Dois evangelistas relatam a oferta da viúva pobre. Marcos (Mc 12.41-44) e Lucas (Lc 21.1-4). A forma como Jesus observa a doação das ofertas parece indiscreta, porque Lucas relata que Jesus ficou ali na porta do tempo observando as pessoas lançaram suas ofertas no gazofilácio. Imagine se em nossos dias. um pastor se colocasse diante do ofertante, fazendo uma leitura crítica de quanto cada um está dando. Pareceria estranho, você não acha?
Mas o texto traz algumas lições interessantes sobre a forma de doar:
Primeiro, Deus observa o a forma que damos e o que damos. Eu ainda era adolescente quando o tesoureiro de minha igreja de origem comentou tristemente que alguém colocara uma nota danificada como oferta na igreja cuja moeda não servia para mais nada.
Segundo, Jesus considera importante a oferta sacrificial. Não apenas o que resta, mas a que exige de nós, isto é, algo que nos custe. Davi comentou: “...porque não oferecerei ao SENHOR, meu Deus, sacrifícios que não me custem nada.” (2 Sm 24.24). Afinal, ” fé que não custa nada, não vale nada!
Terceiro, Jesus apreciou a dependência e confiança daquela mulher, na provisão de Deus. “da sua pobreza ela deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.” (Lc 21.4). Só doa de forma tão voluntária quem está absolutamente certo de que Deus é quem supre as necessidades.
Quarto, a melhor medida da fidelidade não é o que damos, mas o que retemos. O texto afirma que Jesus “viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio.” (Lc 21.1). Deus não fica impressionado com o volume do que damos. Ele se agrada da fidelidade e do amor. Por isto exalta a oferta da viúva pobre.
Que Deus nos ajude.
Rev. Samuel Vieira