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Geralmente
nos surpreendemos com a bondade de Deus.
O
profeta Jonas chegou até mesmo a se irritar com sua bondade, esta teria sido,
segundo ele mesmo declarou, uma das suas causas de não querer ser profeta entre
os ninivitas: “E orou ao Senhor e disse:
Ah! Senhor! Não foi isso o que eu te disse, estando ainda na minha terra? Por
isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e
misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te
arrependes do mal.” (Jn 4.2).
Jonas
tinha raiva de Deus, porque Deus era bom... O fato de Deus ser perdoador,
clemente e misericordioso, alguém que não reagia imediatamente com ira às
provocações humanas, e por ser bom, o irritava. Se Deus ao menos fosse mais
enérgico... menos perdoador... isto o agradaria mais. Jonas, o profeta, não
gostava da forma com Deus age – com bondade.
Eventualmente
reagimos assim, à bondade de Deus. Não temos nenhum problema quando ele nos
trata com bondade, ou é generoso ou pródigo com “gente boa”, mas quando Deus
trata com bondade o filho que voltou para casa depois de ter gasto todos seus
bens com meretrizes, nós ficamos irritados...
Jesus
ensinou algo surpreendente sobre Deus: “Ele
é benigno até com ingratos e maus” (Lc 4.35). É o que os teólogos chamam de
“graça comum”. Uma graça abundante e geral, a todos homens, indistintamente,
Deus concede favores a gente boa e gente ruim. O ciclo da natureza é assim.
Deus não manda chuvas apenas sobre a fazenda de um homem crente e temente a
Deus. Ele ordena a chuva a pessoas blasfemas, manda colheitas abundantes às
lavouras de pessoas que o desprezam, ordena benção a quem não tem nenhuma
consideração para com ele.
Esta
graça comum é abençoadora. Normalmente quando agimos com irritabilidade à
bondade de Deus sobre todos, é porque, no fundo, nos esquecemos que nós também
não somos merecedores de nada. Sua graça é tão grande, que ele bondosamente, a enviou sobre nossa vida e
nossa casa. Quando entendemos que Deus nos amou tanto assim, quando ainda
éramos resistentes a ele, e mesmo hoje, pecadores como somos, sua graça deixa
de ser ameaça e motivo de queixas e torna-se razão de gratidão e louvor.
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