Na experiência diária, procuramos
certezas que nem sempre são encontradas. Em determinadas situações, muitas
vezes o vocábulo “talvez” poderia ser mais adequado, ainda que nem sempre desejado.
Nem sempre ele é sinal de falta de fé e dependência de Deus. Mesmo na Bíblia
ele é usado em alguns casos e pode significar humildade, submissão e dependência
de Deus.
Veja alguns exemplos de “talvez”,
empregados na Bíblia:
Daniel afirmou a Nabucodonozor, o
arrogante rei da Babilônia: “Renuncia a
teus pecados... e à tua maldade. Talvez, continues a viver a viver em paz” (Dn 4.27); Amós interpelou o povo
de Israel: “Odeiem o mal e amem o bem e
ponham isso em prática, à vista de todos. Talvez o Eterno, o Senhor dos Exércitos, olhe para esse remanescente e tenha
misericórdia” (Am 5.15); Sofonias advertiu: “Busquem as estradas retas do Eterno. Busquem uma vida pacífica e
disciplinada. Talvez assim sejam
poupados no dia da ira do Eterno” (Sf 2.3); o assustado capitão do navio em
que Jonas estava afirmou: “Levante-se e
clame ao seu deus! Talvez ele veja
que estamos em apuros e nos salve! (A mensagem – Jn 1.6); Pedro advertiu
Simão, o mágico: “Arrependa-se de sua
maldade e ore ao Senhor. Talvez ele
lhe perdoe tal pensamento do seu coração”.
O talvez não deve ser empregado,
quando se trata da santidade e temor a Deus. Em matéria de eternidade, não podemos
ser dúbios e incertos. Não dá para ficarmos oscilando entre dois pensamentos,
se seguiremos a Deus ou a Baal, ou se postergaremos a nossa decisão de sermos
servos e discípulos de Cristo. Nestes casos, o talvez faz diferença para pior.
A não decisão é a decisão de não decidir. O talvez se torna mortal, quando isto
se dá!