Os discípulos não entenderam muito bem a notícia desorganizada e empolgada das mulheres, que foram as primeiras testemunhas ao falarem da ressurreição de Cristo. Elas foram cedo ao túmulo para ungir seu corpo com bálsamos, mas se esqueceram de perguntar quem removeria a pedra para que pudessem colocar os perfumes sobre o corpo de Jesus que estava envolvido com lençois, como era o costume da época.
Ao chegarem no túmulo, se encontraram com um ser celestial. Sua aparência não era humana, havia um brilho e fascínio diferente em seu rosto. “Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está mais aqui; ressuscitou como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mt 28.5-6). Agora, apressadas, e tomadas de medo e grande alegria, correram para anunciar aos discípulos a grande notícia.
Eram no mínimo cinco mulheres: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, e algumas outras cujos nomes não foram registrados. A empolgação delas, entretanto, foi recebida com desprezo e incredulidade. “Tais palavras lhes pareciam um como delírio, e não acreditaram nelas.” (Lc 24.11). Foi uma ironia de Deus, escolher as mulheres em primeiro plano para serem testemunhas da ressurreição, considerando o fato de que elas não podiam, sequer, serem testemunhas em um tribunal. Mas agora, Deus as escolhe, para presenciarem o maior evento da história: A ressurreição.
Os discípulos incrédulos foram averiguar os fatos, checar as informações. Tudo era verdade. E voltaram para casa, maravilhados como o que havia acontecido. Foi o encontro com o Senhor ressuscitado que arrancou os discípulos de sua perplexidade e desesperança, restaurou sua fé abatida e encheu-os de jubilosa certeza da vitória, que continuou a ser o elemento vital na igreja Primitiva dando aos primeiros cristãos o poder de morrerem pela verdade de Cristo.
Rev. Samuel Vieira
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