Gn 2.18-25; Mt 19.4-6
Casamento não é um projeto a curto prazo. Não entramos nesta aliança com prazo de validade determinado. O projeto de Deus é que o casamento dure “até que a morte separe.” Um poeta brasileiro afirmou que antes de casar deveríamos perguntar: “Esta é a pessoa com a qual gostaria de passar o resto de meus dias?”
Andar por opção e decisão ao lado de uma pessoa, implica em estar ao seu lado em todos os momentos, aponta para um apoio incondicional, de suporte e fidelidade em todos os momentos. Isto é desafiador...
Para uma geração marcada pelo amor líquido e pela fluidez dos relacionamentos, isto pode parecer ameaçador, porque cada vez mais os laços interpessoais na sociedade contemporânea são entendidos como processos em constante movimento, sujeitos a mudanças, de acordo com desejos e circunstâncias dos indivíduos envolvidos. Essa fluidez implica para um compromisso mais superficial a longo prazo, ainda que o desejo por conexões duradouras exista.
O projeto de Deus não está condicionado aos ditames sociais e variações culturais. Relacionamentos “on-demand", onde as pessoas buscam satisfazer necessidades emocionais e sociais imediatas, com menos investimento em laços profundos e de longo prazo não fazem parte do design original da criação. “O que Deus ajuntou, não o separe o homem.”
Compartilhar a história de alguém, ser parceiro e testemunha da sua vida é um dos mais fascinantes privilégios humanos. A facilidade de formar e desfazer laços pode levar a relacionamentos mais superficiais e a um sentimento de isolamento. A instabilidade e a incerteza nos relacionamentos podem gerar ansiedade e insegurança emocional afetando a saúde mental, e desconstruir a própria noção de comunidade de vínculos.
“Contigo sempre” é uma afirmação corajosa de confrontar a geração que equivocadamente insiste em dizer: “Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo E todo mundo é meu também.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário