A chegada da chuva para nós, que
vivemos no Centro Oeste do Brasil, é sempre acompanhada de muita expectativa.
Durante os meses de Maio a Setembro, as chuvas se tornam escassas. Dificilmente
choverá em Junho e Agosto, e a probabilidade de chover em Julho é quase
nenhuma. Em 2019, foram 128 dias sem chuva. As queimadas aumentaram
consideravelmente e a secura da vegetação atingiu níveis críticos.
Por isto, a temporada de chuvas é
uma ressurreição na tórrida natureza. Como é bom quando a chuva nos surpreende fora
da época. Já vi algumas delas em junho e agosto e até mesmo uma raridade: uma
pequena chuva em julho. Que coisa boa uma chuva que vem quando não esperávamos!
A Bíblia afirma: “Peça ao Senhor chuvas no tempo das chuvas
serôdias, ao Senhor que faz as nuvens e chuva” (Zc 10.1). É importante
prestar atenção ao texto porque ele não nos encoraja a pedir chuva nas
estações, mas em épocas que elas são raras. Pedir chuva no tempo de chuva é
agir naturalmente; pedir chuva fora de época, é experimentar a beleza do sobrenatural.
Quando os dias encontram-se
tórridos, áridos e a sequidão nos atinge, precisamos orar – e esperar – chuvas
que nos surpreendam. Precisamos orar quando não há sinais da chuva e o clima é
de desolação. Estas são as orações que movem os céus e fazem coisas
surpreendentes na terra. É a oração pelo improvável, pelo contracultural, que
nos leva a crer contra a esperança e ver o invisível.
Esta mensagem nos convida a
sermos ousados. Pedir por chuvas fora do tempo, para Deus umedecer a terra seca
e os tempos desfavoráveis. É assim que se distingue o homem e a mulher de uma
fé superficial para uma fé significativa.
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