorcer o conceito da graça de Deus. Judas, discípulo de
Cristo, advertiu contra certos indivíduos que se introduziram com dissimulação
no meio da igreja e que “transformavam a graça de Deus em libertinagem, negando
o único Soberano e Senhor, Jesus Cristo” (Jd 4). Paulo exortou um grupo da
igreja de Roma que, entendendo mal o conceito da graça, disse ironicamente:
“Permaneceremos no pecado para que seja a graça mais abundante?” (Rm 6.1). Este
tipo de comportamento transforma a graça de Deus em “graça barata”, como
afirmou Bonhoeffer, perdendo a perspectiva do grande e maravilhoso projeto de
Deus para nossa vida, que não foi barato para Deus. Seu filho teve que pagar o
preço de nosso pecado na cruz.
O apóstolo João afirma: “Todo aquele que
permanece nele, não vive (deliberadamente) pecando, todo aquele que vive
pecando, não o viu, nem o conheceu” (1 Jo 3.6). Podemos, portanto afirmar, que
todo aquele que transforma seu pecado num hábito e estilo de vida, não teve a
noção do valor da graça de Cristo, e não conhece a Deus. “Filhinhos, não vos
deixeis enganar por ninguém; aquele que prática a justiça é justo, assim como
ele é justo. Aquele que (deliberadamente) prática o pecado, procede do diabo,
porque o diabo vive pecando desde o princípio (...) todo aquele que é nascido
de Deus, não vive na prática do pecado, pois o que nele permanece é a divina
semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus” (1 Jo
3.7-9).
Portanto, vivamos na prática do bem. “Como
filhos da luz, andai na luz”.
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