Fico admirado com alguns relatos precisos sobre profecias que foram dadas a homens de Deus. O profeta Ezequiel relata: “Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia, do quarto mês, que estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus e eu tive visões de Deus.” (Ez 1.1)
Observe a riqueza de detalhes.
1. Ele registra o dia, o mês e o ano em que ele teve a profecia. Só faltou registrar a hora. Por que esta riqueza de detalhe? Porque ouvir a voz de Deus é algo tão extraordinário e singular, que precisa ser relatada pormenorizadamente.
Uma coisa que aprendemos na história é que “Deus não fala muito.” Por quê? Porque ele zela pela sua palavra. “Se ele prometeu ele há de cumprir, e se ele falou, é certo que fará.” Quando tantos afirmam “Deus me falou”, de forma displicente e cotidiano, precisamos indagar. Deus realmente falou ou alguém presumiu que Deus falou?
2. Outro aspecto importante. Deus fala ao profeta no meio do povo. Ele estava no meio da crise, da perplexidade e da dor. Deus fala no “meio dos exilados”, de pessoas ainda tentando entender organizar a vida, tentando entender o que lhes aconteceria daí em diante. Eles estavam expatriados e roubados de seus sonhos e planos. Deus se revela no meio da confusão e do caos.
3. Terceiro, os céus se abrem. A manifestação de Deus na história, especialmente no meio da confusão e dor, é impactante. A eternidade se abre e o sobrenatural se encontra com o natural. O Eterno se manifesta na história.
Deus quer falar a cada um de nós. Ele sussurra sua voz, misteriosamente, não sabemos de onde vem o vento nem para onde vai. Mas Deus certamente se manifesta a cada um de nós, abrindo os céus e nos dando esperança, quando tudo parece caótico e confuso. Assim é o nosso Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário