quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Rir de si mesmo

Poucas coisas são tão maduras como a capacidade de rir de si mesmo.
E poucas são tão complicadas...
Já parou para pensar em quantas trapalhadas você se mete?
Quantas gafes...
Cada uma delas mais bizarras que as outras.
Rir de si mesmo significa maturidade,
Rir sem se depreciar,
Rir para gerar leveza,
Não o riso de quem se culpa ou condena,
Mas como gente que começa a entender a vida como uma verdadeira piada.
Você é uma piada!
A crise em si mesmo é riso.
Daqui um pouco, quando você olhar o retrovisor de sua história,
Vai perceber quanta coisa engraçada aconteceu hoje,
Apesar de você ter sofrido tanto pelo que aconteceu.
Rir de si mesmo significa que você não precisa zombar do outro,
Nem menosprezar o outro,
Nem realçar o lado negativo do outro.
Você é a razão da sátira mais profunda.
Você é patético!
Mas ainda assim, você tem o seu próprio jeito de ser
Existem pessoas que amam você assim, ou talvez não o amem por isto.
Mas no fundo, é só você que vai ter que lidar com você mesmo.
Não dá para se comparar com ninguém.Já imaginou a discussão da ciência sobre a hipótese da clonagem?
Abomino esta possibilidade a partir de mim mesmo.
Já imaginou alguém sendo o seu clone?
Posso pensar numa Cindy Crawford, Angeline Lilly...
Mas outro eu?
Nunca!
Muitas vezes não me suporto...
Imagine eu refletido nos outros?
Um eu no outro?
Bizarro!!!
Aprenda a não se levar tanto a sério.
Você tem perdido tempo demais.
Ria de você.
Ria por você ser tão sem graça como você é.
Ria do seu humor tão pobre,
Zombe deste jeito manipulador e controlador que você tem.
Você não é Deus...apesar de pensar que é.
Ria da sua disciplina tola, seus trejeitos ridículos, sua ausência de cumplicidade com a vida.
Ria da sua miséria, do seu desajuste.
A sua gula obsessiva,
Seu caminhar desajeitado,
Seus versos sem rimas,
Suas piadas repetidas,
Sua roupa de mau gosto,
Ria, porque no fundo, apenas o riso exerce alguma função realmente fenomenológica digna de apreciação.

Apenas o riso é filosoficamente sério.

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