terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

30 anos de Ministério

No dia 11 de Janeiro de 2011, completei 30 anos de ordenação ministerial. Eu havia terminado o curso de teologia em Campinas, SP, aos 21 anos, tendo sido enviado pelo Presbitério de Goiânia, que em 1977 se estendia até Araguaína-TO. Em 1981, já havia dividido e era agora o Presbitério de Anápolis, e minha ordenação se deu em Uruaçu-GO.
Tendo atendido a todas as exigências constitucionais da igreja: Sermão de prova, tese, exegese e exame oral, o presbitério carente de pastores me ordenou em 11.jan.1981, e me designou para pastorear três campos: Formoso, Minaçú e Campinorte. Curiosamente, a Igreja Central de Anápolis, através do Rev. Saulo, pediu minha designação para esta igreja, mas dado à necessidade de obreiros fui para outras direções apontadas por Deus, através do Concílio.
No ano seguinte aceitei o convite para ser pastor de Vila Nova/Vila Morais. Me casei em 1983, e por 6 anos estive em Goiânia. Em 1988-89 pastoreei a Igreja Presbiteriana de Brasília, e em 1990-1994 na Gávea (Rio). Em meados de 94, convidado pela Presbyterian Church in American, fui designado para plantar igrejas nos Estados Unidos. Estive diretamente e indiretamente envolvido com 5 projetos: South River (New Jersey); Cambridge, East Boston, Marlborough e Framingham (Massachussets). Em 2002, tomamos a decisão de retornar ao Brasil, e depois de algumas sondagens, recebemos o convite da Igreja presbiteriana Central de Anápolis. Neste ano de 2011, iniciamos nosso 9º ano de pastorado nesta igreja.
Olhando em retrospectiva, vejo a graça e a bondade de Deus em todas as coisas. Durante 30 anos de ministério, só tive um presbítero que me deu dor de cabeça, desconfio seriamente da legitimidade de sua fé, pois hoje o mesmo afastou-se da igreja e é membro ardoroso de uma instituição filosófica secreta.
Vimos a graça de Deus se manifestando na vida de muitas pessoas: Lindas e surpreendentes conversões, milagres físicos, vimos o mover de Deus em alguns momentos especiais. Experimentamos desânimo, enfrentamos lutas espirituais, opressão, e lidamos com algumas sérias confrontações malignas. Em tudo temos sido mais que vencedores pela graça de Deus.
Reconhecemos que estamos do meio para o fim. Hoje, aos 51 anos me pergunto: Será que ainda terei tempo de desenvolver outros 30 anos de ministério, com formato obviamente diferente? Como será a nova fase de trabalhar com menos saúde e ímpeto, mas com mais experiência? Não gostaria de perder o assombro pelas coisas celestiais, a celebração e a alegria em reconhecer que limites apenas apontam para as possibilidades de Deus que faz forte ao cansado, e dá sonhos aos velhos.
Sonho em não perder o vigor e a paixão por Deus, o prazer das coisas criadas, a alegria de chupar uma manga gostosa, tocar viola com os amigos, comer churrasco, pescar um piau com emoção, e continuar amando de forma mais profunda amigos leais, gente querida, filhos e netos (se Deus me der), e a mulher de minha vida.

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