segunda-feira, 2 de abril de 2012
É chegada a Páscoa!
As gôndolas dos supermercados estão repletas de alusões à Páscoa. Para os chocólatras e crianças enfeitiçadas pelas cores e formatos dos ovos de chocolate, esta data é mágica. Chegou a Páscoa! Com todo o seu fascínio sobre uma sociedade que busca pretexto para consumir. A indústria e o comércio agradecem os bons lucros aferidos.
A origem e o significado da páscoa, contudo, não tem nenhuma conexão com o que é exibido nas prateleiras. Páscoa originalmente vem do hebraico Peshah, e remonta a uma época muito antiga, quando o povo de Deus estava saindo do Egito em direção à terra prometida. O ambiente era tenso, violentas batalhas verbais entre Faraó e um bando de escravos em rebelião, liderados pelo desconhecido personagem Moisés. Nove pragas já haviam sido dispensadas sobre a nação egípcia, sinalizando o desejo de Yahweh em libertar o seu povo, no entanto, Faraó continuava irredutível no seu propósito de manter a mão de obra escrava sob seu domínio. A décima seria a morte dos primogênitos e todo povo judeu foi conclamado para entrar em casa, sacrificar um cordeiro e comer a carne, acompanhada de ervas amargas e com as mochilas prontas para viajar. O ambiente era de guerra, e Deus efetuou um enorme livramento sobre aquele povo como é bem conhecido na história.
No Novo Testamento, a Páscoa assume outra dimensão. Desta vez, outro Cordeiro é imolado, na véspera da páscoa judaica. Mais uma vez, o clima é tenso! Jesus, um homem que andava fazendo o bem entre o povo, curando e anunciando a chegada do reino de Deus, agora é acusado de conspiração contra o templo e contra a religião judaica, razão suficiente para a morte; foi também acusado de se auto-proclamar rei, tornando-se assim uma ameaça ao Império Romano, e por isto foi acusado de sedição.
O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, segue para a cruz, como ovelha muda perante seus tosquiadores, sem abrir sua boca. Ali, a verdadeira e definitiva páscoa se cumpre integralmente. Os cordeiros que foram mortos na páscoa judaica, apenas apontavam para outro Cordeiro, agora, o Deus encarnado, que haveria de vir. No Egito, a morte do cordeiro trouxe libertação, com o sinal do sangue nos portais das casas – Esta é a Páscoa Judaica; no Gólgota, outro sangue é derramado na cruz, o do Cordeiro Eterno – Esta é a páscoa cristã. Em ambas anuncia libertação da opressão, do cativeiro, do domínio de forças malignas e do pecado.
Qual a relação entre a páscoa judaica, a cristã, e a páscoa atual? Rigorosamente nenhuma. Em nossos dias, o coelho aparece como penetra da festa e usurpa o lugar do cordeiro. Um coelho mágico, que bota ovos de todas as cores e tamanhos, substitui e oculta o cordeiro. Páscoa não é a festa de coelho, o centro da páscoa é o Cordeiro. Trazer esta lembrança aos nossos corações é de fundamental importância. Afinal, na cruz de Cristo, temos o epicentro de toda história da redenção de Deus a favor da humanidade. Entender e acolher tal verdade em nosso coração tem implicações eternas. Trata-se de verdades espirituais e não podemos permitir que o coelho com sua cartola mágica, com sua elegância e simpatia, obscureça e oculte o grande significado da páscoa: Cristo morreu por nós para que vivamos por Ele!
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