Recentemente o governo Americano levantou uma enorme celeuma sobre o uso e comércio do filtro solar. Descobriu-se, por exemplo, que protetores com fator abaixo de 15% não protegem, e acima de 50, possuem componentes químicos que colocam em risco a pele do usuário, e que é falsa propaganda afirmar que são à prova d’água. No máximo se pode dizer quanto tempo ficarão na pele.
É inegável o valor do filtro solar, embora alguns questionamentos podem ser levantados. Cresci na cidade de Gurupi-TO, onde o calor e o sol são abrasivos, apesar de não ver os nativos usando filtro solar, raramente se ouve falar de pessoas com câncer de pele. Naturalmente a um caucasiano que fosse morar na região, seria prudente andar sempre com filtro solar.
A respeito deste assunto convidaram Ivo Pitanguy, respeitável cirurgião plástico para dar sua opinião no programa “Bom Dia Brasil”, e no final da entrevista pediram-lhe que desse algumas dicas de beleza, e ele respondeu: “Não deixem de gostar do sol, porque o sol é vida, ele faz bem e as crianças e os adultos também necessitam dele, pois provê boa quantidade de vitamina necessária para o organismo. A pessoa no seu dia a dia, não deve usar protetor solar. Estar em companhia de outro ser humano é essencial. A beleza é interna e o estado de espírito é que contam”.
Qual era o assunto mesmo? Ah!!! Filtro solar. Pitanguy simplesmente fugiu do assunto... para mim ficou claro. Estamos cuidando da saúde, fazendo ginástica, alimentos naturais, creme anti-envelhecimento, mas e nossas emoções e relacionamentos?
Tenho um amigo que não ingere nada que tenha lactose. Não bebe leite, não come queijo de espécie alguma, e é crítico severo de quem se atreve a ter tais hábitos alimentares. Baseado nas suas leituras chegou à conclusão de que estes produtos fazem muito mal ao ser humano. Talvez ele esteja certo, no entanto, não consegue deixar de fumar, e passou anos seguidos sem dirigir uma palavra ao seu filho...
Fazemos discursos sobre filtro solar que ocupam jornais por uma semana inteira, mas nos esquecemos de nosso coração. A Bíblia diz: “Guarda o teu coração, porque dele procedem todas as fontes da vida”. Nosso problema de saúde não é o câncer de pele, mas da alma. Nossas grandes enfermidades não são resultantes de infecções, bactérias e parasitas, mas de amarguras, ausência de relacionamentos significativos e paz interior.
terça-feira, 28 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Educação com Culpa
Educação de filhos, em todas as épocas, nunca foi uma tarefa fácil, e se torna ainda mais complexa em nossos dias quando valores e pressupostos estão sendo constantemente postos em xeque. Antes de acharmos que esta geração tem algum problema, é melhor colocar os holofotes sobre nós mesmos.
É muito fácil dizer que a atual geração é problemática, que os filhos não tem respeito pelos pais, que não sabem limites, ou que são isto ou aquilo. John Lennon afirmava que “toda geração tende a culpa a geração anterior”, mas o fato é que os garotos e garotas de hoje foram criados por nós. Eles refletem a educação que lhe demos, é nosso sub-produto. De alguma forma permitimos ou induzimos nossos filhos a serem o que são, já que foram criados por nós.
Filhos reproduzem modelos familiares e sociais. Lares legalistas geram filhos legalistas, sociedade violenta gera violência. O mesmo se dá com a intolerância, liberalismo e indisciplina. Os pais modernos esqueceram que foram chamados à paternidade e resolveram ser psicólogos de seus filhos. Não deu certo! Filhos, num primeiro momento, não precisam de terapia, mas sim de pais.
Por não saberem o que é certo ou errado, os pais estão confusos e tendem a assumir uma educação ambivalente e contraditória e os filhos percebem e manipulam os ansiosos e inseguros pais. Assim, quando precisam assumir uma posição firme e clara, sentem-se culpados, afinal, eles mesmos não sabem o que fazer. Se não existe o certo e o errado, então, por que exigir dos filhos uma atitude ou outra?
Recentemente o Fantástico apresentou um quadro de uma adolescente promíscua. Ela tem vários parceiros sexuais ao mesmo tempo e não quer ser aborrecida pelos pais, aliás, a figura paterna sequer aparece na discussão. Então, a mídia traz orientadores que censuram a mãe de forma indireta dizendo: “Temos que entender esta geração. Os jovens de hoje pensam assim mesmo”, e a mãe, confusa e envergonhada, não sabia como se posicionar diante da atitude de promiscuidade da filha. Antigamente a sociedade dava nome claro a este comportamento e todos sabiam que isto era falta de vergonha! Mas hoje, em nome da tolerância e liberdade, pais culpados não conseguem mais educar.
Educar vem do grego Paidéia, donde procede a palavra pedagogia, e significa conduzir, tomar pela mão, orientar. Tal atitude dos mentores implicava em dizer: “Ande por aqui!”, ou “Não ande por este caminho!” e exigia disciplina. Mas como apontar caminhos se não sabemos se existe um caminho? O que fazer se somos conduzidos pela culpa e nos encontramos perdidos?
