O apóstolo João foi enviado como prisioneiro político para Patmos, onde fazia trabalho escravo e a esperança parecia ter chegado ao fim. Idoso, distanciado das pessoas que amava, enfrentando seu isolamento social, ele precisava discernir alguma coisa que estivesse na “meta-história”, isto é, para além dos eventos políticos e humanos, algo que pudesse lhe trazer esperança.
Sua primeira visão em Apocalipse 1 foi a de Jesus que assim se apresenta: “Não temas: eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno”. “Não temas!”. Jesus lhe encoraja para que não se tornasse refém do medo das circunstâncias. Em seguida, Jesus fala de suas credenciais. Quem é Jesus?
No capítulo 4 está escrito: “Depois destas coisas, olhei e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado.” (Ap 4.1,2). Qual a visão de João? Alguém está assentado no trono. O trono não está vazio. Não está vago, esperando alguém para se assentar nele. O trono tem dono, tem quem o governe. As coisas não estão fora do controle de Deus.
O trono é o verdadeiro centro do universo. Não é um centro geográfico, geocêntrico ou, mas espiritual. Aqui vemos também a verdadeira filosofia da história. Os jornais, a mídia e as revistas, nos relatam os fatos, mas tais fatos tratam apenas de realidades secundárias. A causa suprema de todas as coisas, a verdadeira mente, o porque procede do trono pode dizer. Nada está excluído de sua vontade. O trono é o centro de tudo!
Desta forma – e apenas assim – somos capazes de interpretar a história com os olhos de Cristo. Você tem conseguido ver a história na perspectiva do governo de Deus, ou ainda a contempla como uma mera sucessão de desencontros, acasos ou coincidências?
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