quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Igreja e Cidadania


Por não ser um gueto nem viver isolada da sua realidade histórica, a igreja é sempre desafiada a se posicionar acerca de temas controvertidos e de atuar na cidade, como participante da construção de uma sociedade melhor. A igreja sempre cooperou na construção de um mundo melhor, seja através da política, do cuidado com os pobres e desamparados, da pregação do evangelho que tira as pessoas da superstição e obscurantismo e que livra de vícios e da destruição pessoal familiar, seja através de escolas, hospitais e participação social.

Todo este envolvimento da igreja pode ser chamado de cidadania ou participação política. Deus recomendou várias ações ao seu povo exilado na Babilônia, convivendo com uma sociedade hostil e violenta: “Edificai casas e habitai nelas; plantai pomares e comei o seu fruto. Tomai esposas e gerai filhos e filhas, tomai esposas para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; multiplicai-vos aí e não vos diminuais. Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei; porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.5-7).

Tais ordens poderiam ser facilmente cumpridas, se se referissem a Jerusalém, mas Deus ordena que o povo participe, engajando-se e buscando uma comunidade melhor, naquela que seria o paradigma da cidade mais hostil a Deus: A Babilônia. Esta cidade é o protótipo da injustiça e da oposição a Deus, mas Deus ordena a seu povo que participe da sua construção moral, financeira e até mesmo ecológica.

Este é o chamado de Deus ao seu povo ainda hoje. Estamos no dia da eleição para presidente, senadores, deputados federais e estaduais no Brasil. Votar é uma forma de engajamento e cidadania, mas ainda é pouco. Precisamos orar, envolver, lutar pelos valores humanos, pela segurança, saúde e educação, isto faz parte do chamado de Deus para sermos sal da terra e luz do mundo. A igreja é chamada a viver na sociedade e envolver-se nela como povo de Deus, abençoando pessoas e desafiando as trevas.
Que Deus nos ajude!

Samuel Vieira

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