Alguém afirmou que não existem filhos problemas, mas pais problemas. Nossa educação para esta geração chega com mais de 20 anos de atraso, já que deveria ter chegado na educação dos pais atuais. Confusos, assustados, acuados, desorientados e guiados por culpa e dor.
É muito fácil dizer que a atual geração é problemática, que os filhos não tem respeito pelos pais, que não sabem limites, ou que são isto ou aquilo. John Lennon afirmava que “toda geração tende a culpa a geração anterior”, mas o fato é que os garotos e garotas de hoje foram criados por nós. Eles refletem a educação que lhe demos, é nosso sub-produto. De alguma forma permitimos ou induzimos nossos filhos a serem o que são, já que foram criados por nós.
Filhos reproduzem modelos familiares e sociais. Lares legalistas geram filhos legalistas, sociedade violenta gera violência. O mesmo se dá com a intolerância, liberalismo e indisciplina. Os pais modernos esqueceram que foram chamados à paternidade e resolveram ser psicólogos de seus filhos. Não deu certo! Filhos, num primeiro momento, não precisam de terapia, mas sim de pais.
Por não saberem o que é certo ou errado, os pais estão confusos e tendem a assumir uma educação ambivalente e contraditória e os filhos percebem e manipulam os ansiosos e inseguros pais. Assim, quando precisam assumir uma posição firme e clara, sentem-se culpados, afinal, eles mesmos não sabem o que fazer. Se não existe o certo e o errado, então, por que exigir dos filhos uma atitude ou outra?
Recentemente o Fantástico apresentou um quadro de uma adolescente promíscua. Ela tem vários parceiros sexuais ao mesmo tempo e não quer ser aborrecida pelos pais, aliás, a figura paterna sequer aparece na discussão. Então, a mídia traz orientadores que censuram a mãe de forma indireta dizendo: “Temos que entender esta geração. Os jovens de hoje pensam assim mesmo”, e a mãe, confusa e envergonhada, não sabia como se posicionar diante da atitude de promiscuidade da filha. Antigamente a sociedade dava nome claro a este comportamento e todos sabiam que isto era falta de vergonha! Mas hoje, em nome da tolerância e liberdade, pais culpados não conseguem mais educar.
Educar vem do grego Paidéia, donde procede a palavra pedagogia, e significa conduzir, tomar pela mão, orientar. Tal atitude dos mentores implicava em dizer: “Ande por aqui!”, ou “Não ande por este caminho!” e exigia disciplina. Mas como apontar caminhos se não sabemos se existe um caminho? O que fazer se somos conduzidos pela culpa e nos encontramos perdidos?
Alguém afirmou que não existem filhos problemas, mas pais problemas. Nossa educação para esta geração chega com mais de 20 anos de atraso, já que deveria ter chegado na educação dos pais atuais. Confusos, assustados, acuados, desorientados e guiados por culpa e dor.
domingo, 12 de junho de 2011
A Riqueza Indígena
Comemoramos no dia 19 de Abril o dia do Índio. Para Daniel Munduruku, de uma tribo do Pará, formado em história e psicologia, e um dos primeiros índios com doutorado no Brasil, “Manter-se vivo é a maior contribuição que o índio pode dar ao Brasil... Ao manterem-se vivos, esses povos vão trazer uma riqueza cultural, espiritual, moral, que só faz bem ao Brasil... Infelizmente, o país ainda não despertou para isso. Não percebeu que a grande contribuição dos indígenas para o Brasil, é a existência dos indígenas”.
Um dos bons amigos que tenho é da tribo Macuxi, Roraima, e que viveu até os 12 anos entre seu povo. Ouvir suas histórias, ter um lampejo de sua cosmovisão e entender a leitura de mundo que ele traz é para mim uma pós graduação em Antropologia Cultural. Certamente ele enfrenta ambigüidades que não são fáceis de serem administradas, porém, sua sensibilidade para determinadas áreas da vida, sua relação com o Sagrado e sua riqueza de alma, traz uma grandeza que sempre enriquece meu coração.
Perder esta diversidade cultural nos empobrece culturalmente. Atualmente existem 250 povos indígenas teimosamente falando 180 línguas no Brasil. Ao ser chamado de “Índio”, Munduruku ironiza afirmando que não é um índio. Para ele, “índio”, é uma denominação genérica que não reflete o que eles realmente são. “Antes de ser índio, pertenço a um grupo específico, que tem suas crenças, tradições, seus rituais e uma forma própria de lidar com o mundo. Uma forma diferente, inclusiva, dos outros povos que vivem ao redor da gente”.
Conviver, apreciar, aprender com outros povos é uma riqueza maravilhosa. Quem pode estar certo de que nossa percepção e visão de mundo é a melhor?
Eis algumas riquezas que devemos considerar: (a)- Povos minoritários colocam em xeque a cultura do individualismo. Para eles, o senso comunitário deve sempre prevalecer sobre o indivíduo, e sua prática social corresponde à visão que possuem. Um resgate desta visão não nos enriqueceria? (b)- E quando pensamos na nossa cultura de ganância, acúmulo e poupança? O desapego indígena por coisas é contracultural e também deve nos ensinar. (c)- E nossa relação com o ecossistema? O Ocidente tende a ver a natureza como alguma coisa a ser conquistada, mas para povos indígenas, o meio ambiente é um companheiro de caminhada nesse planeta.
