Esta expressão ocorre no 2 livro dos Reis: “” (2 Rs 24.2,4).
Esta expressão é surpreendente, porque a Bíblia afirma que “o Senhor é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno” (Sl 103.8). O termo “longânimo”, significa que Deus não tem “pavio curto” como muitos de nós, pelo contrário, ele demora para se irar. A expressão “assaz benigno” mostra que sua bondade é imensa. Por isto nos surpreende a expressão: “o Senhor não o quis perdoar”.
Na verdade a ira de Deus acontece algumas vezes na Bíblia de forma radical e desconcertante. Os amorreus, um antigo povo cananita, foi julgado duramente por causa de seu pecado (Gn 15.16). Mas entre a sentença de Deus e o julgamento, há um hiato de tempo de 400 anos (Js 11.3).
Deus não perdoa porque faça parte de sua natureza não perdoar, mas porque o homem não se sente compelido a reconhecer seu pecado e abandoná-lo. O perdão não vem porque falta misericórdia em Deus, mas porque falta arrependimento no pecador. Deus não perdoa, quando o pecador endurece seu coração e se torna empedernido na sua atitude de rebeldia e orgulho.
Jeoaquim foi julgado duramente pelo seu pecado, sua resistência e arrogância. Com ele sofreu toda a geração de Israel que veio a ser dispersada e levada para o cativeiro babilônico onde permaneceu exilada por 70 anos. Faltou arrependimento no rei, não faltou perdão em Deus.
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