quinta-feira, 25 de agosto de 2022

A surpreendente resposta de Cristo



 

Joao Batista, o precursor do ministério de Cristo, e que o anunciou com grande convicção, entusiasmo e paixão, foi preso por Herodes e ali na cadeia, começou a experimentar um tempo de solidão, depressão, tentações e dúvidas. Não é assim que acontece conosco quando passamos por tribulações, oposição e sofrimento? Não nos sentimos igualmente fragilizados? Maior que a masmorra de Herodes, João Batista foi a masmorra de dúvidas que o acometeu.

 

Diante disto, ele enviou dois de seus discípulos para perguntar a Jesus: “És tu aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?” (Lc 7.20) Sua pergunta tinha a ver com a esperança messiânica que todo judeu piedoso abrigava em seu coração. Que resposta Jesus deveria dar? Ele poderia explicar todo o processo teológico, dar razões hermenêuticas e históricas, citar as 600 passagens do Antigo Testamento que se cumpriram em sua vida, lançar mão da apologética, mas ele não deu nenhuma destas respostas.

 

O evangelista Lucas narra que “naquela hora, curou Jesus muitos de moléstias, e de flagelos, e os de espíritos malignos, e deu vista a muitos cegos.” Sua resposta não foi lógica nem argumentativa, mas experimental. Depois de realizar milagres, respondeu: “Ide e anunciai a João, o que vistes e ouvistes.” (Lc 7.22)

 

Muitas pessoas estão repletas de dúvidas sobre a validade do Evangelho e da mensagem da Bíblia. Marcadas por questionamentos existenciais e tentando entender a fé cristã racionalmente. A resposta de Jesus deve ser um referencial para nossas vidas também. Não seremos convencidos por argumentos, mas pela vivência com Jesus. A experiencia pessoal com ele é intransferível e inquestionável. Só ela pode verdadeiramente nos convencer.

 

Você tem dúvidas sobre sua fé? Insegurança quanto ao Evangelho?  Ore para que Deus lhe dê a graça de ter esta percepção espiritual e experimentar seu poder e amor. A resposta de Cristo precisa ser visceral, atingir nossos sentidos, destravar nossos ouvidos e ampliar nossa visão. Só esta resposta pode nos convencer.

 

Rev. Samuel Vieira

 

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