Muitas áreas poderiam ser consideradas nesta abordagem, por isto é importante considerar quão pobre nos tornamos ao desprezarmos a riqueza da cosmovisão indígena. Quanta riqueza estamos jogando fora...
Um dos bons amigos que tenho é da tribo Macuxi, Roraima, e que viveu até os 12 anos entre seu povo. Ouvir suas histórias, ter um lampejo de sua cosmovisão e entender a leitura de mundo que ele traz é para mim uma pós graduação em Antropologia Cultural. Certamente ele enfrenta ambigüidades que não são fáceis de serem administradas, porém, sua sensibilidade para determinadas áreas da vida, sua relação com o Sagrado e sua riqueza de alma, traz uma grandeza que sempre enriquece meu coração.
Perder esta diversidade cultural nos empobrece culturalmente. Atualmente existem 250 povos indígenas teimosamente falando 180 línguas no Brasil. Ao ser chamado de “Índio”, Munduruku ironiza afirmando que não é um índio. Para ele, “índio”, é uma denominação genérica que não reflete o que eles realmente são. “Antes de ser índio, pertenço a um grupo específico, que tem suas crenças, tradições, seus rituais e uma forma própria de lidar com o mundo. Uma forma diferente, inclusiva, dos outros povos que vivem ao redor da gente”.
Conviver, apreciar, aprender com outros povos é uma riqueza maravilhosa. Quem pode estar certo de que nossa percepção e visão de mundo é a melhor?
Eis algumas riquezas que devemos considerar: (a)- Povos minoritários colocam em xeque a cultura do individualismo. Para eles, o senso comunitário deve sempre prevalecer sobre o indivíduo, e sua prática social corresponde à visão que possuem. Um resgate desta visão não nos enriqueceria? (b)- E quando pensamos na nossa cultura de ganância, acúmulo e poupança? O desapego indígena por coisas é contracultural e também deve nos ensinar. (c)- E nossa relação com o ecossistema? O Ocidente tende a ver a natureza como alguma coisa a ser conquistada, mas para povos indígenas, o meio ambiente é um companheiro de caminhada nesse planeta.
Muitas áreas poderiam ser consideradas nesta abordagem, por isto é importante considerar quão pobre nos tornamos ao desprezarmos a riqueza da cosmovisão indígena. Quanta riqueza estamos jogando fora...
Cabelos Lisos, Idéias Enroladas
No dia 08 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher. Esta data é ao mesmo tempo dedicada à celebração da figura feminina e uma forma de protesto contra a violência e a opressão que historicamente tem sido infligida à mulher.
Existe ainda muita dor pairando sobre a condição da mulher. Dezenas de países aliam três elementos que tem sido devastador para a libertação feminina: (a)- Cultura de Opressão - construída por milênios, passando de pais para filhos. Neste caso, o problema está no fato de que, a opressão sequer é percebida, e muitas mulheres mantém este status quo de oprimida, por não serem capazes de julgar sua própria condição; (b)- Religião de Dominação – que dá um caráter espiritual à condição feminina de subordinação. O pior tipo de tirania é a religiosa, porque sacraliza atitudes e comportamentos; (c)- Política de exploração – Que facilmente lança mal da religião dominante para justificar suas práticas desumanas. Estes três elementos resultam sempre num tsunami de humilhação, exploração e dependência. São vozes silenciadas e choros não revelados.
No mundo Ocidental, a violência é mais silenciosa, encoberta no verniz do politicamente correto. Desta forma, negamos o direito da mulher pobre, da lavradora e da doméstica, o acesso à educação, saúde e liberdade. Negamos, privamos ou omitimos o direito de voz e vez, de oportunidades iguais, com a retórica dos políticos inescrupulosos que insistem num sistema de escolas mal cuidadas, de saúde precária e com políticas feitas para manter o status de dependência.
Falhamos ainda em denunciar a opressão gerada pela ideologização da beleza, que atinge meninas pobres e ricas, e deixa um rastro de mulheres anoxéricas e bulímicas, insatisfeitas com o seu corpo; temos sido também incapazes de denunciar a angústia da mulher moderna que vai para o mercado de trabalho a fim de satisfazer a ditadura do consumo. Nestes casos, as mulheres são livres para pensar e expressar suas idéias, mas ainda assim escravizadas por conceitos.
Isto nos leva a pensar na conhecida frase de Jean Jacques Rousseau: “O homem é livre, mas por toda parte encontra-se a ferros”. A opressão mudou de endereço, e faz novas incursões e abordagens. Isto é, os cabelos estão lisos, mas as idéias, ainda continuam enroladas.
Existe ainda muita dor pairando sobre a condição da mulher. Dezenas de países aliam três elementos que tem sido devastador para a libertação feminina: (a)- Cultura de Opressão - construída por milênios, passando de pais para filhos. Neste caso, o problema está no fato de que, a opressão sequer é percebida, e muitas mulheres mantém este status quo de oprimida, por não serem capazes de julgar sua própria condição; (b)- Religião de Dominação – que dá um caráter espiritual à condição feminina de subordinação. O pior tipo de tirania é a religiosa, porque sacraliza atitudes e comportamentos; (c)- Política de exploração – Que facilmente lança mal da religião dominante para justificar suas práticas desumanas. Estes três elementos resultam sempre num tsunami de humilhação, exploração e dependência. São vozes silenciadas e choros não revelados.
