quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Ele é benigno até com ingratos e maus


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O que a Bíblia diz sobre perdoar os outros?

Geralmente nos surpreendemos com a bondade de Deus.

O profeta Jonas chegou até mesmo a se irritar com sua bondade, esta teria sido, segundo ele mesmo declarou, uma das suas causas de não querer ser profeta entre os ninivitas: “E orou ao Senhor e disse: Ah! Senhor! Não foi isso o que eu te disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.” (Jn 4.2).

Jonas tinha raiva de Deus, porque Deus era bom... O fato de Deus ser perdoador, clemente e misericordioso, alguém que não reagia imediatamente com ira às provocações humanas, e por ser bom, o irritava. Se Deus ao menos fosse mais enérgico... menos perdoador... isto o agradaria mais. Jonas, o profeta, não gostava da forma com Deus age – com bondade.

Eventualmente reagimos assim, à bondade de Deus. Não temos nenhum problema quando ele nos trata com bondade, ou é generoso ou pródigo com “gente boa”, mas quando Deus trata com bondade o filho que voltou para casa depois de ter gasto todos seus bens com meretrizes, nós ficamos irritados...

Jesus ensinou algo surpreendente sobre Deus: “Ele é benigno até com ingratos e maus” (Lc 4.35). É o que os teólogos chamam de “graça comum”. Uma graça abundante e geral, a todos homens, indistintamente, Deus concede favores a gente boa e gente ruim. O ciclo da natureza é assim. Deus não manda chuvas apenas sobre a fazenda de um homem crente e temente a Deus. Ele ordena a chuva a pessoas blasfemas, manda colheitas abundantes às lavouras de pessoas que o desprezam, ordena benção a quem não tem nenhuma consideração para com ele.

Esta graça comum é abençoadora. Normalmente quando agimos com irritabilidade à bondade de Deus sobre todos, é porque, no fundo, nos esquecemos que nós também não somos merecedores de nada. Sua graça é tão grande, que ele bondosamente, a enviou sobre  nossa vida e nossa casa. Quando entendemos que Deus nos amou tanto assim, quando ainda éramos resistentes a ele, e mesmo hoje, pecadores como somos, sua graça deixa de ser ameaça e motivo de queixas e torna-se razão de gratidão e louvor.



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