Ao iniciar a leitura da Bíblia, não é muito difícil ler o livro de Gênesis, ainda que surjam algumas dúvidas teológicas em alguns relatos. Mas quando avançamos na leitura, muitos encontram dificuldades para entender os textos bíblicos relacionados às leis que foram dadas ao povo de Israel. Os detalhes sobre as normas civis e os sacrifícios, podem se tornar cansativas e repetitivas.
Deus estava orientando seu povo sobre como deveria viver. Existem três tipos de leis: civis, morais e religiosas. As primeiras se aplicam ao sistema teocrático de governo. Nem sempre são aplicáveis à nossa realidade social porque vivemos num sistema democrático, e não teocrático. As leis religiosas, estavam relacionadas aos princípios “litúrgicos”, como o povo deveria se portar diante de Deus. Descreve os sacrifícios e oferendas. As leis morais, quando ratificadas no Novo Testamento, ainda possuem sua vigência.
As ofertas ilustram bem os princípios litúrgicos. Vários aspectos revelam como Deus exigia que as oferendas fossem feitas.
A. Toda oferta deveria ser das “primícias”. (Ex 34.25; Nm 15.18) Dos primeiros frutos, não do que sobrava ou poderia ser descartado. Isto demonstra que Deus exige o melhor de nós, não o resto.
B. Os dízimos (10% da renda) deveriam ser trazidos a Deus. (Lv 27.30) Isto aponta para a proporcionalidade. Quem ganhava muito deveria doar muito, e quem recebia pouco, dava proporcional ao ganho.
C. As ofertas deveriam ser de “aroma agradável a Deus”. (Nm 15.3,10,13) Esta é uma ideia interessante, demonstrando que, para Deus, não importa apenas o que damos, mas como trazemos nossas ofertas. Deus precisa se agradar de quem somos e das ofertas que trazemos.
A partir dos princípios, vamos aprendendo mais sobre a Lei e como ela deve ser aplicada a nós. Pensando desta forma, a leitura da Lei se torna proveitosa e atraente.
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