Existem duas formas de lermos a Palavra de Deus: Para alguns, “Nem tudo que está na Bíblia é verdade, e nem tudo que está fora da Bíblia é mentira”. Podemos concordar quanto ao segundo ponto, mas rejeitamos a primeira idéia. A Bíblia neste caso conteria erros e caberia ao exegeta dizer o que é certo e o que é errado. Não seria a Bíblia a determinar o verdadeiro, mas a perspectiva daquele que a estuda. Esta é a linha do método histórico crítico e do pensamento liberal da crítica das formas rejeitado veementemente pelas igrejas bíblicas.
Para outros, “o que está na Bíblia é completamente verdadeiro, mas nem tudo o que é verdade, está na Bíblia”. Esta é a abordagem que adotamos, do método histórico gramatical. Neste caso, a Bíblia é a revelação, embora Deus não tenha esgotado todo seu pensamento na Bíblia. Cabe ao homem através do estudo, pesquisa e ciência, observar a natureza, analisar e trazer novas percepções daquilo que Deus deixou para que o homem descobrisse.
A Bíblia, portanto, não é um texto de biologia, física quântica ou medicina molecular. Seu objetivo não é desvendar os mistérios da ciência, mas nos revelar o plano da salvação realizado por Cristo no Calvário. Ao inspirar os escritores do texto sagrado, Deus não estava interessado em responder questões filosóficas e intelectuais, mas aos anseios do coração do homem.
Os Guiness afirma: “Toda verdade é verdade de Deus!”, esteja ela na Bíblia, ou não. Einstein disse que como cientista ele estava “pensando os pensamentos de Deus”. A Bíblia não é exaustiva no seu conteúdo, mas é inerrante na sua abordadem.
Certa vez perguntaram ao Dr. Russel Shedd se ele cria que Jonas havia sido realmente engolido por um grande peixe, e ele tranquilamente respondeu: “Claro que sim. Se a Bíblia me dissesse que Jonas engoliu um grande peixe, eu também creria”. Quando assim pensamos, é porque vemos a Bíblia como autoritativa sobre nós. Olhamos para seu conteúdo não para julgá-lo, mas para nos submetermos a ele, entendendo que é a Palavra de Deus.
02.jan, 2011
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