Conversão não é um ato isolado e não possui apenas uma vertente. Por isto precisa ser algo contínuo e diário, assim como o arrependimento. Lutero afirma na sua 1a. Tese (foram 95), que “a vida do cristão deve ser de penitência (arrependimento) diária”.
Portanto, os convertidos precisam de conversão.
Veja como Deus fala repetidamente ao seu povo: “Contudo, não vos convertestes a mim, diz o Senhor” (Amós 4.6,8,9,10,11). Israel era o povo de Deus, mas precisava de se converter, continuamente. Eles preferiam ser religiosos: ofereciam sacrifícios cada manhã (Am 4.5-6); frequentavam os lugares sagrados (Am 4.4; 5.5); entoavam cânticos a Deus (Am 5.23) e tinham cultos regulares (Am 5.21). Mas se recusavam a se converter. E Deus estava exigindo deles conversão.
Existem vários níveis de conversão:
1. Dos deuses falsos para o Deus verdadeiro – Isto acontece quando deixamos de lado superstições, paramos de construir ídolos, e não confiamos nos deuses seculares como posição, saúde, dinheiro, poder, status e reputação, e passamos a confiar apenas em Deus. Entendemos a armadilha de nos firmamos nos deuses falsos.
2. Do Eu para Deus – Não coloco a minha vida no centro. Percebo que o auto-enamoramento, o narcisismo, uma vida centrada no prazer e desejo precisa se render a orientação do Senhor. Há uma morte para meu eu. Acontece a crucificação com Cristo. Desisto de falsas seguranças.
3. Da minha estabilidade para a solidariedade – No livro de Amós, Deus profetiza contra seu povo, por “não se afligir com a situação do pobre” (Am 5.11,12; 6.6; 8.4-6). Precisamos nos converter à situação dos mais vulneráveis e aprender a servir.
4. Do desejo de acumular para o desejo de repartir – É a conversão do bolso. Meus recursos podem ser disponibilizados para o reino de Deus. Entendo o meu dinheiro como forma de glorificar a Deus. Bispo Paulo Ayres, da Igreja Episcopal do Recife afirmava que “bolso é o último a se converter, e o primeiro a esfriar”.
Nestes níveis de conversão, você pode afirmar que já está realmente convertido? Ou precisa de arrependimento e um retorno ao Senhor?
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