No mundo Ocidental, a violência é mais silenciosa, encoberta no verniz do politicamente correto. Desta forma, negamos o direito da mulher pobre, da lavradora e da doméstica, o acesso à educação, saúde e liberdade. Negamos, privamos ou omitimos o direito de voz e vez, de oportunidades iguais, com a retórica dos políticos inescrupulosos que insistem num sistema de escolas mal cuidadas, de saúde precária e com políticas feitas para manter o status de dependência.
Falhamos ainda em denunciar a opressão gerada pela ideologização da beleza, que atinge meninas pobres e ricas, e deixa um rastro de mulheres anoxéricas e bulímicas, insatisfeitas com o seu corpo; temos sido também incapazes de denunciar a angústia da mulher moderna que vai para o mercado de trabalho a fim de satisfazer a ditadura do consumo. Nestes casos, as mulheres são livres para pensar e expressar suas idéias, mas ainda assim escravizadas por conceitos.
Isto nos leva a pensar na conhecida frase de Jean Jacques Rousseau: “O homem é livre, mas por toda parte encontra-se a ferros”. A opressão mudou de endereço, e faz novas incursões e abordagens. Isto é, os cabelos estão lisos, mas as idéias, ainda continuam enroladas.
Ação e Reação
Este é uma Lei da Física: Para toda ação existe uma reação igual e contrária. Muitos tentam aplicar este princípio nos relacionamentos, para justificar atitudes de oposição e de vingança quando uma determinada ação lhes causa ferida. No entanto, a vida não precisa ser sempre assim: Para toda ação, é possível produzir outra ação diferente, que não precisa ser igual, nem contrária, mas criativa.
Um dos escritores mais apreciados na literatura mundial é Dostoievski. Enojado da complacente, superficial e autogratificante sociedade corrupta da Rússia no Século 19, viu em seus dias o surgimento de muitos grupos radicais e revolucionários, e ainda jovem foi atraído por um destes movimentos, sendo por isto preso e exilado na Sibéria. Ao invés de se tornar ainda mais extremista, esta dura experiência o fez radicalizar-se no sentido oposto.
No início do seu confinamento, foi visitado por uma mulher notável, Natalya Fonsivina, que lhe deu um Novo Testamento, sua referência de leitura naqueles dias solitários na gélida Sibéria. Durante quatro anos, enquanto aguardava sua sentença, manteve este livro debaixo de seu travesseiro, lendo e relendo seu conteúdo várias vezes. Além disto, começou a compartilhar suas leituras com outros prisioneiros, e chegou até mesmo a ensinar um dos condenados a ler usando o mesmo.
O efeito deste livro em seu coração foi poderoso. Ao invés de seguir as utopias socialistas e anarquistas, passou a agir segundo o modelo de Cristo, que vivia sua experiência no meio de ambivalências, absurdos e sofrimentos.
Depois de 10 anos de exílio, foi libertado e se dedicou a escrever, criando personagens que criticavam a sociedade, não por uma atitude radical, mas buscando uma existência simples e até mesmo julgada “idiota”, como no príncipe Myshkin, que passa a viver no meio de “pessoas vazias que, na sua altivez, não percebiam que sua nobreza era apenas um verniz, pelo qual eles não eram responsáveis, pois o tinham adquirido inconscientemente como herança”.
Myshkin é simples, que não entende muito bem como a engrenagem social funciona, nem os truques da burguesia. Ele parece ser tolo em relação à realidade que o cerca, mas no meio de todo este caos, de uma sociedade trivial, que valoriza as pessoas pela origem familiar, ele se torna o personagem central de pessoas obsessivas e ansiosas, loucas por reputação social, dinheiro ou sexo.
Myshkin é significativo pela sua capacidade de ser gente, de amar, de ser simplesmente humano e até mesmo quando passa a exercer influência, não se deixa seduzir pelo poder e nem possui esquemas ou razões pessoais e egocêntricas. Ele simplesmente ama as pessoas e as respeita, até mesmo Fillipovna, uma poderosa figura emocional do romance, uma mulher aflita e explorada socialmente, que encontra a chance de ser entendida, respeitada e amada pelo príncipe.
Ações e reações são gestos mecânicos. Respostas condicionadas por uma sociedade vingativa e auto centrada. Jesus ensinou: “Mais bem aventurado é dar que receber”, e definitivamente, não estava criando um slogan para pugilistas e campeões de “vale-tudo”. Estava nos ensinando a viver um estilo de doação e entrega. Apesar de sermos feridos eventualmente, não precisamos transformar nossa vida num “ringue”, onde “toda ação corresponde a uma reação igual e contrária”.
Um dos escritores mais apreciados na literatura mundial é Dostoievski. Enojado da complacente, superficial e autogratificante sociedade corrupta da Rússia no Século 19, viu em seus dias o surgimento de muitos grupos radicais e revolucionários, e ainda jovem foi atraído por um destes movimentos, sendo por isto preso e exilado na Sibéria. Ao invés de se tornar ainda mais extremista, esta dura experiência o fez radicalizar-se no sentido oposto.
