O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica e o obscurantismo medieval que marcou a Igreja da Idade Média. No dia 31 de Outubro de 1517, de forma ousada, afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam pontos da doutrina, condenava a venda de indulgências, acentuava a Soberania de Deus, preconizava um retorno às Escrituras mostrando que a regra de conduta do cristão está na suficiente revelação de Deus em Cristo e nas Escrituras sagradas do Antigo e do Novo Testamento, condenou o culto à imagens e revogou o celibato.
No dia 31 de Outubro deste ano, celebramos os 500 anos da Reforma. Por que precisamos celebrar a Reforma Protestante?
Primeiramente, para resgatar a história – O povo que não tem memória é um povo ignorante. A história cria o link com uma identidade e uma causa. Quando falamos da reforma protestante do sec. XVI, estamos nos lembrando de um mover de Deus que mudou para sempre a cultura ocidental.
Em segundo lugar, resgatar a memória também nos ajuda a articular gestos futuros, desenhar novos projetos. A visão da Reforma pode ser sintetizada na clássica expressão: “Eclesia reformata, semper reformanda”. Quando se fala da história, cria-se o fundamento para novas projeções sobre o futuro. O maior erro que uma igreja pode cometer é o de não entender que necessita de reforma” (Jorge César Mota).
Em terceiro lugar, resgatar a memória nos ajuda a responder à questão: O que a Reforma nos ensina? Existem verdades que foram resgatadas nos dias de Lutero e Calvino, que nunca mais podem ser esquecidas, sob pena de novas corrupções surgirem. Os princípios da Sola Gratia, Sola fide, Sola Scriptura, Sola Christus e Soli Deo Glori são os fundamentos dos herdeiros da Reforma no Século XXI e assim devem ser mantidos.
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