Uma das expressões mais frequentes em Levítico, o terceiro livro a Lei do Antigo Testamento é que os sacrifícios deveriam ser de “aroma agradável ao Senhor.” Alguns exemplos: Lv 1.17; 2.3; 2.9; 2.12; 3.5; 3.16. Esta forma antropomórfica (dar forma a Deus), como se ele aspirasse pelas suas narinas o cheiro que exalava das ofertas, é muito simbólico e significativo.
Na verdade, esta expressão capta o sentido exato da adoração. Deus deseja que tudo o que fazemos, tudo o que ofertamos, tudo o que somos, chegue a ele como algo agradável. Quando Noé saiu da arca e fez um sacrifício a Deus, “O SENHOR sentiu o aroma agradável da adoração.” (Gn 8.21). Se o odor for desagradável, como mau cheiro ou cheiro de peixe podre, o Senhor não se agradará de nós, nem da adoração que lhe prestamos.
Os perfumes deixam rastro. Misturam-se com outros odores. Algumas vezes são difusos, outras vezes, intensos, inesquecíveis, grudam na nossa memória olfativa, despertam memórias sensoriais. Precisamos nos perguntar qual é a fragrância que exalamos para Deus.
Paulo afirma que somos para com Deus o bom perfume de Cristo. (2 Co 2.14) infelizmente podemos também exalar cheiro de morte, de podridão, de pecado, ou, talvez, não ter cheiro de nada.
O sacrifício pelos pecados do Antigo Testamento, eram agradáveis a Deus pois apontavam para o arrependimento e contrição. Os sacrifícios suaves, chegavam a Deus como oferta daqueles que faziam suas doações por amor. Os holocaustos deveriam também se tornar cheiro suave, pois apontavam para o sacrifício de Cristo, que exalou um aroma agradável ao Pai, como oferta que subiu aos céus pelos pecados do mundo.
Qual é a fragrância que exalamos em nossa vida? Como o Deus Santo tem recebido o que lhe temos dado?
Rev. Samuel Vieira
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