No início do seu confinamento, foi visitado por uma mulher notável, Natalya Fonsivina, que lhe deu um Novo Testamento, sua referência de leitura naqueles dias solitários na gélida Sibéria. Durante quatro anos, enquanto aguardava sua sentença, manteve este livro debaixo de seu travesseiro, lendo e relendo seu conteúdo várias vezes. Além disto, começou a compartilhar suas leituras com outros prisioneiros, e chegou até mesmo a ensinar um dos condenados a ler usando o mesmo.
O efeito deste livro em seu coração foi poderoso. Ao invés de seguir as utopias socialistas e anarquistas, passou a agir segundo o modelo de Cristo, que vivia sua experiência no meio de ambivalências, absurdos e sofrimentos.
Depois de 10 anos de exílio, foi libertado e se dedicou a escrever, criando personagens que criticavam a sociedade, não por uma atitude radical, mas buscando uma existência simples e até mesmo julgada “idiota”, como no príncipe Myshkin, que passa a viver no meio de “pessoas vazias que, na sua altivez, não percebiam que sua nobreza era apenas um verniz, pelo qual eles não eram responsáveis, pois o tinham adquirido inconscientemente como herança”.
Myshkin é simples, que não entende muito bem como a engrenagem social funciona, nem os truques da burguesia. Ele parece ser tolo em relação à realidade que o cerca, mas no meio de todo este caos, de uma sociedade trivial, que valoriza as pessoas pela origem familiar, ele se torna o personagem central de pessoas obsessivas e ansiosas, loucas por reputação social, dinheiro ou sexo.
Myshkin é significativo pela sua capacidade de ser gente, de amar, de ser simplesmente humano e até mesmo quando passa a exercer influência, não se deixa seduzir pelo poder e nem possui esquemas ou razões pessoais e egocêntricas. Ele simplesmente ama as pessoas e as respeita, até mesmo Fillipovna, uma poderosa figura emocional do romance, uma mulher aflita e explorada socialmente, que encontra a chance de ser entendida, respeitada e amada pelo príncipe.
Ações e reações são gestos mecânicos. Respostas condicionadas por uma sociedade vingativa e auto centrada. Jesus ensinou: “Mais bem aventurado é dar que receber”, e definitivamente, não estava criando um slogan para pugilistas e campeões de “vale-tudo”. Estava nos ensinando a viver um estilo de doação e entrega. Apesar de sermos feridos eventualmente, não precisamos transformar nossa vida num “ringue”, onde “toda ação corresponde a uma reação igual e contrária”.
Fazendo escolhas certas
Para toda convergência de nossa história surgem possíveis e razoáveis opções ou caminhos que podemos tomar, e que, ao serem assumidos, poderão trazer realização e alegria ou frustração e tristeza. Toda decisão tem o poder de determinar radicalmente o nosso futuro. Toda decisão é uma de-cisão, isto é, implica numa ruptura porque preciso dizer sim a uma oferta que recebo e não à outra opção que tenho. Por isto J. P. Sartre afirmava: “Eu sou a minha decisão”. Minha decisão sempre demonstra o que sou.
Ao tomarmos decisões, devemos lembrar que podemos optar pelo que quisermos, mas nossas opções trazem sempre um “pacote” de resultados. Podemos escolher o que quisermos, mas não podemos fugir das conseqüências que tais escolhas trarão sobre nossas vidas. Ao decidir, determinamos as direções e por isto também, o impacto destas escolhas.
Por isto, ao decidir, considere sempre uma recomendação que o próprio Deus faz ao seu povo. Deus afirma que abençoaria aqueles que “escolhiam aquilo que lhe agradava e àqueles que abraçavam sua aliança” (Cf Is 56.4; 65.12; 66.4). Por isto, escolha sempre o que agrada a Deus. “Nunca viole os princípios de Deus se você deseja ganhar ou manter as bençãos de Deus” (Andy Stanley).
Eventualmente achamos que não vale a pena seguir a Deus. Esta tentação foi proposta por Lúcifer quando Adão e Eva ainda estavam no Paraíso. Nossos pais acharam razoável a proposta de independência que Satanás fizera, e resolveram desobedecer a Deus. O resultado tem sido catastrófico desde então. Jesus, nos ensinava que aqueles que fazem escolhas pensando em agradar a Deus, nunca serão envergonhados ou confundidos.
Independentemente da escolha que fizermos e as possibilidades que a vida nos oferece, escolha aquilo que agrada a Deus. Atalhos e desvios parecem muitas vezes atraentes, mas o fim deles é sempre o precipício. Escolher a Deus é fazer escolhas pela sua oferta e pelo que ele propõe. Andar com Deus sempre traz resultados maravilhosos para esta vida e para a eternidade.
Na tentação, Jesus foi exposto à tentação do conforto, da popularidade, do caminho fácil, de manipular o sagrado em benefício próprio e para impressionar pessoas, mas Jesus se recusou a todas elas. Afinal, ele sabia que qualquer oferta que implicasse em adorar outro ser ao invés de Deus, não valia a pena. Satanás lhe prometeu poder e riqueza: “Todos os reinos da terra te darei se prostrado me adorares”. Mas Jesus respondeu: “Só ao Senhor adorarás e só a ele darás culto”. Fez sua escolha. E determinou sua história de liberdade.
