O povo de Deus já se estava escravizado por muitos anos pelo exército inimigo. Foram longos e árduos dias de opressão, impotência, humilhação e pesados impostos. Até que, “o rei Jeoacaz se lembrou do Senhor e fez súplicas diante de Deus, e o Senhor o ouviu.” (2 Rs 13.4)
Ao ler este texto fiquei refletindo sobre a oração. Duas ideias vieram à minha mente:
Primeira, durante todos estes anos de opressão o rei não orou? Será que ele não considerou a “possibilidade” de que Deus o pudesse ouvir? Será que não tinha fé suficiente para orar, ou sua atitude de independência espiritual era assim tão autossuficiente que ele era capaz de viver de modo independente e autônomo, sem depender de Deus?
Neste caso, fiquei considerando se não fazemos a mesma coisa diante da vida e da tribulação. Enfrentamos o medo, a angústia, o desemparo e a doença, mas ainda assim não nos aproximamos de Senhor. Por que demoramos tanto em buscar, nos aproximar de Deus, mesmo quando as coisas estão tão difíceis?
A segunda, é que ele orava, mas sua oração não era com a intensidade necessária. Neste relato, a Bíblia diz que ele “fez súplicas diante de Deus, e o Senhor o ouviu”. Súplica é diferente de oração. Súplica é a oração que sai com lágrimas, vem do íntimo, é profunda e dramática. Quando Tiago relata a oração de Elias, ele afirma que Elias era um homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e “orou com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu”. (Tg 5.17). A NVI afirma que “Ele orou fervorosamente”.
Esta é a diferença, muitas vezes não oramos com a intensidade necessária, com o fervor necessário. E muitas vezes, sequer oramos... mesmo diante de grandes aflições...
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