sexta-feira, 21 de junho de 2019

A dimensão mais profunda da Lei


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Sempre que nos referimos à Lei do Antigo Testamento, pensamos em suas exigências duras e aspectos externos, porque na maioria das vezes, aqueles que ainda hoje acreditam que sua salvação depende da obediência e não da obra de Cristo, o fazem colocando sua confiança nos aspectos visíveis da Lei.

Entretanto, quando lemos o Antigo Testamento de forma mais profunda, observamos que o propósito de Deus transcendia os aspectos externos e ritualistas, mas tinha como objetivo, levar o coração do homem a um nível mais profundo de adoração.

Em Josué 22.5 observamos: “Tende cuidado, porém, de guardar com diligência o mandamento e a Lei que Moisés, servo do Senhor, vos ordenou: que ameis o Senhor vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus mandamentos, e vos achegueis a ele, e o sirvais de todo o vosso coração e de toda vossa alma”. Portanto, não se tratava de uma guarda externa da Lei, mas o desejo de Deus é que estivessem envolvidos os afetos: “Que ameis o Senhor”, bem como a intimidade “e vos achegueis a ele”. O alvo não era a guarda externa, mas o amor a Deus que precisava ser vivenciado.

Por esta razão Jesus foi muito rigoroso com aqueles que insistiam em tratar a Lei de forma externa e superficial. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança”.

O objetivo da lei, não era apenas a guarda exterior dos mandamentos, mas o coração, para que através dele, a dimensão mais profunda da espiritualidade, os motivos e intenções envolvendo os afetos, estivessem presentes. “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de todas as tuas forças, de toda a tua mente”. Quando a obediência à Lei é apenas externa, ela transforma adoradores em legalistas, e substitui a intimidade pela religiosidade, que se satisfaz em ritos e legalismo, mas nunca atingem o coração.

Rev. Samuel Vieira


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