Ao tomarmos decisões, devemos lembrar que podemos optar pelo que quisermos, mas nossas opções trazem sempre um “pacote” de resultados. Podemos escolher o que quisermos, mas não podemos fugir das conseqüências que tais escolhas trarão sobre nossas vidas. Ao decidir, determinamos as direções e por isto também, o impacto destas escolhas.
Por isto, ao decidir, considere sempre uma recomendação que o próprio Deus faz ao seu povo. Deus afirma que abençoaria aqueles que “escolhiam aquilo que lhe agradava e àqueles que abraçavam sua aliança” (Cf Is 56.4; 65.12; 66.4). Por isto, escolha sempre o que agrada a Deus. “Nunca viole os princípios de Deus se você deseja ganhar ou manter as bençãos de Deus” (Andy Stanley).
Eventualmente achamos que não vale a pena seguir a Deus. Esta tentação foi proposta por Lúcifer quando Adão e Eva ainda estavam no Paraíso. Nossos pais acharam razoável a proposta de independência que Satanás fizera, e resolveram desobedecer a Deus. O resultado tem sido catastrófico desde então. Jesus, nos ensinava que aqueles que fazem escolhas pensando em agradar a Deus, nunca serão envergonhados ou confundidos.
Independentemente da escolha que fizermos e as possibilidades que a vida nos oferece, escolha aquilo que agrada a Deus. Atalhos e desvios parecem muitas vezes atraentes, mas o fim deles é sempre o precipício. Escolher a Deus é fazer escolhas pela sua oferta e pelo que ele propõe. Andar com Deus sempre traz resultados maravilhosos para esta vida e para a eternidade.
Na tentação, Jesus foi exposto à tentação do conforto, da popularidade, do caminho fácil, de manipular o sagrado em benefício próprio e para impressionar pessoas, mas Jesus se recusou a todas elas. Afinal, ele sabia que qualquer oferta que implicasse em adorar outro ser ao invés de Deus, não valia a pena. Satanás lhe prometeu poder e riqueza: “Todos os reinos da terra te darei se prostrado me adorares”. Mas Jesus respondeu: “Só ao Senhor adorarás e só a ele darás culto”. Fez sua escolha. E determinou sua história de liberdade.
O que dirige sua vida?
Rick Warren, no seu conhecido livro “A vida com propósitos”, que já vendeu mais de 20 milhões de exemplares ao redor do mundo, afirma o seguinte: “Todo e qualquer indivíduo tem sua vida dirigida por algo”. E enumera algumas destas forças que dirigem os seres humanos, na maioria negativas:
1. Muitos são dirigidos pela culpa – Tais pessoas são manipuladas por lembranças e passam a vida inteira fugindo do remorso e ocultando sua vergonha, culpando a si mesmas por sabotarem o próprio sucesso.
2. Muitos são dirigidos por rancor e raiva – Se apegam a mágoas e não conseguem superá-las, e assim se fecham interiorizando sua dor ou explodem sobre os outros manifestando sua frustração, embora saibam que nada poderá mudar o seu passado;
3. Muitos são dirigidos pelo medo – Agem de maneira cautelosa, evitam riscos para manter a situação vigente. Mas o medo é mau conselheiro e impede a pessoa de desenvolver sua criatividade e alegria interior.
4. Muitos são dirigidos pelo materialismo – Acreditam que seu objetivo é adquirir e amontoar coisas. Acreditam que ter mais o tornará mais feliz, importante e protegido. Mas os três pensamentos são falsos. Pensam que sua auto-estima e patrimônio são a mesma coisa. No entanto, a verdadeira proteção só pode ser encontrada naquilo que nunca poderão tomar de você – seu relacionamento com Deus.
5. Muitos são dirigidos pela necessidade de aprovação – Permitem que as expectativas dos outros controlem sua vida. Outros são dirigidos pela pressão social, seguem a multidão e acabam perdidos nela. Ele afirma: “Não conheço todas as chaves do sucesso, mas uma chave para o fracasso é tentar agradar a todos”.
Para que nossa vida encontre valor, precisamos de propósitos. Pois são os “propósitos” que tornam nossa vida significativa, e sem Deus a vida não tem relevância ou esperança. É preciso esperança para viver e para vencer. Ter propósitos também simplifica a vida, já que ele define o que você faz e o que você não faz e isto torna sua agenda mais simplificada. Além de tudo, sugere Warren, conhecer o propósito direciona sua vida. Vivemos nos dias de hoje numa constante “distração, sem objetivos”.
Propósitos claros nos estimulam a viver e nos preparam para a eternidade. A paixão se esvai quando falta propósito, e viver buscando um legado na terra é, em última instância, um objetivo pequeno, já que todos troféus serão um dia jogados no lixo. Precisamos construir um legado eterno.
O que tem dirigido sua vida?
1. Muitos são dirigidos pela culpa – Tais pessoas são manipuladas por lembranças e passam a vida inteira fugindo do remorso e ocultando sua vergonha, culpando a si mesmas por sabotarem o próprio sucesso.
2. Muitos são dirigidos por rancor e raiva – Se apegam a mágoas e não conseguem superá-las, e assim se fecham interiorizando sua dor ou explodem sobre os outros manifestando sua frustração, embora saibam que nada poderá mudar o seu passado;
3. Muitos são dirigidos pelo medo – Agem de maneira cautelosa, evitam riscos para manter a situação vigente. Mas o medo é mau conselheiro e impede a pessoa de desenvolver sua criatividade e alegria interior.
4. Muitos são dirigidos pelo materialismo – Acreditam que seu objetivo é adquirir e amontoar coisas. Acreditam que ter mais o tornará mais feliz, importante e protegido. Mas os três pensamentos são falsos. Pensam que sua auto-estima e patrimônio são a mesma coisa. No entanto, a verdadeira proteção só pode ser encontrada naquilo que nunca poderão tomar de você – seu relacionamento com Deus.
5. Muitos são dirigidos pela necessidade de aprovação – Permitem que as expectativas dos outros controlem sua vida. Outros são dirigidos pela pressão social, seguem a multidão e acabam perdidos nela. Ele afirma: “Não conheço todas as chaves do sucesso, mas uma chave para o fracasso é tentar agradar a todos”.
Para que nossa vida encontre valor, precisamos de propósitos. Pois são os “propósitos” que tornam nossa vida significativa, e sem Deus a vida não tem relevância ou esperança. É preciso esperança para viver e para vencer. Ter propósitos também simplifica a vida, já que ele define o que você faz e o que você não faz e isto torna sua agenda mais simplificada. Além de tudo, sugere Warren, conhecer o propósito direciona sua vida. Vivemos nos dias de hoje numa constante “distração, sem objetivos”.
Propósitos claros nos estimulam a viver e nos preparam para a eternidade. A paixão se esvai quando falta propósito, e viver buscando um legado na terra é, em última instância, um objetivo pequeno, já que todos troféus serão um dia jogados no lixo. Precisamos construir um legado eterno.
O que tem dirigido sua vida?
Só me faltava esta…
No livro Por uma vida Melhor, distribuído pelo MEC recentemente, para quase meio milhão de alunos relativiza-se as regras de concordância do Português e defende que a maneira como as pessoas usam a língua deixa de ser classificada como certa ou errada e passe a ser considerada adequada ou inadequada, dependendo da situação. Isto significa que não é errado deixar de concordar artigo com substantivo. Autores da publicação e o próprio MEC dizem que a idéia é apresentar as diferentes formas de falar existentes no país.
A defesa de que o aluno não precisa seguir algumas regras da gramática para falar de forma correta pode ser ilustrada na página 14 do livro, na frase: "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado", com a explicação: "Na variedade popular, basta que a palavra ‘os’ esteja no plural". "A língua portuguesa admite esta construção". Na página 15, antecipando as críticas, surge a seguinte questão: "Mas eu posso falar 'os livro'?". E a resposta dos autores: "Claro que pode. Mas com uma ressalva, dependendo da situação a pessoa corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”.
Heloísa Ramos, uma das autoras do livro, afirma que a intenção é mostrar que o conceito de correto e incorreto deve ser substituído pela idéia de uso adequado e inadequado da língua. “O ensino que a gente defende e quer da língua é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas, diferentes situações de comunicação para que a desenvoltura linguística aconteça”, declarou ela. Segundo o MEC, é preciso se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar e que a escrita deve ser o espelho da fala.
Honestamente falando... Só me faltava esta! Aqueles que são responsáveis por nortear a língua pátria, resolveram que falar “Nóis fumo e vortemo”, não é mais errado. “Eita coisa de doido, trein!”.
Sabe o que eu acho de tudo isto? Ridículo! Este negócio de relativizar tudo já tem causado uma série de confusão na ética, e agora na gramática. Portanto, sombra e luz é a mesma coisa, como afirma o hinduísmo; Lúcifer e Jesus são irmãos, como afirmam os mórmons; macho e fêmea são a mesma coisa, já que nada pode ou consegue se diferenciar, e assim vamos neste trem maluco da relatividade absurda.
Que medo é este que a gente está vivendo de dizer que “A Verdade é o que é” (Sócrates); porque precisamos sempre da dialética hegeliana que insiste em dizer que quando as coisas são diferentes, mesmo assim podem ser iguais?
Senso de justiça e direito só pode existir se considerarmos que determinadas atitudes são legais e outras, ilegais. Só pode existir verdade se houver mentira, só pode existir luz se houver trevas, não precisamos confundir certo e errado para termos síntese. Todo nosso ser clama por paradigmas e absolutos, ainda que isto faça Hegel se mexer no seu túmulo. Esta tentativa de fazer o certo errado e o errado certo criam absurdos como os que agora verificamos na atitude do MEC, que com recursos públicos, isto é, com o meu o seu imposto, resolva agora deseducar. Afinal, se "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado" é correto, “espia só, gente, este negócio vai deixar nóis doidin, sô!”.
