quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Que é isso?


Esta é uma pergunta corriqueira que fazemos em forma de brincadeira com amigos, ou reação irritada quando nos deparamos com uma situação anômala que nos pega  surpresos e despreparados. Diante destas situações, podemos perguntar: “Que é isso?”

No entanto, em Jr 7.9 esta pergunta é feita por Deus através do profeta. O que levou Deus esta indagação e o surpreendeu tanto?

Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis e depois vindes, e vos ponde diante de mim nesta casa que se chama pelo meu nome, e dizeis: Estamos salvos. Sim, só para continuardes a praticar estas abominações”.

Deus está surpreso!

Com a reação de um povo cuja espiritualidade é vazia e dissociada da vida e da ética. As pessoas agiam de forma pecaminosa e depois se apoiavam numa falsa segurança: “Estamos salvos!” Diante disto, Deus indaga: “Que é isso?”

O texto nos dá a impressão de que, para o povo, esta vida contraditória de pecado e espiritualidade de aparência, parecia normal, e Deus intervém para denunciar a fragilidade e inconsistência deste estilo de vida.
Em Malaquias, Deus rejeita a oferta do povo por estar contaminada pelo pecado. Afirma ainda que não ouviria suas orações por estarem manchadas de iniqüidade; em Amós, Deus pede ao povo para não mais continuar cantando louvores. “Afasta de mim o estrépito de teus cantos e a melodia de tuas liras”. Estrépito é barulho, som agressivo. Aos ouvidos de Deus, era assim que chegava os louvores mesclados de impiedade.

A Bíblia diz: “Não vos enganeis, de Deus não se zomba. Aquilo que o homem semear, isto também ceifará”. Culto dissociado da vida afronta ao Deus que servimos, e o leva a nos indagar: “Que é isso?”

Rev. Samuel Vieira

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