domingo, 24 de dezembro de 2006

A preguiça

O preguiçoso trabalha mais...
Ele procura não fazer, tenta não fazer, enrola para não fazer,
Procrastina, diz que não vai dar...
Mas o trabalho precisa ser feito,
E ele sempre trabalha mais.
Trabalha porque o serviço lhe é exigido,
Trabalha porque precisa arrumar uma enorme quantidade de argumentos para justificar sua ineficiência e incompetência.
Trabalha mais porque faz mal feito,
E quando se faz mal feito precisa desmanchar e fazer de novo.
A preguiça e ineficiência são irmãs.
Trabalha mais porque não consegue descansar antes do dever cumprido.
Trabalha mais porque trabalha sem inteligência:
Dói pensar, dói fazer, dói amar, dói comer, dói viver.
Trabalha mais porque a frouxidão faz cair o teto,
Porque torna sua existência muito mais pesada.
O preguiçoso acha “trabalhoso” levar a comida à boca.
Tem que correr atrás no inverno quando deveria ter feito reservas no verão, o tempo certo.
Aqui trabalha mais, porque precisa trabalhar na chuva fria, no vento frio, no desconforto.
O preguiçoso está sempre correndo atrás do prejuízo,
Perde boas oportunidades e tem que viver atrás de chances ruins,
Porque não sabe aproveitar as boas oportunidades que surgem.
O preguiçoso trabalha mais porque não se previne,
“dá muito trabalho...”
Existe a preguiça relacionada a atividades, tarefas que precisam ser feitas,
Mas existe ainda um tipo diferenciado de preguiça:
Preguiça existencial: dói viver!
Preguiça mental: dói pensar!
Preguiça espiritual: dói amar a Deus.
Quem encontra dificuldade para viver, aumenta o peso de sua existência.
De fato, o preguiçoso, em todas circunstâncias, sempre trabalha mais.

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