A defesa de que o aluno não precisa seguir algumas regras da gramática para falar de forma correta pode ser ilustrada na página 14 do livro, na frase: "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado", com a explicação: "Na variedade popular, basta que a palavra ‘os’ esteja no plural". "A língua portuguesa admite esta construção". Na página 15, antecipando as críticas, surge a seguinte questão: "Mas eu posso falar 'os livro'?". E a resposta dos autores: "Claro que pode. Mas com uma ressalva, dependendo da situação a pessoa corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”.
Heloísa Ramos, uma das autoras do livro, afirma que a intenção é mostrar que o conceito de correto e incorreto deve ser substituído pela idéia de uso adequado e inadequado da língua. “O ensino que a gente defende e quer da língua é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas, diferentes situações de comunicação para que a desenvoltura linguística aconteça”, declarou ela. Segundo o MEC, é preciso se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar e que a escrita deve ser o espelho da fala.
Honestamente falando... Só me faltava esta! Aqueles que são responsáveis por nortear a língua pátria, resolveram que falar “Nóis fumo e vortemo”, não é mais errado. “Eita coisa de doido, trein!”.
Sabe o que eu acho de tudo isto? Ridículo! Este negócio de relativizar tudo já tem causado uma série de confusão na ética, e agora na gramática. Portanto, sombra e luz é a mesma coisa, como afirma o hinduísmo; Lúcifer e Jesus são irmãos, como afirmam os mórmons; macho e fêmea são a mesma coisa, já que nada pode ou consegue se diferenciar, e assim vamos neste trem maluco da relatividade absurda.
Que medo é este que a gente está vivendo de dizer que “A Verdade é o que é” (Sócrates); porque precisamos sempre da dialética hegeliana que insiste em dizer que quando as coisas são diferentes, mesmo assim podem ser iguais?
Senso de justiça e direito só pode existir se considerarmos que determinadas atitudes são legais e outras, ilegais. Só pode existir verdade se houver mentira, só pode existir luz se houver trevas, não precisamos confundir certo e errado para termos síntese. Todo nosso ser clama por paradigmas e absolutos, ainda que isto faça Hegel se mexer no seu túmulo. Esta tentativa de fazer o certo errado e o errado certo criam absurdos como os que agora verificamos na atitude do MEC, que com recursos públicos, isto é, com o meu o seu imposto, resolva agora deseducar. Afinal, se "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado" é correto, “espia só, gente, este negócio vai deixar nóis doidin, sô!”.
A Beleza está no coração
Era sábado à tarde, e um amigo estava tirando uma soneca quando foi acordado por uma belíssima música francesa que vinha da casa vizinha. Em geral somos acordados com sons estridentes de música sertaneja, hip-hop e funk (que me perdoem os amantes destes estilos de música...); e então, como queria conhecer o novo vizinho e nunca tivera oportunidade de conversar com ele, decidiu ir ao seu encontro. Tocou a campainha, e depois de aguardar algum tempo, surgiu alguém, que não era o vizinho, mas era o irmão que viera vigiar a casa enquanto o dono viajara. Ele estava visivelmente encharcado. Então, meu amigo explicou que como ouvira aquela lindíssima música, aproveitara para conhecê-lo, e o bêbado, com ar de filósofo disse: “A beleza está no coração daquele que a contempla”. Meu amigo disse: “Além de ter bom gosto musical, era também um pensador...”
O conhecido Pe.António Vieira (1608/1697) no Sermão da Sexagésima diz: “Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três cousas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. Que cousa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo? Para essa vista são necessários olhos, é necessário luz e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento. Ora suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus?”.
Nossos olhos precisam de luz. Jesus afirmou: “Se os olhos forem luminosos, todo o corpo o será”. O que determina nosso humor, comportamento e atitudes é a forma como vemos a vida. Por isto, quem tem olhos luminosos, terá um corpo iluminado. Quem tem coração para ver o belo, assim verá e interpretará a vida. O livro Sagrado de Provérbios afirma: “para o amargo, todos os dias são maus!”.
Beleza, prazer, contentamento tem a ver com a leitura que fazemos da vida. Você tem olhos luminosos? Seu coração decodifica o belo? As coisas ao seu redor estão repletas de luz ou de graça? Quem vê o belo, assim o faz, porque o coração soube interpretar os fatos cotidianos na perspectiva certa.
O conhecido Pe.António Vieira (1608/1697) no Sermão da Sexagésima diz: “Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três cousas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. Que cousa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo? Para essa vista são necessários olhos, é necessário luz e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento. Ora suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus?”.
Nossos olhos precisam de luz. Jesus afirmou: “Se os olhos forem luminosos, todo o corpo o será”. O que determina nosso humor, comportamento e atitudes é a forma como vemos a vida. Por isto, quem tem olhos luminosos, terá um corpo iluminado. Quem tem coração para ver o belo, assim verá e interpretará a vida. O livro Sagrado de Provérbios afirma: “para o amargo, todos os dias são maus!”.
Beleza, prazer, contentamento tem a ver com a leitura que fazemos da vida. Você tem olhos luminosos? Seu coração decodifica o belo? As coisas ao seu redor estão repletas de luz ou de graça? Quem vê o belo, assim o faz, porque o coração soube interpretar os fatos cotidianos na perspectiva certa.
Assinar:
Postagens (Atom)