No final do século VIII a.C., (722 a.C.) Samaria, capital de Israel foi capturada pelos Assírios, que a destruiu levando alguns sobreviventes como escravos. Em 701 a.C., o rei da Assíria, Senaqueribe, cerca Jerusalém, mas não conseguiu capturá-la. A destruição de Jerusalém só acontecerá em 586 a.C. pelos babilônios, marcando o fim do Reino de Judá e o início do exílio babilônico.
Na primeira tentativa, frustrada, Rabsaqué afrontou Jerusalém, e ironizou a atitude do piedoso rei Ezequias, que insistia em colocar sua confiança em Deus, afinal, os deuses de todas as terras vizinhas não puderam proteger suas terras, porque seria diferente com o povo de Israel?
Isaias foi consultado, e diante da arrogância da Assíria que pensava que tudo tinha sido pelo seu poder e sua força, o profeta respondeu: “Por acaso, você não ouviu que há muito tempo, eu, o Senhor, determinei estas coisas, e que já desde os dias remotos as tinha planejado? Agora eu as faço acontecer.” (2 Rs 19.25). Os comandantes achavam que a estratégia, força e poder, tinham conquistado tudo, mas Deus afirma: “Vocês só fizeram isto, porque fazia parte do meu plano.”
Os eventos não acontecem pela força bélica nem pelo poder dos homens, seja politico, econômico, estratégia ou inteligência. As coisas acontecem porque Deus não apenas planeja, mas faz com que elas aconteçam. Daniel sintetiza isto ao arrogante rei Nabucodonozor dizendo: “O teu reino tornará a ser teu, depois que tiveres conhecido que o céu domina.” (Dn 4.26).
Este é um grande desafio à nossa fé. Muitas vezes achamos que os eventos se dão sem o governo de Deus, mas a Bíblia insiste em declarar que absolutamente nada acontece sem a permissão de Deus. Ele governa, soberano. Ele é Deus sobre todas as coisas.
Rev. Samuel Vieira
Nenhum comentário:
Postar um comentário