quinta-feira, 10 de junho de 2021

Como devemos adorar?



 

Em dias de pós-verdade, não-verdade, meias-verdades, relativização da verdade, podemos erroneamente acreditar que a verdade não é objetiva, isto é, ela depende da interpretação de cada um; que ela é relativa: depende da narrativa que se constrói; e que ela é plural, cada um adota a verdade que quer.

 

Isto tem profunda implicação na nossa adoração.

De repente, podemos erroneamente acreditar que devemos adorar a Deus do jeito que acharmos certo. É o discipulado no qual o discípulo estabelece as condições. Não é Jesus quem determina! É o suposto adorador. Desta forma, podemos adorar a Deus do jeito que quisermos, do jeito que for mais conveniente, e do jeito que acharmos que é correto.

 

Mas as regras da adoração na Bíblia são bem claras. Deus é quem estabelece a forma como ele quer ser adorado. Caim ofereceu sua oferta ao Senhor, mas Deus não a recebeu. Nadabe e Abiú levaram uma adoração e Deus os rejeitou. Uzá morreu ao tocar na arca, pois o fez de uma forma que desagradou ao Senhor. Saul trouxe oferendas da forma que entendeu que era certo, mas Deus não as aceitou.

 

Amós, afirma: “Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembleias solenes não tenho nenhum prazer.” (Am 5.21). Isaias: “Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios?” (Is 1.12). Deus não aceita nossa adoração da maneira que quisermos ou do jeito que acharmos mais correto. Devemos adorar a Deus, como Deus exige que o adoremos. Moisés entendeu bem esta questão: “ofereceremos sacrifícios ao Senhor, nosso Deus, como ele nos disser.” (Ex 8.27)

 

Não determinamos como Deus deve ser adorado. Ele determina. Adoração, portanto, não deve ser de qualquer jeito, mas do jeito que o Deus santo determina.

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