quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Natal sob diferentes prismas

É tudo uma questão de ponto de vista:
Para muitos, natal é a melhor época do ano,
Para outros, a data mais depressiva:
Aumentam os suicídios,
A solidão,
A saudade.
O que fazer quando nada pode ser feito?

Como percebe o natal aquele que não encontra motivos para celebrar?
Pobres que não podem trazer presentes aos filhos?
Crianças que vêem os outros carregados de souvenirs,
Com a massificante propaganda na TV?
Como percebe o natal os palácios repletos de convidados,
Com pessoas com um buraco negro na alma?
Com experiência de abandono e vazio?
Com presentes cada vez mais caros e com menos sentido?
Nem sempre as festas natalinas são boas:
No corpo daqueles que sofrem,
Naquele cujas emoções estão esfaceladas,
Na visão do pobre sem recursos,
E do rico sem alma?
Como se encontra os encarcerados nos leitos dos hospitais,
Os encarcerados na angústia da solidão e da culpa,
Na dor de quem perdeu o amado.
Meu Deus,
Será que um dia o natal deixará de ser tão ambíguo?
Vai cumprir o propósito para o qual foi feito?
Visitar a monotonia dos pastores,
Satisfazer o misticismo dos magos,
Inquietar os palácios com seus Herodes,
Questionar o universo vazio dos religiosos,
Dar sentido aos pobres,
Levar os ricos a depositarem seus presentes?
Quando o natal vai se plenificar em nós?
Nos ensinar que a história dos homens só faz sentido,
Quando invadido pela história de Deus?

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