quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Poema do anonimato

Vejo pessoas passarem
E passo por tantas pessoas
De onde vêm, para onde vão?
Que histórias abrigam no peito?
Fazem amor? Fogem do amor?
Quantos enredos cinematográficos cada uma destas vidas poderia inspirar.
Conflitos mal resolvidos, dramas sem fim, lutos, perdas, paixões, alegrias...
Meu Deus!!! Como é rica e como é pobre a vida!
Qual será o sentido de cada uma destas narrativas.
Passam apressadas,
Algumas eufóricas,
Outras acabrunhadas, assustadas, acuadas.
Correndo do predador?
Fugindo da vida?
Para onde se refugiam quando a dor chega, se é que a dor algum dia saiu.
Algumas parecem animais acuados,
Encontram-se armadas,
Enojadas.
Buscam um grande amor?
Buscam sentido na vida?
Buscam a morte?
Na verdade seu mundo é um segredo,
Afinal, o coração do homem é um poço profundo,
Indecifrável.
Temos tantos mundos escondidos dentro de nosso próprio mundo.
Tantas ameaças, trincheiras, porteiras,
Tantas estradas, vilas, vielas.
Nem sei porque pegamos esta via, se nem mesmo estamos conscientes para onde estamos indo,
De quem estamos fugindo.
Nada, poeira cósmica, universo anônimo...
Meu nome é ninguém.

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